Combate à miséria tem resultado direto na melhora da economia, afirma Dilma



O Brasil caminha para superar a pobreza extrema e isso gera um efeito direto na situação econômica do País. Foi o que afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (27), durante a cerimônia que marcou os 60 anos do jornal O Dia, no Rio de Janeiro. A presidenta citou a pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrando que, entre janeiro de 2003 a maio de 2011, cerca de 40 milhões de brasileiros alcançaram a classe média. 

Para se ter uma ideia, disse Dilma, essa quantidade de brasileiros representa quase a população da Argentina e mais de duas vezes a população do Chile. “Se juntarem esse contingente de cidadãos com mais acesso a educação, a saúde e a bens de consumo… Esse processo vai continuar porque tem empenho da nação. O Brasil mudou e está progressivamente comprometido com um fato: dar oportunidade para todos, mas olhar para aqueles que são mais pobres.” 

Nos últimos 21 meses, até maio deste ano, cerca de 13,3 milhões de pessoas ascenderam às classes A, B ou C no Brasil. A informação consta no estudo Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Globais para a Nova Classe Média Brasileira, divulgado nesta segunda-feira (27), em São Paulo, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).  

O maior crescimento se deu nas classes A e B (12,8%), seguidas pela classe C, que cresceu 11,1%. Quando se passa a analisar a mudança que ocorreu nas classes econômicas do Brasil desde 2003, o estudo aponta que 48,7 milhões de brasileiros entraram nas classes A, B e C, população maior que a da Espanha.  

Os números foram obtidos por meio do cruzamento de dados entre a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), ambas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

Desafio e compromisso 

Para Dilma, superar a pobreza extrema “é um desafio, mas também um compromisso moral e ético. Mas, sobretudo, é importante que todos percebam que isso tem um efeito direto sobre a situação econômica”, enfatizou. 

Dilma Rousseff também analisou a participação do Brasil no grupo dos países emergentes, o Brics, composto de Brasil, Índia, China e África do Sul. “Nós somos um dos países dos Brics não [só] porque nós tenhamos certas características de PIB. [De fato], o nosso PIB cresce, somos uma economia emergente. Nós somos uma economia emergente [também] porque nós somos uma população de 190 milhões de pessoas, 190 milhões que podem ser consumidores, 190 milhões que são o limite do nosso potencial”. 

A presidenta destacou que o potencial de crescimento do País não se restringe às imensas potencialidades das reservas de petróleo, minério, da agricultura ou da indústria sofisticada. O verdadeiro potencial do Brasil, disse, são os 190 milhões de brasileiros que estão ganhando verdadeiramente o direito à cidadania. “O caminho da igualdade de oportunidades é a educação, ela é o grande caminho”, acrescentou.

 

Fonte:
Portal Brasil
Blog do Planalto

 



28/06/2011 18:38


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