CIA apoiou a repressão no Brasil



CIA apoiou a repressão no Brasil Agência de inteligência americana trabalhou em cooperação com órgãos de segurança nacionais e teve agentes brasileiros A CIA (Central de Inteligência dos Estados Unidos) atuava em cooperação estreita com órgãos de repressão brasileiros, como o Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e o Exército, aos quais fornecia dinheiro e informações. Possuía também uma rede de agentes e colaboradores, inclusive brasileiros, espalhada pelo Brasil e por outros países da América Latina. As informações são de Philip Agee, ex-oficial de operações da CIA no Uruguai, Equador e México, entre 1962 e 1968, que falou ao Jornal do Brasil ontem, por telefone. De acordo com ele, a agência atuava em conjunto com as forças de repressão no Brasil. Entre as pessoas citadas como aliados, estavam o general Humberto Castelo Branco - presidente do país de 1964 a 1967 -, e o delegado paulista Sérgio Fleury, que trabalhava no DOPS de São Paulo. Fleury é acusado de tortura e assassinatos pelo movimento ''Tortura Nunca Mais'', que investiga e denuncia abusos contra presos políticos durante o regime militar no Brasil. ''A CIA tinha relação de trabalho muito próxima com os serviços de segurança brasileiros, tanto civis quanto militares. Havia atividades intensas com os militares, principalmente com Castello Branco. Era normal para a companhia ter esse tipo de relação com esses serviços e dar informação a eles.'', disse. Agee afirmou que a CIA utilizou brasileiros em sua rede de colaboradores pagos. ''Eram contratados brasileiros no Brasil, chilenos no Chile. Não eram cidadãos americanos, sob a proteção do Departamento de Estado americano, eram pessoas locais que trabalhavam para a CIA.'' Segundo Agee, a agência americana procurava não ''sujar as mãos'' dos agentes que faziam parte de sua lista oficial de pagamentos, praticando diretamente tortura ou coisas do gênero, mas estimulava órgãos de repressão a fazê-lo. Seus agentes e colaboradores ''free-lancers'' e a polícia se encarregavam dessa parte. ''Mas a CIA, é claro, estava por trás. Em outras palavras: pessoas como eu nunca sujavam as mãos. Incentivavam as pessoas e lhes dava dinheiro, equipamento, e eles faziam o resto.'' O americano contou que os consulados dos Estados Unidos no Brasil serviam como bases de apoio e proteção para os agentes da CIA. ''Havia muitos agentes no Brasil. Tinha gente por toda parte, não apenas no Rio. Existiam consulados em muitas das principais cidades do Brasil, e isso significa que eles estavam lá para fornecer proteção para os agentes da CIA e para pegar informações sobre os que davam sustentação para o governo de João Goulart, em partes diferentes do país'', explicou. De acordo com Agee, a CIA passou a atuar ''com mais força'' no país a partir da renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Os militares e setores conservadores da política do país tentaram evitar a posse do vice-presidente João Goulart, que era temido por sua posição supostamente comunista. Quando Jânio deixou o governo, Goulart estava em viagem à China. O plano era impedir a volta do vice-presidente ao Brasil para que não retomasse o poder. Goulart voltou ao cargo, embora enfraquecido. Só voltou à presidência após plebiscito que rejeitou o parlamentarismo - primeiro acordo para permitir seu retorno. A CIA passou a atuar, então, segundo Agee, para desestabilizar o governo. Deputados e sem-terra unidos em protesto Militantes do MST fazem concurso de calouro em auditório do Senado e deputados realizam vigília em apoio BRASÍLIA - Cerca de 600 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra ocuparam durante todo o dia o auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. Eles só deixaram a sala às 21h, depois de longa negociação com o presidente da Casa, Ramez Tebet, que chegou a convocar uma reunião extraordinária da Mesa Diretora para discutir o assunto. Os sem-terra reivindicam uma audiência com o Ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, para discutir, entre outros pontos de uma extensa pauta, a renegociação das dívidas dos pequenos agricultores assentados. Os sem-terra passaram o dia ameaçando que só deixariam o auditório quando fossem recebidos em audiência pelo ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann. ''Só sairemos daqui se o ministro sentar com a gente para negociar'', disse Gilmar Machado, um dos coordenadores do movimento. Os sem-terra foram recebidos pelo presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), que tentou marcar um encontro dos sem-terra com Jungmann. Os manifestantes refastelaram-se nas cadeiras acolchoadas dos senadores e fizeram um concurso de