Conferência na Bahia debate efeito da crise nos EUA, Europa e China
Terminou nesta quinta-feira (6) a edição da Conferência do Desenvolvimento (Code) realizada na Bahia. O evento, que começou na última terça-feira (4), foi promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Uma das conclusões apresentadas durante a conferência foi que economias centrais como Estados Unidos e Europa (com a exceção da Alemanha) não conseguiram restabelecer as taxas de crescimento do período anterior à crise. No caso dos Estados Unidos, o problema não é o endividamento público, mas a depressão econômica e a crise política, o que dificulta a adoção de medidas de estímulo ao crescimento.
O diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, Marcos Antonio Macedo Cintra, que participou do evento, citou que o estoque de riqueza das famílias (patrimônio líquido) caiu 20% nos EUA, em 2010. Segundo ele, a economia norte-americana está numa armadilha da liquidez. Mesmo com os juros baixos, o atual contexto provocou uma redução na propensão a gastar das famílias e das empresas. O técnico defendeu que a política fiscal deveria assumir papel central na recuperação da economia dos EUA.
Cintra pontuou, porém, que “apesar de os Estados Unidos terem perdido poder relativo com a crise financeira, não podemos falar ainda em um declínio absoluto da hegemonia norte-americana”.
Europa
A estagnação da economia europeia também preocupa. O diretor do Ipea lembrou que as taxas de crescimento econômico previstas para os próximos anos não passam de 2% ao ano. “O custo fiscal da crise (em termos de aumento do endividamento público líquido) já está acima dos 14% do PIB [Produto Interno Bruto] e deve atingir 16% do PIB em 2013”, disse.
Fonte:
Ipea
06/10/2011 19:15
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