CMA rejeita requerimento para ouvir Tuma Júnior sobre denúncias contra governo




Alvaro Dias estranha que os acusados não tenham processado Tuma Junior por calúnia

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Foi rejeitado nesta terça-feira (18) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) requerimento do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) propondo que o delegado Romeu Tuma Junior fosse convidado para falar aos senadores sobre denúncias contra autoridades do governo federal.

O delegado é autor do livro Assassinato de Reputações - Um crime de Estado, no qual, conforme Alvaro, acusa o governo de forjar dossiês para prejudicar adversários, de politizar a Polícia Federal e de usar órgãos de segurança para alcançar objetivos políticos.

Contra o requerimento, o senador Humberto Costa (PT-PE) argumentou que convite semelhante já havia sido rejeitado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e que a denúncia apresentada por Tuma Júnior deve ser investigada pela polícia e pelo Ministério Público.

Alvaro argumentou que os acusados, se consideram as denúncias falsas, deveriam ter processado o autor por calúnia. Como isso não foi feito, ele decidiu reapresentar o requerimento, agora na CMA, mas não conseguiu obter os votos para aprovar a matéria.

As denúncias

Tuma Jr. foi delegado da Polícia Civil de São Paulo, deputado estadual e secretário nacional de Justiça entre 2007 e 2010, durante o governo Lula. Perdeu o cargo ao ser acusado de envolvimento com a máfia chinesa, denúncia que ele atribui à intenção da cúpula do PT de persegui-lo. A perseguição ocorreu, segundo ele, pelos conhecimentos que acumulou sobre o uso que o partido faria da máquina pública com o objetivo de intimidar adversários.

No livro, que produziu em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, ele afirma, entre outras coisas, que o ex-presidente Lula foi informante dos órgãos de segurança da ditadura militar e que o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu que os petistas fizeram caixa dois para financiar campanhas eleitorais na época em que Celso Daniel – assassinado em janeiro de 2002 – era prefeito de Santo André.



18/02/2014

Agência Senado


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