CGU abre consulta pública de cadastro de empresas éticas



Uma consulta pública sobre o projeto de criação de um cadastro nacional de empresas que invistam na ética e na integridade, implementando medidas de governança corporativa e de prevenção da corrupção está aberta, por 45 dias, pela Controladoria-Geral da União (CGU) e o Instituto Ethos de Responsabilidade Social.

A CGU e o Ethos querem enriquecer o projeto, ouvindo as empresas e os diversos setores da sociedade ligados ao tema. O projeto está acessível no site da CGU, por meio do banner Cadastro de Empresas Pró-Ética, onde também podem ser feitas as sugestões.

 

A ideia de criar e divulgar uma lista de empresas, que voluntariamente solicitaram seu cadastramento e submeteram suas políticas à avaliação, é incentivar o setor privado a desenvolver ações concretas de promoção da integridade, como regras formais de relacionamento com o setor público, códigos de conduta, canais internos de denúncias, etc. Com a divulgação da lista, os exemplos poderão ser conhecidos e servir de estímulo à adoção de boas práticas de promoção da ética no setor privado.


Assim, da mesma forma que divulga lista de empresas punidas pela Administração Pública - por meio do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis), que já conta com cerca de 1,5 mil empresas punidas, - a CGU quer divulgar também nomes de empresas que se preocupam em prevenir a corrupção, implementando medidas para evitar a prática de fraudes e irregularidades por parte de seus funcionários.

 

De acordo com o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, tal preocupação não é apenas brasileira nem é originalmente nossa: “Ela constitui um dos temas mais atuais nos debates internacionais de que o Brasil tem participado através da CGU. Por exemplo, no Comitê sobre Corrupção, criado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, esse foi um dos tópicos mais discutidos”, analisa.

 

Hage lembra, ainda, que nos documentos decorrentes de discussões internacionais sobre o assunto tem sido muito usada a expressão em inglês: “It takes two to tango” (em tradução livre: “São necessários os dois lados para que a corrupção aconteça: o corruptor e o corrupto”). De fato, observa, a corrupção sob algumas de suas formas mais freqüentes – tais como o “suborno” e o “direcionamento de licitações” – depende dos dois lados para acontecer.

 

Fonte:
Controladoria-Geral da União 



11/08/2010 01:36


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