Cícero Lucena cobra ação do governo em mobilidade urbana



O senador Cícero Lucena (PSDB-PB), em pronunciamento nesta terça-feira (9), criticou a falta de ação do governo diante dos problemas de mobilidade urbana, lembrando que o povo brasileiro se manifestou nas ruas contra o transporte caro e de baixa qualidade.

- O povo já está cansado de ser humilhado, de ser pisoteado pelas elites deste país, sobretudo pelo atual governo, que, apesar de ser de um partido que se diz dos trabalhadores, pouco tem feito de fato pelo trabalhador brasileiro - afirmou.

Cícero Lucena apresentou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que indicam que, nos últimos dez anos, as tarifas de transporte público por ônibus subiram quase 50% acima da inflação. Ao mesmo tempo - sublinhou o senador -, entre 2003 e 2009, os preços dos automóveis e da gasolina subiram menos que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

- Não é preciso ser nenhum gênio da economia para concluir que um transporte privado mais barato somado a um transporte público mais caro só poderia ter uma consequência: o maior uso do automóvel, impactando, diretamente, as vias das grandes cidades brasileiras.

O senador ainda cobrou melhor distribuição dos investimentos da União em mobilidade urbana, sublinhando que 94% dos recursos federais foram concentrados em apenas 15 municípios. Cícero Lucena disse que esse conjunto de fatores torna o Brasil um dos países com piores condições de transporte urbano no mundo, e, entre as grandes regiões metropolitanas mundiais, a capital de São Paulo só perde para Xangai (China) em tempo de deslocamento entre a residência e o trabalho.

- O governo conhece profundamente o problema e sabe quais são as suas origens. Se não os resolve é por pura e completa incompetência gerencial e, sobretudo, falta de vontade política - lamentou.

Citando as reivindicações do povo nas recentes manifestações, Cícero Lucena comentou várias propostas sobre mobilidade urbana que representam "uma resposta à altura dessa crise" por parte do Senado, mas lembrou que o governo precisa mostrar vontade política para efetivação dessas propostas.

Em aparte, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou a falta de "senso de urgência" do governo ao editar medida provisória sobre os cursos de medicina que só valerá plenamente em 2023, indagando se nos próximos dez anos os prefeitos "vão continuar afogados, sobrecarregados com as despesas de saúde".



09/07/2013

Agência Senado


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