Com participação do Congresso, TSE lança campanha de incentivo a mulher na política




Na Mesa, Vanessa, Mello, Renan, Eleonora e as deputadas Jô Moraes e Rosinha da Aderfal

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De cada dez pessoas que ocupam cargos eletivos no Brasil, nove são homens, uma média que faz com que o país tenha um dos piores índices de participação de mulheres nos Poderes Legislativo e Executivo. Com a intenção de mudar tal realidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta quarta-feira (19), em sessão do Congresso Nacional no Plenário do Senado, um convite para que elas se façam mais presentes nos espaços de poder, concorrendo a cargos eletivos.

Com o slogan “Faça parte da política” e a hashtag #vempraurna, a ação é fruto de emenda incluída pelo Senado na minirreforma eleitoral (Lei 12.891/2013), aprovada pelo Congresso no ano passado. A lei estabelece que, em anos eleitorais, de março a junho, o TSE “poderá promover propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada a incentivar a igualdade de gênero e a participação feminina na política”. Assim, a primeira campanha já terá como foco as eleições deste ano.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, classificou a situação de constrangedora, principalmente para um país que tem uma mulher na Presidência da República.

- Como diferentes pesquisas já comprovaram, o Brasil é um dos países com piores índices de participação feminina. Essa realidade mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer quando se fala em questões de gênero. Embora sejam a maioria do eleitorado, elas ainda não alcançaram igual representação nas instâncias políticas - disse.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio de Melo, deu números da sub-representatividade da mulher na política brasileira e lembrou que o país está 156º lugar num ranking de 188 nações sobre igualdade na presença de homens e mulheres nos parlamentos.

- Trata-se de um contraste, algo que gera perplexidade e nos envergonha - afirmou.

Para a procuradora da mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), existe uma carga cultural sobre as mulheres e a crença de que não gostam de política e nem querem ser candidatas.

- É muito comum vermos mulheres falando sobre a luta contra a discriminação, mas não é comum vermos homens falando sobre isso. Esta campanha lançada hoje fará a sociedade refletir sobre a situação - opinou.

Também participaram do lançamento parlamentares, integrantes do Judiciário, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci; a procuradora especial da mulher e a coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputadas Jô Moraes (PCdoB-MG) e Rosinha da Adefal (PTdoB-AL).



19/03/2014

Agência Senado


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