Congresso homenageia brasileiras que se destacaram na luta pelos direitos das mulheres



O Dia Internacional da Mulher, celebrado oficialmente em 8 de março, foi comemorado nesta terça-feira (1º) em sessão solene do Congresso Nacional. Durante a solenidade, foram premiadas as cinco vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz , concedido às brasileiras que se destacaram na luta pelos direitos das mulheres. Neste ano, as vencedoras são Maria Liége, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro.

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A presidente da República Dilma Rousseff, que não participou da sessão, foi lembrada por praticamente todos os presentes. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), apoiada por outras parlamentares, havia tentado incluir Dilma entre as agraciadas com o diploma, o que não foi possível porque as inscrições já estavam encerradas desde o ano passado.

O presidente do Senado, José Sarney, afirmou em seu pronunciamento que a eleição de Dilma Rousseff mostra a maturidade que alcançou o país. O presidente da Câmara, Marco Maia, disse ter orgulho de ser governado por ela.

Logo no começo da sessão, aberta por José Sarney, o Coral do Senado interpretou três canções: Coisa mais Bonita, de Vinicius de Morais e Carlos Lyra; Paz do meu amor, de Luiz Vieira; e Se todos fossem iguais a você, de Tom Jobim e Vinícius de Morais. Na sequência, Sarney convidou todos a cantar Maria Maria, de Milton Nascimento.

Prêmio Bertha Lutz

Sob uma chuva de pétalas de rosas, as vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz receberam um diploma, uma placa e um ramalhete de flores. Maria Liége, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro receberam a premiação das mãos de parlamentares e autoridades. Também foi feita uma homenagem póstuma à Ana Maria Pacheco de Vasconcelos.

Maria Liége é militante desde a década de 70 e participa da Federação Democrática Internacional de Mulheres. Chloris Casagrande é pedagoga, escritora e atualmente vice-presidente da Academia Paranaense de Letras. Maria José da Silva criou um projeto de coleta seletiva e educação ambiental e incentiva a criação de cooperativas formadas por mulheres catadoras de material no Piauí. A psicopedagoga Maria Ruth Barreto foi a primeira presa política do Ceará durante o regime militar. Carmem Helena Foro trabalha como coordenadora de movimentos sindicais. Já Ana Maria Pacheco de Vasconcelos, falecida em 2009, foi fundadora e presidente da ONG Casa de Passagem, instituição voltada para o resgate de meninos e meninas de rua.

O evento prosseguiu com vários pronunciamentos de parlamentares e autoridades, como as ministras Ana de Hollanda, da Cultura, e Luíza Helena de Bairros, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial. Também a jovem Thaís Rodrigues da Silva leu carta da amiga Carol Leite, que não pôde comparecer, falando das dificuldades de viver na rua, sofrendo preconceito e violência.

Além de José Sarney e Marco Maia, compuseram a mesa da sessão as primeiras vice-presidentes das duas casas do Congresso, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) e a senadora Marta Suplicy (PT-SP); as duas ministras; a presidente da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados, deputada Janete Pietá (PT-SP); a presidente do Conselho do Diploma Mulher Cidadã Bertha-Lutz, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); a secretária-adjunta da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Rosana Ramos; e a senadora Ana Rita (PT-ES).



01/03/2011

Agência Senado


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