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O ministro decidiu-se, contudo, por um pedido de 1.300 militares, a fim de reforçar a atuação do Brasil naquele país. Em entrevista à Agência Reuters, ele disse ter-se decidido por esse aumento no propósito de preparar-se para futuros pedidos de mais contingente. "Estou pedindo 1.300 para ter uma folga para uma futura demanda da ONU", disse ele àquela agência.

Mal conversou por telefone com Jobim, Sarney telefonou para os senadores e deputados integrantes da comissão que representa o Congresso durante o recesso. Convocou-os para uma reunião nesta segunda-feira (25), às 15h, quando o Legislativo vai deliberar sobre o assunto.

Em nota à imprensa, o ministério da Defesa informa que, dobrando de 1.300 para 2.600 o contingente de militares brasileiros no Haiti, será possível atender, com a urgência necessária, a solicitação de 900 militares feita pela ONU e dispor de uma reserva de 400 homens para novos deslocamentos que sejam necessários.

A nota daquele ministério diz ainda que a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) sugeriu que o Brasil incremente sua participação, de forma imediata, com 900 militares. Desse total, 750 serão de infantaria, entre eles 90 fuzileiros navais, e 150 virão do efetivo da Polícia do Exército.

"Consideramos que a elevação do contingente brasileiro deve ser significativa para que o Brasil possa reforçar sua atuação no terreno e manter participação decisiva no esforço de assistência ao Haiti", disse o ministro Jobim na Exposição de Motivos.

Assinada por Jobim, a Exposição de Motivos deverá ser assinada agora pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Só então seguirá para a Casa Civil, a quem caberá enviar o texto ao Congresso Nacional.

Teresa Cardoso / Agência Senado

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