Competitividade: MTur premia municípios da região Norte



As cidades de Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, são os municípios da região Norte que tiveram maior evolução do Índice de Competitividade do Turismo, indicador criado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Sebrae, para medir o estágio de desenvolvimento dos destinos turísticos do País. As duas cidades fazem parte de um grupo seleto de 18 municípios premiados pelo Ministério do Turismo (MTur).

Rio Branco teve a maior evolução no quesito cooperação regional (27,3 pontos comparado com 2011), alcançando 74,7 pontos, em uma escala de 0 a 100. Entre as ações que levaram a evolução do índice estão os projetos de cooperação regional compartilhados entre o município e outros destinos da região do Vale do Acre, como a Rota Internacional Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico.

“A cidade de Rio Branco tem potencial turístico, além de fazer fronteira com outros países, sendo o cartão postal do Brasil para outras cidades da América do Sul”, afirma o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Fábio Mota.

Este ano, a prefeitura de Rio Branco recebeu R$ 4,9 milhões do MTur para obras de revitalização da Orla do Rio Acre. A área, às margens do rio, é um dos principais pontos turísticos da cidade, com opções de lazer, cultura e comércio.

Porto Velho foi a capital que mais evoluiu em infraestrutura geral (12,3), alcançando 71,9 pontos. Foi verificado que a cidade tem fornecimento ininterrupto de energia elétrica no período de alta temporada. Na área de saúde é oferecido serviço público de atendimento médico em emergências 24 horas com atendimento em nível de primeiros socorros, estrutura para cirurgias pequenas e de emergência, laboratório de análise e setor de raio X.

A Vila da Candelária, em Porto Velho, recebeu R$ 1,7 milhões do MTur para reforma. O local abriga história, gastronomia regional e paisagens. Construída na margem do rio Madeira, a vila tem como origem uma fileira de 11 casas que eram usadas por funcionários da ferrovia. O projeto de revitalização da vila inclui drenagem, pavimentação e iluminação.

Para medir a competitividade dos destinos, o estudo divide os municípios entre capitais e não capitais. São avaliadas 13 variáveis em 65 municípios, incluindo todas as capitas brasileiras. O Índice de Competitividade foi lançado em 2008 e está em sua quinta edição.

As variáveis pesquisados são: Infraestrutura Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Atrativos Turísticos, Marketing, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Monitoramento, Economia Local, Capacidade Empresarial, Aspectos Sociais, Aspectos Ambientais e Aspectos Culturais.

Competitividade

O turismo brasileiro está mais competitivo. O País obteve este ano a maior nota desde que foi criado o Índice de Competitividade do Turismo Nacional, ferramenta desenvolvida pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas para avaliar o nível de desenvolvimento do turismo nacional. Houve aumento nos três grupos analisados: média nacional (de 52,1 para 58,8), média das capitais (de 59,5 para 66,9) e média das não capitais (de 46,9 para 53,1). São considerados dados de 2008 e 2013 respectivamente.

O índice mede a competitividade nos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico do País, com o objetivo de elevar o turismo à condição de atividade econômica essencial ao desenvolvimento do país. A metodologia foi elaborada levando em consideração conceitos do Índice de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, que avalia diversas dimensões do setor em escala global.

As cidades que apresentaram os melhores índices foram São Paulo (80,3), Porto Alegre (79,8) e Rio de Janeiro (78,7), em uma escala que varia de 0 a 100. “O índice nos permite avaliar o estágio real de desenvolvimento do turismo em cada município ou destino, entender onde as políticas de incentivo funcionaram e onde elas precisam ser repensadas. Serve para orientar a gestão pública tanto em nível local como federal”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira. Segundo ele, o governo federal dá diretrizes para que cada município desenhe a própria estratégia e procure a melhor maneira de desenvolver, promover e comercializar seus produtos turísticos.

A capital que mais evoluiu foi Vitória (de 66,7 para 73,9), considerando os dois últimos dados da pesquisa, 2011 e 2013. A capital capixaba se destacou especialmente no segmento capacidade empresarial (90,2) pela presença de instituições de ensino de formação técnica. Também obteve destaque em economia local (87,3), pelos benefícios de isenção ou redução de impostos para o setor.

Entre as não-capitais, Corumbá (MS) foi a cidade que mais se desenvolveu nos últimos dois anos (48,6 para 57,7). Corumbá é hoje um polo de desenvolvimento da região Centro-Oeste principalmente pela infraestrutura geral (75,2), o que se deve, em parte, ao serviço público de atendimento médico em emergências 24 horas, e pelos atrativos turísticos (69,2), o que se deve à conservação ambiental de seus recursos, especialmente no Pantanal.

O índice de competitividade oferece dados fundamentais a gestores públicos, estudiosos, empresários e demais envolvidos na indústria do turismo. Hoje, o Brasil sabe mais sobre o turismo brasileiro do que sabia há seis anos, quando lançou a primeira edição do índice de competitividade.

Fonte:
Ministério do Turismo



09/12/2013 12:29


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