calouros como forma de se manifestar. Sem nenhuma afinação, mas suficientemente animados, os sem-terra assumiram os microfones do auditório Petrônio Portela, palco famoso de diversas CPIs, e soltaram a voz. No repertório, hinos do MST e músicas regionais. O show de calouros, bastante barulhento, foi organizado para animar os trabalhadores. A lista de reivindicações do MST é longa, além da renegociação da dívida, eles querem o assentamento de 85 famílias, a liberação de crédito e de recurso de convênios. Apoio - Não foi o único protesto em favor da causa agrária ontem no Congresso Nacional. Parlamentares petistas, em apoio à causa do MST, trocaram o conforto de casa por colchões espalhados no plenário da Câmara dos Deputados, onde pretendiam passar a noite. Foi um protesto contra o que chamam de descaso do governo federal com os integrantes de diversos movimentos sociais que vieram a Brasília negociar a dívida dos pequenos agricultores. A deputada petista Luci Choinacki (SC) diz que representantes de diversas entidades ligadas ao campo tentam sem sucesso há 40 dias uma audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso, com ministros da área econômica ou com o Raul Jungmann. ''Vamos ficar em vigília no plenário até que o governo resolva nos receber'', avisa a deputada. Segundo a petista, a dívida dos pequenos agricultores é de aproximadamente R$ 7 bilhões e a renegociação beneficiaria mais de mil famílias em todo o país. Na noite de ontem, participavam do protesto os deputados do PT Gilmar Machado (MG), João Coser (ES), Adão Pretto (RS), João Magno (MG) e o senador Geraldo Cândido (RJ). Eles, no entanto, esperavam a adesão de pelo menos outros cinco colegas. Se a noite no plenário não surtir efeito, eles prometem manter o movimento. A idéia é obstruir a pauta de votações da Câmara e manter a vigília nesta noite para tentar sensibilizar o governo. BC - A direção do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central resolveu, em seu protesto feito pela manhã, apelar para as curvas e o rebolado sensual de uma dançarina do ventre. O espetáculo de Íris, 21 anos, estrela do movimento ''Manifestação Talibã - no bom sentido - contra os terroristas que diminuem nosso salário'' durou 25 minutos, recheados de sacolejos, caras e bocas. O rebolado da moça foi suficiente para atrair a atenção de quem passava por ali, mas não adiantou muito para mobilizar os cerca de dois mil servidores do BC que trabalham em Brasília na briga por melhores salários. ''É preciso motivar as pessoas para a luta, mexer com a libido'', defendeu Cleide Martins Silva, militante de base do sindicato. O discurso não colou e a audiência contou apenas com 80 servidores. Apesar do fracasso de público da estréia, Íris, eleita o símbolo da campanha salarial dos funcionários do BC, já foi convocada para exibir sua dança em frente ao BC na próxima assembléia da categoria, daqui a uma semana . ''Devo voltar'', prometeu a moça. Os funcionários do BC reivindicam, entre outros itens, reajuste salarial linear de 75,48%. Há quase dois meses, fazem manifestações. Macedo assume pasta de 600 milhões Publicitário foi indicado por FH para secretário de comunicação e vai gerir verba da propaganda federal até julho de 2002 BRASÍLIA - O novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de governo, Luiz Macedo, já foi escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Macedo será anunciado ainda esta semana e assume o cargo até o fim do mês. Sua missão: coordenar as campanhas publicitárias do governo em 2002, administrando mais de R$ 600 milhões. São R$ 121 milhões em publicidade para a administração direta e o restante para as estatais nas campanhas institucionais. Mas com um detalhe: gastar tudo isso até 6 de julho, três meses antes das eleições, quando será interrompida a veiculação da publicidade governamental. Ontem, a comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, após longa sabatina, o nome do atual ministro Andrea Matarazzo para ocupar a embaixada do Brasil em Roma, no lugar do antigo embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, que teria sido exonerado pelo presidente Fernando Henrique do cargo por causa de sua amizade ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). O nome do novo embaixador será votado pelo plenário do Senado e não deverá sofrer restrições. Foi o próprio Matarazzo quem indicou o amigo Luís Macedo, gaúcho de 70 anos para o cargo, com apoio do assessor especial da presidência da República, Moreira Franco, do PMDB governista, que também é amigo de Macedo desde os tempos em que foi prefeito e governador do Rio de Janeiro. Matarazzo vem dizendo a amigos que Luís Macedo saberá atravessar de forma isenta