César Borges manifesta preocupação com situação econômica da Bahia
O senador César Borges (DEM-BA) manifestou preocupação, em discurso noPlenário nesta quinta-feira (23), com a situação econômica da Bahia, que até recentemente, afirmou, detinha uma posição confortável diante de outros estados brasileiros, com o Produto Interno Bruto crescendo a taxas superiores à média brasileira. De acordo com o senador, esse quadro mudou desde que a Bahia passou a ser administrada pelo governador petista Jaques Wagner.
César Borges disse que esse quadro já se reflete em números, informando que no último semestre a produção industrial da Bahia cresceu 0,3%, enquanto média do país foi de 4,8%.
O senador lembrou que na década de 90 o então governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães promoveu um ajuste fiscal que possibilitou a liberação de recursos para investimentos e deu confiança ao empresariado para investir no estado. Ele assinalou a instalação na Bahia dos pólos petroquímico, de celulose e calçadista e o incremento do turismo, o que fez com que o crescimento do Produto Interno Bruto do estado alcançasse o dobro da média do país nos últimos anos.
César Borges disse que hoje a Bahia está perdendo esses setores importantes para outros estados devido à falta de estímulo por parte do atual governo. Ele lembrou que pólo petroquímico já tem 35 anos e precisa ser revitalizado para que o estado não perca novas oportunidades de atrair empreendimentos a ele relacionados, como os têxteis. O programa de incentivos fiscais criado no passado para atrair o pólo calçadista está sendo extinto. Além disso, os maciços florestais plantados pelas duas grandes indústrias de celulose estão sendo invadidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), e os empresários do setor turístico estão inseguros porque não conseguem as licenças ambientais para seus empreendimentos.
- Isso traz uma insegurança ao empresariado, que não pára de nos ligar e dizer que assim não vão continuar investindo no estado da Bahia - protestou César Borges.
O senador disse que fazia um alerta ao governo de Jaques Wagner, frisando que "a Bahia não pode andar para trás".
23/08/2007
Agência Senado
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