CMA examina projeto para exigir mais reciclagem de computadores



A CMA examinará, em sua reunião desta terça-feira (18), proposta do senador João Tenório (PSDB-AL) para fixar prazo de dois anos para que os computadores e demais equipamentos de informática produzidos no Brasil, ou importados para venda no país, obedeçam a parâmetros de eficiência energética não inferior a 80%, com partes e componentes passíveis de reciclagem em porcentagem não inferior a 95%.

Pelo projeto (PLS 173/09), esses equipamentos não poderão conter chumbo, mercúrio, cromo hexavalente, bifenil polibromatos (PPB) e éteres difenil polibromatos (PBDE) em concentração não superior a 0,1%, bem como cádmio em concentração não superior a 0,01%, devendo esses valores ser aferidos para cada tipo de material, inclusive soldas.

Em seu parecer favorável, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) argumenta que muitas das substâncias químicas utilizadas na fabricação de eletroeletrônicos como chumbo, mercúrio, cromo, cádmio ou PVC são altamente prejudiciais para a saúde humana e o meio ambiente.

Quintanilha lembra que essas substâncias químicas quando descartadas de forma inadequada podem contaminar solos, rios, e lençóis freáticos com efeito de bioacumulação pelos organismos vivos e, através da cadeia alimentar, chegar aos seres humanos. O senador explica, também, que a reciclagem contribui para reduzir a poluição ambiental e diminuir o consumo dos recursos naturais.

Caso seja aprovada, a matéria segue para a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), em decisão terminativa.

Preservação

Com a finalidade de premiar os mutuários dos projetos realizados com recursos dos Fundos Constitucionais que preservem as reservas florestais, a Comissão do Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA) examinará, também, proposta para conceder "um bônus de adimplência" aos produtores rurais da Amazônia Legal que respeitarem as exigências do Código Florestal.

De acordo com o projeto (PLS 65/08), do senador Expedito Júnior (PR-TO), haverá um bônus de adimplência de 35% sobre os encargos financeiros dos financiamentos concedidos com recursos dos Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para premiar os mutuários que preservarem 80 % das matas nativas de suas propriedades quando em área de floresta e 35% caso a localização seja em área de cerrado, conforme exige o código.

Em sua justificação, Expedito Júnior explica haver um elevado custo econômico do não uso das terras mantidas sob a forma de reserva legal que recai sobre os produtores e empresas rurais sediados na área da Amazônia. O senador defende, portanto, que essas exigências do Código Florestal justificam a adoção de mecanismos compensatórios em benefício dos que arcam com os custos da preservação ambiental da região amazônica.

Para o relator na CMA, senador João Ribeiro (PR-TO), a criação do bônus de adimplência é uma proposta justa, porque premia quem cumpre as exigências do Código Florestal e pode funcionar como um incentivo para a preservação da biodiversidade da floresta amazônica para as gerações futuras.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Regional e, caso seja aprovado na CMA, segue para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em decisão terminativa.



17/08/2009

Agência Senado


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