a fase da escolha do candidato do presidente Fernando Henrique sem tomar partido por nenhum deles. Isso porque a recomendação do presidente é de que as verbas publicitárias sejam usadas com equilíbrio. Por ''equilíbrio'' entenda-se: distribuídas igualmente entre os ministros presidenciáveis. O novo ministro terá de apresentar o plano de uso de verbas para aprovação prévia. Tarefa-Sua tarefa na Secretaria de Comunicação de Governo, que tem status de ministério, será fazer a coordenação da linguagem das campanhas e orientá-las ao perfil do governo Fernando Henrique. Publicitário gaúcho e ex-assessor de imprensa do Jockey Club Brasileiro, Macedo conversou com Fernando Henrique no palácio da Alvorada na companhia de Matarazzo. Simpático, conquistou o presidente, a quem só conhecia de vista. Macedo também é ligado a Alex Periscinoto, secretário de Publicidade do ministério e a Petrônio Correia, do Instituto de Acompanhamento Publicitário - IAP. Ambos trabalharam juntos na antiga MPM. Macedo é um dos ''Ms'' da famosa agência. CPI volta a ser presidida por Damião BRASÍLIA - O deputado Damião Feliciano (PMDB-PB) foi confirmado ontem na presidência da CPI das Obras Inacabadas. Acusado de cobrar propinas de empreiteiros investigados pela comissão, ele foi poupado porque ninguém apareceu em público para assumir a denúncia. Resultado: os mesmos líderes partidários que há um mês tinham decidido acabar com a CPI, resolveram agora prorrogá-la e sob o comando de Damião. Mesmo que ele tenha colecionado muito mais problemas que resultados. Em 120 dias à frente da comissão, Damião exigiu uma estrutura de fazer inveja a qualquer artista em turnê. Queria dois aviões da FAB à sua disposição, transmissão das sessões ao vivo pela Rede Globo. Exigia que a assessoria da Câmara fotografasse seu filho ao lado das ''autoridades'' que iam visitá-lo. Tudo isso sem nunca ter traçado um roteiro de trabalho. Damião vai comandar a comissão por mais de 40 dias. Ontem, já conduziu a sessão por 15 minutos. Sindicância - Quando as denúncias de suborno surgiram, a Câmara criou uma comissão de sindicância. Essa comissão propôs a substituição de todos os integrantes da CPI. Os líderes partidários recusaram a proposta, por unanimidade. ''Seria uma execração pública, muita gente seria injustiçada'', justificou o líder do PFL, Inocêncio de Oliveira (PE). A comissão de sindicância concluiu ontem que era impossível apurar as denúncias contra o presidente da CPI. ''Damião continua como todos os outros'', afirmou o vice-líder do PMDB, Mendes Ribeiro (RS). Segundo o ex-secretário da CPI Eloisio Neves Guimarães, que cansou de trabalhar com o deputado e abandonou a secretaria, ''o caso está mais para megalomania, já que Damião não tem capacidade nem para extorquir''. Serra tem recepção de presidente em Alagoas MACEIÓ - No município de Teotônio Vilela, a 78 Km de Maceió, o prefeito João José Pereira (PSDB) decretou feriado municipal e levou parte da população para receber ontem o ministro da Saúde, José Serra, que teve recepção de presidente. Serra, que estava acompanhado do senador tucano Teotônio Vilela (AL) tentar evitar dar um tom político à sua visita ao Estado - a terceira em menos de seis meses - mas não escondeu sua alegria ao ser recebido com status de presidenciável. Serra foi a Alagoas para lançar - pela segunda da vez - o Projeto Bolsa Escola. Serra foi recebido aos gritos de ''presidente''. Em vários pontos do município foram colocadas faixas com homenagens e frases enaltecendo o seu trabalho no Ministério da Saúde. ''Serra presidente do Brasil'', ''Obrigado Serra por trabalhar pelo povo brasileiro'' e ''Alagoas apóia Serra na presidência'' foram algumas das mensagens colocadas nas principais ruas do pequeno município de Teotônio Vilela, que até 1995 apresentava os maiores índices de mortalidade infantil do país. De cada 1.000 crianças nascidas, 202 morriam antes de completar o primeiro ano de vida. No discurso de lançamento do Projeto Bolsa Escola, que numa primeira fase vai beneficiar 304 famílias do município de Teotônio Vilela, e das ações na área de saneamento e abastecimento dágua que serão implantadas pelo Ministério da Saúde, Serra falou de sua preocupação com a população pobre de Alagoas e do Nordeste e suas principais realizações no Ministério da Saúde. Antes de encerrar suas palavras, Serra aproveitou para falar tentar conquistar o apoio das mulheres e mandou um recado para a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que vem subindo nas pesquisas de intenção de votos para à presidência da República. ''Na minha avaliação, o ministério da Saúde deve ser ocupado por uma mulher, pois a cada dia elas vem ocupando mais espaços na sociedade, mas