Confira o discurso de Cláudio Lembo durante transmissão do cargo de governador para José Serra



Cerimônia foi realizada no Palácio dos Bandeirantes

O governador Cláudio Lembo passou o cargo para o governador eleito José Serra nesta segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2007, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes.

Confira a íntegra do discurso de Cláudio Lembo

Um ato especial e próprio das democracias marca esta sessão solene. Realiza-se a transmissão no mias alto cargo da hierarquia política de São Paulo. Cumpriu-se a vontade superior do povo expressa nos resultados eleitorais.

A alternância nos cargos eletivos é valor democrático. Evita a permanência ilimitada das pessoas no poder e permite, a um só tempo, a busca de novas filosofias políticas e concepções administrativas.

Sinto-me privilegiado.

Transmito o cargo de governador do Estado de São Paulo a personalidade de escola política brasileira: José Serra.

Este combatente de muitos combates é diferenciado pela coragem e pelo conhecimento que possui nos negócios de Estado.

Desde sua juventude, mostrou-se destemido e convicto de suas idéias e posicionamentos. A política brasileira necessita de figuras altaneiras e qualificadas.

Felizmente, os brasileiros de São Paulo souberam, nas urnas de outubro, optar pelo melhor e o mais qualificado, o governador ora empossado.

Este é meu momento derradeiro na chefia do governo de São Paulo. Permitam-me palavras de rememoração e de agradecimento. Conheci o mais duro episódio de violência contra o Estado de Direito jamais ocorrido no interior do regime democrático, em nosso País.

Refiro-me aos episódios de maio de 2006, quando a má vida pretendeu dobrar as instituições.

Cabe-me exaltar o comportamento exemplar da sociedade paulista, coesa, manteve-se solidária com o governo.

Devo, ainda uma vez, agradecer o extraordinário desempenho de nossas polícias, agentes da legalidade e mantenedores da tranqüilidade social.

Ao tomar posse, jurei subordinação irrestrita às quatro dimensões dos direitos da pessoa e às instituições políticas. Não abjurei, em nenhum instante, a promessa feita perante o Parlamento paulista, e portanto, ao povo de São Paulo.

Durante meu período governamental, nenhum reeducando foi morto nas ações de vistorias nos presídios ou para debelar rebeliões.

Faço este registro para homenagear o alto grau de eficiência alcançado pela minha Polícia Militar, a Força Pública dos paulistas.

As relações do Executivo com o Judiciário e Legislativo foram laboriosas, harmônicas e a independências constitucional, entre os poderes sempre preservada.

À Assembléia Legislativa uma menção. Em meu período de governo, os parlamentares nunca faltaram ao chamamento dos paulistas.

Analisaram as propostas do Executivo com pertinência e, com visão social, aprovaram mensagens encaminhadas, independente de quaisquer sectarismos partidários.

A preservação dos quadros e rotinas administrativas evitou soluções de continuidade nas obras e serviços públicos. Tudo ao longo dos embates próprios dos períodos eleitorais.

Mantive serenidade, equilíbrio e bom humor, apesar de todos os desafios impostos. Jamais admiti o rompimento das relações que devem existir entre os entes federados.

Entrego São Paulo ao meu sucessor, o governador José Serra, em absoluta normalidade financeira e administrativa. Projetos equacionados e

01/01/2007


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