Comunidade do Litoral Norte diz que é possível unificar o calendário escolar
Prefeitos, vereadores, representantes de entidades comerciais, professores e líderes comunitários de todos os municípios do Litoral Norte apoiaram a iniciativa do prefeito de Capão da Canoa, Oscar Birlen, e da Assembléia Legislativa, que esteve representada pelo seu presidente, deputado Sérgio Zambiasi (PTB), e pelos deputados Ciro Simoni (PDT) e Germano Bonow (PFL), de unir esforços para que as escolas públicas e particulares tenham o mesmo período de ano letivo, evitando que muitas instituições recomecem as aulas no mês de fevereiro, prejudicando a temporada de veraneio e diminuindo as férias da população gaúcha. Da Câmara Federal, participou o deputado Edir Oliveira (PTB).
Ao final do encontro foi criada uma comissão com representantes da comunidade do litoral que irá integrar, na próxima semana, a reunião da Comissão de Educação da Assembléia.
Durante o ato, o presidente Zambiasi disse que o Parlamento gaúcho está solidário com esta causa e quer unir-se a esta luta. Ele explicou que a Assembléia vai ampliar este debate com a sociedade, através da Comissão de Educação, que já vem discutindo esta questão há algum tempo e por força deste trabalho conseguiu que as aulas nas escolas públicas iniciassem em março, como aconteceu neste semestre letivo. "Mas isto é pouco. Nós precisamos unir forças e sensibilizar as entidades ligadas à educação no Estado, para que viabilizar um calendário único que favoreça os alunos, os professores e acima de tudo as famílias gaúchas, que terão os meses de janeiro e fevereiro de férias", avaliou Zambiasi.
O diretor do Sindicato dos Professores de Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado (Simpro/RS), Marcos Fuhr, afirmou que a sua categoria vem pleiteando há vários anos a unificação do calendário escolar, e que o problema está no ensino privado cujas instituições resistem a esta idéia. "Nós sabemos que é perfeitamente possível encaixar os 200 dias letivos, com aulas iniciando em março e terminando em dezembro", protestou Fuhr. Ele destacou ainda, que esta luta interessa aos professores, alunos e também a sociedade do Estado, e que o sindicato está compartilhando desta causa.
Para o prefeito de Capão, Oscar Birlen, a unificação é possível e vai ao encontro das reivindicações da comunidade do litoral. Segundo Birlen, o veraneio deste ano foi de apenas 15 dias para a maioria das famílias que costumam permanecer no litoral gaúcho, pelo menos um mês de fevereiro. "Todo o Estado sofre com este calendário que está desorganizado e ultrapassado", avaliou o prefeito.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Logistas do Estado (FCDL), Carlos Lewandoski, enfatizou a importância do tema e garantiu que sua entidade está disposta colaborar na luta "legítima" da comunidade litorânea.
03/22/2002
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