ainda têm muito o que avançar nas suas conquistas'', recomendou Serra. Para os políticos que acompanhavam o ministro José Serra, o discurso falando especificamente sobre as mulheres pode ter sido um recado para a governadora Roseana Sarney, que ainda não teria condições de assumir à presidência da República. Medeiros ganha mais tempo Conselho de Ética da Câmara só apura denúncias se corregedor reunir provas BRASÍLIA - O deputado Luiz Antônio Medeiros (PL-SP) escapou, pelo menos por enquanto, de uma investigação no recém-criado Conselho de Ética da Câmara. Caberá ao corregedor-geral da Casa, Barbosa Neto (PMDB-GO), apurar o suposto envolvimento do ex-sindicalista em desvios de recursos da Força Sindical para contas no exterior. Medeiros foi salvo pelo Código de Ética da Câmara, que será promulgado hoje. O texto prevê que só é possível abrir inquérito contra um deputado para apurar quebra de decoro parlamentar quando há provas. Antes, a Corregedoria atua como um filtro. Por essas regras, Barbosa Neto instaurou averiguação para buscar provas. Ele foi motivado por requerimento do deputado Jair Meneguelli (PT-SP), entregue ontem ao presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG). O primeiro passo do corregedor será convidar Medeiros a prestar depoimento. O ex-presidente da Força Sindical tem a prerrogativa de marcar data, horário e local para apresentar as suas explicações. O depoimento de um ex-assessor de Medeiros, o jornalista Wagner Cinchetto, responsável pelas denúncias, ainda é uma incógnita. ''As denúncias estão publicadas na imprensa nacional'', acredita o corregedor. Segundo ele, durante o ''processo de averiguação'' poderão ser requeridas informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), Polícia Federal e Receita Federal. ''Também poderei requerer as prerrogativas do Conselho de Ética se achar necessário'', disse Barbosa Neto. Sigilo - O Conselho de Ética tem acesso às declarações de renda dos parlamentares, que ficam em poder da Mesa Diretora da Câmara, e pode liberar esses dados. ''Posso pedir a quebra do sigilo, se achar conveniente'', adianta o corregedor. Ele é membro nato do Conselho, que deverá tomar posse na próxima semana. No fim de sua investigação, Barbosa Neto apresentará relatório, recomendando o arquivamento da denúncia ou uma pena que pode variar de censura verbal à cassação por quebra de decoro parlamentar. Nesse caso, caberá à Mesa Diretora encaminhar o relatório ao Conselho de Ética para apreciação. O deputado Jair Meneguelli, ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse ontem que, ''se for feita uma ampla investigação, certamente serão encontradas irregularidades''. Medeiros se reúne hoje em Brasília com a liderança do PL para dizer que é tudo armação de seu ex-assessor. STJ decide onde Maluf sofrerá ação BRASÍLIA - A 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decide hoje se o processo de quebra do sigilo de supostas contas bancárias mantidas pelo ex-prefeito Paulo Maluf e parentes na Ilha de Jersey deve ser remetido à Justiça Federal. Trata-se de conflito de competência suscitado pela juíza Adriana Soveral, da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Para a juíza, as informações financeiras solicitadas às autoridades de Jersey podem ter ligação com fatos contidos na ação penal em curso na sua vara, em que o Ministério Público Federal (MPF) acusa Maluf, Celso Pitta e Wagner Baptista Ramos de crime de falsidade ideológica (fraude de R$ 600 milhões na emissão de precatórios). O pedido de quebra de sigilo bancário é de junho, e foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais da Comarca de São Paulo. Uma carta rogatória foi expedida a Jersey, a fim de que fossem remetidos documentos sobre contas bancárias e aplicações financeiras tendo como beneficiários Paulo Salim Maluf e parentes. Em 26 de junho, o MPF enviou ofício à juíza Adriana Soveral, solicitando a requisição, junto à Justiça estadual, dos autos do pedido de quebra dos sigilos, para que passassem a tramitar na 8ª Vara Federal paulista. De acordo com o MPF, o próprio pedido do MPE admitia haver indícios de delitos de competência federal, como evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A juíza federal concordou e afirmou que a matéria é ''claramente de competência federal''. TSE decide que Alckmin é elegível BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pode candidatar-se à reeleição no ano que vem. Por unanimidade, o tribunal entendeu que, embora no cargo devido à morte do governador Mário Covas, Alckmin foi eleito na condição de vice-governador. Prevaleceu o voto do relator, ministro Fernando Neves, que defendeu a tese de que qualquer caso de