Competição de robótica traz 200 projetos de estudantes do Brasil e da América Latina
Uma competição que tem por objetivo atrair estudantes para o trabalho na área tecnológica reúne desde sábado (23) cerca de 700 universitários de engenharia e da ciência da computação do Brasil e de vários países da América Latina (Chile, Venezuela, Costa Rica, Colômbia, Uruguai e México).
A Jornada Robótica Inteligente que ocorre no Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), em São Bernardo do Campo, apresenta 200 projetos científicos elaborados pelos estudantes. Durante o evento, previsto para terminar na próxima quinta-feira (28), também haverá competições de robôs.
A coordenadora do evento, Esther Colombini, disse que esse tipo de evento é importante para despertar nos jovens o interesse pelo curso de engenharia que registra, atualmente, alto índice de evasão, deixando o país necessitado de novos engenheiros.
“Mas o Brasil está precisando muito de engenheiros, pessoas dispostas a trabalhar em inovação e tecnologia”. Segundo ela, a competição não tem premiação em dinheiro, mas o ganhador recebe um certificado relevante para a área acadêmica e de pesquisa. “O campeão brasileiro de cada categoria representa o Brasil no Campeonato Mundial”, disse.
Robôs como ferramentas para situações reais
Esther Colombini também falou sobre a competição de robótica, que engloba diversas categorias e estimula a criatividade dos participantes. “Aqui aparecem todos os tipos de robôs e boa parte das categorias envolve criatividade. Ou seja, damos o problema e eles são obrigados a resolver da forma que tiverem”.
O líder da equipe da Universidade Federal do ABC - UfabcCEng + 1- Lucas Trambaioll, afirmou que o robô elaborado pelo seu grupo é dotado de um sistema de garras que vai facilitar a execução de sua missão: montar um encanamento.
“Trabalhamos com orientação por ultrassom para identificar quando chega ou não chega o cano. E com orientação por luz porque o sistema de posicionamento do robô é baseado no reconhecimento de linhas e na orientação por um sensor bússola”, explicou.
De acordo com o orientador da equipe, Yossi Zana, a ideia é fazer robôs que sirvam de modelo para outros tipos de robôs. “O objetivo aqui é o aluno inventar e aprender a pensar e resolver questões reais. Na prática, ele vai aprender a montar robôs e implementar uma lógica inteligente para resolver dificuldades sérias do mundo real”. Segundo Zana, competições assim motivam o aluno a pensar em máquinas para o futuro.
A equipe Mauabots construiu um robô humanoide. Um dos membros da equipe, Thiago Moura Sheneviz, disse que o robô joga futebol e executa jogadas semelhantes às que ocorrem em qualquer jogo de futebol. “O nosso objetivo com esse trabalho é o aprendizado da computação mecânica, conhecer pessoas e para ter maior know-how na área”.
Fonte:
Agência Brasil
25/10/2010 19:04
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