inelegibilidade deve estar configurado na Lei Complementar n° 64, de 1990. Eleito vice-governador em 1994 e reeleito em 1998, Alckmin assumiu o governo em conseqüência da morte de Covas, em janeiro deste ano, mas já havia exercido o cargo interinamente por duas vezes. O governador decidiu consultar o TSE, para saber se seria inelegível em 2002. Os ministros do TSE começaram a discutir em abril se vice-governador reeleito, caso de Alckmin, poderia concorrer a governador nas eleições do próximo ano. O ministro Fernando Neves, relator da consulta, votou a favor, mas o julgamento foi interrompido com o pedido de vista do presidente do tribunal, ministro Nelson Jobim. O caso de Alckmin provocou uma polêmica entre juristas, porque ele assumiu o cargo de governador por três vezes. A primeira vez foi em 1994, quando Covas licenciou-se para concorrer à reeleição. A segunda, em 1999, quando Covas começou o tratamento de câncer na bexiga. A terceira - em caráter definitivo - com a morte do então titular do governo de São Paulo. Suplentes de Jader podem não assumir O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), convocou ontem o primeiro suplente do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Laércio Barbalho, para assumir o mandato. Só que Laércio, que é pai de Jader, aparece como beneficiários do desvio de dinheiro do Banpará e já avisou que não assumir. Mesma situação vivida pelo segundo suplente, o empresário Fernando de Castro Ribeiro, de 45 anos, ex-secretário de Jader. Pelo regimento, o suplente imediato conta com o prazo de até 60 dias para formalizar sua decisão de assumir ou não a cadeira. Outros 30 dias são reservados ao segundo suplente. O certo é que nenhuma decisão será tomada antes da tradicional festa religiosa dos paraenses, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, comemorada no próximo domingo, em Belém, que atrai milhares de romeiros. ''Vou pelo menos esperar a digestão do pato no tucupi'', comentou Ribeiro a um amigo, referindo-se ao tradicional prato típico do Pará, amplamente degustado no dia do Círio. O futuro senador aparece como um dos 48 beneficiários do desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará) durante os anos de 1984 e 85. Na época, ele era secretário particular de Jader, que exercia seu primeiro mandato como governador, que voltou a governar o Estado de 1990 a 1994. ''Não tenho nenhuma preocupação quanto a isso'', afirmou Ribeiro, sem querer acreditar que será alvo de ataques quando assumir o cargo. ''Como sou contra preconceitos, não irei ao Senado com preconceitos'', disse ele. Pesa também contra Ribeiro a suspeita de ter vendido uma aeronave por preço subfaturado para o ex-senador paraense. Segundo relatório da comissão do Conselho de Ética que investigou as acusações contra Jader, Ribeiro teria vendido para Jader uma aeronave por R$ 25 mil depois de tê-la comprado no mesmo ano por R$ 600 mil. ''O avião era meu e eu poderia até doá-lo ao senador Jader Barbalho'', disse ele. ''Há um espaço de 12 anos entre a compra do avião e a sua venda''. Ribeiro deve manter a mesma equipe do gabinete de Jader, no qual estava lotado como representante do ex-senador em Belém. FH cobra explicações de Celso Lafer Descuido do Itamarati fez presidente incluir na lista de mortos brasileiro que sobreviveu aos atentados em Nova York BRASÍLIA - O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou ontem do chanceler Celso Lafer explicações sobre o descuido que incluiu o nome de Alex Alves da Silva na lista de brasileiros mortos nos atentados de Nova York. Alex apareceu em primeiro lugar na lista anunciada pelo presidente em tom solene e emocionado anteontem à noite, em cadeia nacional de televisão. O Itamarati confirmou o erro no pronunciamento presidencial. O ministro Lafer disse que a lista foi repassada ao consulado do Brasil em Nova York pelo governo dos Estados Unidos. Mas garante que não foi do ministério a idéia de o presidente anunciar a lista pela TV. Até anteontem, os nomes dos brasileiros estavam guardados em sigilo. No Palácio do Planalto, assessores alegam que o presidente jamais pensaria em checar os nomes de um documento oficial enviado pelo Ministério das Relações Exteriores. No início da tarde de ontem, Fernando Henrique pensou em se retratar junto à família de Alex, mas desistiu. O presidente tomou conhecimento de que o brasileiro de 30 anos estava clandestino nos Estados Unidos e que sua família acionou o governo brasileiro após o acidente, mas ''esqueceu'' de comunicar que ele havia sido encontrado com vida nos escombros, temendo represálias do governo dos EUA. Foi iniciativa do Itamarati entrar em contato com a família de Alex. A irmã Leila garantiu que já recebeu três telefonemas dele, e que no último, ele comunicou que estava se mudando para a Carolina do Sul. Culpados - O chanceler Celso Lafer e o assessor internacional do presidente, embaixador Eduardo dos Santos participavam de reunião com autoridades argentinas em São Paulo e tiverem que responder sobre de quem foi a culpa. ''Ainda bem que Alex está vivo'', limitou-se a dizer Lafer. Os parentes de Alex que moram em Porto Alegre e a irmã Leila Alves da Silva, de Uberlândia (MG), procuraram o Itamarati já anteontem à noite para confirmar que o irmão estava vivo. Ontem pela manhã o Itamarati voltou a telefonar para Leila e pedir esclarecimentos. Leila decidiu enviar carta ao ministro Celso Lafer solicitando ajuda para trazer o irmão de volta e para que ele seja preservado de qualquer tipo de punição pelo governo dos EUA por estar ilegalmente no país. Leila decidiu contar ao Itamarati que o irmão estava vivo só depois de assistir ao pronunciamento de Fernando Henrique. Esse é o argumento usado pelo ministério para inocentar os funcionários da Divisão Consular. Mas a verdade veio tarde demais e fez o presidente Fernando Henrique passar pelo maior constrangimento desde que assumiu o segundo mandato. Artigos Tempo de dúvida José Bittencourt A dúvida sobre o futuro, tema para intelectuais e pensadores ate o dia recentíssimo do desabamento das Torres Gêmeas, tornou-se assunto de interesse do mundo e, paradoxalmente, uma certeza. Bem antes do dia 11 passado, data do atentado contra Nova York, já estava no âmbito de interesse do Museu Histórico Nacional, que desde fevereiro havia se envolvido na 18ª edição dos Encontros Internacionais Imagem e Ciência, promovida pelo Centre National de la Recherche Scientifique e co-organizada por instituições do porte do Conselho Internacional de Cinema, Televisão e Comunicação. O tema proposto para 2001 é, exatamente, ''A dúvida''. Mas por que museus entre os 200 centros de pesquisas e de cultura participantes do debate internacional? Cresce a atenção voltada para a importância atualmente conferida a essas instituições no mundo inteiro. A noção de ''globalização'' tem posto em questão inclusive a idéia atual de ''fronteiras nacionais''. Numa época de comunicações instantâneas, em que é lugar-comum falar-se em comunidades globais, qual o lugar da identidade? Como as imagens podem constituir repositórios de identidade e conhecimento a ser partilhado? Os museus sempre foram repositórios de imagens que falam de identidades particulares, sejam elas de nações, comunidades ou indivíduos. Até o momento, museus são construções nacionais, instituídas tendo em vista uma comunidade bem definida - a comunidade nacional. Por mais que o país tenha, no presente ou no passado, alcance e influência mundiais, os fragmentos que contam tal história visam à comunidade local. Qual o futuro, então, dessas instituições, numa época em que a imagem virtual, fugidia, instantânea, tem um alcance global? O museu lida primordialmente com objetos ''duros'', e por mais computadorizado e automatizado que esteja, os bens preservados têm uma materialidade que os limita. Pode-se pensar em cruzamentos que levem objetos concretos a um mundo cuja realidade é tão somente a imagem, e cuja imagem pode ser mais real do que a materialidade? Que realidade terão esses ''objetos virtuais''? Pode-se duvidar da existência de um objeto virtual? Pode-se duvidar do futuro dos museus? Os acontecimentos de Nova York e de Washington colocaram uma questão que parecia meramente especulativa no centro das preocupações mundiais. Não apenas pela era de incerteza que parece ter se inaugurado, mas pelo fato de que as imagens da tragédia, de cuja realidade é impossível duvidar, confundiram-se, dramaticamente, com imagens cuja única realidade referia-se à inexistência, à imaginação - as centenas de filmes nos quais tragédias daquele tipo foram criadas e recriadas. No momento em que um efeito especial digno de Hollywood pulou para fora das telas, as fronteiras entre realidade e ficção se confundiram num verdadeiro tempo de dúvida. Colunistas COISAS DA POLÍTICA – DORA KRAMER Um curinga na Esplanada A filiação do ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, ao PMDB, na undécima hora do prazo final que lhe permitisse uma candidatura em 2002, foi surpresa para nós, público externo. Primeiro, porque Jungmann vinha, há tempos, querendo sair do PPS e Fernando Henrique Cardoso não deixava. Segundo, sua preferência era pelo PSDB, mas corre a versão de que as companhias tucanas no estado do ministro, Pernambuco, não são lá essas coisas. Mas logo o desgastado PMDB? O que faria o combativo ex-militante do partidão, considerado um pit bull na defesa explícita dos interesses do governo, um ministro que FH diz para quem quiser ouvir que é dos poucos que está ali para o que der e vier - quando se trata de comprar brigas e implementar decisões -, o que faria essa pessoa no PMDB? Partido de comando já definido, com problemas de todo tipo - incluindo aquele que atende pelo nome de Itamar Franco -, dois candidatos à presidência já postos (Pedro Simon e Itamar) e um em processo de convencimento, Jarbas Vasconcellos. Parece, assim à primeira vista, um ambiente algo confuso para o trânsito de alguém que, na política, toca de ouvido com o presidente. Tanto toca, que só recentemente descobriu-se a razão pela qual FH insistia em manter Jungmann no PPS. Fernando Henrique nutria a esperança de que seu ministro pudesse enfrentar internamente Ciro Gomes e derrotá-lo no partido. Sonho de várias noites de inverno e verão? Talvez, mas fato é que, assim na maior discrição, o ministro chegou a percorrer 17 estados Brasil afora, tentando formar sua base nos diretórios. Isso deu-se quando, no início do ano, parecia que o ambiente seria risonho e franco para o governo, porque tudo indicava uma recuperação forte da economia. Veio a crise da Argentina, sobreveio a crise de energia, e os conspiradores recolheram seus flaps porque concluíram que o governo não estaria dono de toda essa fortaleza assim para fazer como o velho partidão e ir enfrentar o inimigo dentro de seu próprio campo. Muito bem, e o PMDB entra onde mesmo? No terreno da certeza, Raul Jungmann se candidatará a deputado federal. No campo da especulação - em que se aplica lição de Millôr Fernandes, segundo a qual o livre pensar é só pensar -, pois nesse campo partiremos de um princípio: na visão do Planalto, o PMDB terá candidatura própria de qualquer jeito. E, se a prévia do ano que vem for disputada entre Simon e Itamar, o mesmo raciocínio que sustenta a análise acima conclui que o PMDB estará fora - formal e informalmente - da aliança, pois a candidatura será francamente de oposição. Considerando que é baixíssima a disposição de o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos, aceitar a missão de disputar a vaga, haverá a necessidade de alguém que se disponha ao enfrentamento. Dadas as características do personagem e do inusitado da filiação, o livre pensar leva a pensar em Raul Jungmann. Utilidade privada Além de desrespeitar a vontade partidária do eleitor, o chamado troca-troca de partidos, a um ano das eleições, só tem duas utilidades: dar aos partidos direito a cargos importantes no Congresso e proporcionar aos parlamentares as acomodações regionais que lhes sejam mais convenientes. A alteração do tamanho das bancadas não muda o tempo que cada partido terá na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Segundo a Lei n° 9.504/97, para a distribuição do tempo vale o número de deputados ou senadores inscritos no início da última legislatura. Nesse caso, em fevereiro de 1999. Jogo sem efeito O governador do Rio, Anthony Garotinho, confia tanto em seus planos eleitorais que, às vezes, entusiasma-se e precipita-se. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianotto, levou um susto quando leu ontem, aqui neste espaço, que seria o candidato do PSB ao governo de São Paulo, num acordo já fechado com o governador. Pazzianotto confirma que recebeu telefonemas de gente importante do partido. Miguel Arraes, Luiz Erundina e do próprio Garotinho. ''Mas com ele falei apenas uma vez e não por mais de cinco minutos, tempo suficiente para receber o convite para entrar no partido.'' Mas, resposta, Pazzianotto garante que não deu. Se decidir candidatar-se, prefere um cargo no Legislativo. Até porque sabe das dificuldades de uma campanha majoritária: ''Quem vai financiar, quem vai ser o vice? Pode até não parecer, mas as coisas não são tão fáceis assim.'' Dirceu corrige O presidente do PT, José Dirceu, mantém todas as críticas que fez ontem ao dirigente da ala esquerda do partido, Valter Pomar, contrário à condução da campanha eleitoral à presidência e à contratação do publicitário Duda Mendonça. E foi aí que houve um erro de compreensão. José Dirceu não disse, como foi escrito, que Duda foi contratado com a anuência de Pomar. Mas, sim, que Valter Pomar assistiu ao programa produzido pelo publicitário, sugeriu uma correção, acatada, e concordou com o produto final. Editorial Longa Jornada O presidente da República, em cadeia de rádio e televisão, dirigiu-se aos brasileiros em razão dos fatos militares que dão a medida da reação internacional aos atos de terrorismo praticados contra a nação e o povo dos Estados Unidos no dia 11 de setembro. A reação do governo brasileiro, em termos categóricos, era esperada desde o começo por força da responsabilidade da nação comprometida, como aspiração e tradição históricas, com os valores universais da democracia. Fernando Henrique Cardoso falou, como estadista, em nome de todos os brasileiros. Assumiu a responsabilidade de ''conduzir o Brasil em um cenário mundial de incertezas''. Não estão definidos, porém, os limites, nem a duração dos atos militares direcionados pelas nações aliadas para conter o braço do terror e exterminar os focos de sua realimentação. A responsabilidade de desarticular o terrorismo internacional só se encerrará com o último fanático cair em poder da lei. A incerteza está equacionada na ação conjunta, precedida de consultas diplomáticas, anuência internacional às ações alinhadas pelo consenso universal. Não opondo ''uma nação contra outra'', os aliados circunscreveram a ação coletiva à definição contra o terrorismo, até a extinção do último foco. '' O Brasil - diz o presidente - tem um lado claro, o lado contra o terror, a violência e a insensatez''. A reação brasileira, de forma estruturada e não apenas emocional, tardou mas é preciso reconhecer que veio na medida desejada por toda a nação. O Brasil fez parte dos países que, na Segunda Guerra Mundial, se mobilizaram e pegaram em armas para combater o nazismo e o fascismo que ameaçaram a civilização, quando a sorte das armas ainda estava indefinida. A mobilização da sociedade levou então os brasileiros às ruas para pedir a reparação da injúria nazista no torpedeamento dos navios nas nossas costas. Os brasileiros convenceram o governo a declarar guerra às nações do Eixo. Ao relatar medidas de governo para que, ''no nosso território, o terrorismo não encontre guarida para agir ou se esconder,'' o presidente subentendeu a expectativa de resultados e de reunião de recursos. A nação foi advertida de que a extinção do terrorismo não será empreitada apenas militar, mas também política. Rigor na segurança de portos e aeroportos, vigilância no espaço aéreo, controle nas áreas de fronteira são medidas genéricas que não esgotam a responsabilidade do governo. Lavagem de dinheiro (para efeito de estabelecer sua procedência), contrabando de armas, combate direto ao narcotráfico são rotina do Estado moderno como proteção à sociedade. A intensificação desse combate, em ''circunstâncias difíceis'', é tarefa de cada brasileiro. Para além da convocação nacional é indispensável passar rapidamente à frente das necessidades futuras e prover desde já os meios eficientes para evitar que as formas de ação terrorista, escorraçadas das nações do primeiro mundo, venham refugiar-se aqui e nos países que enfrentam prioridades sociais e econômicas ainda não resolvidas. Fernando Henrique dirigiu-se especificamente às forças políticas sobre ''as dificuldades que teremos pela frente''. Pode o Executivo estar certo da colaboração do Congresso, que responde a todas as convocações que tenham o respaldo dos sentimentos democráticos brasileiros. ''Tempo de conflito lá fora (...), união aqui dentro'' é o refrão dos momentos de dificuldades nacionais. Diz ainda Fernando Henrique que estará atento às conseqüências econômicas da crise internacional. Para fora, o presidente foi mais claro e explícito do que das vezes anteriores, ao anunciar como compromisso do Brasil ''a punição dos responsáveis'' pelo sacrifício de inocentes de todo o mundo, -''e, infelizmente, também, de brasileiros''- no ataque terrorista de 11 de setembro. Finalmente, o presiodente exptressopu a dor dos brasileiros e reconheceui que o ataque não foi apenas aos Estados Unidos, mas a todas as nações que tiveram mortos. O ponto mais sensível da conclamação presidencial foi o apelo à tomada de ''consciência de que algo de novo precisa ser feito para que a ameaça do terror seja afastada da Terra''. Tornou clara a integração da segurança brasileira à solução universal de um problema que diz respeito a cada um. ''Não é este momento para ilusões'' (...) ''porque esse conflito não terá palco definido''. Depois das palavras, espera-se a ação que lhes dará conseqüência responsável. O governo fez o dever de casa mas ainda não se preparou para a empreitada histórica, que pressupõe maiores prazos e medidas de peso para as novas necessidades. O momento é excepcional. O Brasil é parte do problema e terá de ser parte da solução além das nossas fronteiras. A prioridade é para as medidas que envolvem a inteligência, e tanto podem expandir a confiança nacional quanto dissuadir os focos de sedução do terrorismo. Chegou a hora de agir com ampla consciência das necessidades e preparar-se para a longa jornada. 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10/10/2001


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