Conheça as propostas dos candidatos para o Meio Ambiente









Conheça as propostas dos candidatos para o Meio Ambiente
Bernardi alia progresso à preservação

É perfeitamente possível aliar o progresso econômico à preservação ambiental, através de um desenvolvimento sustentável. Esta é a opinião de Celso Bernardi, candidato ao governo do Estado pelo PPB.

Prevenção da poluição, com a minimização ou eliminação do resíduo antes que ele seja criado, fiscalização permanente das atividades poluidoras e incentivo às tecnologias limpas serão as estratégias ambientais de um futuro governo pepebista.

Como política específica, Bernardi dará especial atenção aos recursos hídricos, à reciclagem de resíduos sólidos, às novas fontes de energia para o transporte rodoviário e individual e ao inventário florestal do Estado. No que diz respeito à orientação ambiental, será criado um Centro de Informações Ambientais e da Educação Ambiental, segundo a Agenda 21.

Celso Bernardi defende um trabalho conjunto entre governo e iniciativa privada, para "construir um crescimento saudável, ecologicamente sustentado, com bons lucros, mais empregos e uma crescente qualidade de vida". Também haverá estímulos para a agricultura orgânica, o plantio direto "na palha" e a diminuição do uso de agrotóxicos.

O candidato pepebista critica o atual governo que, segundo ele, optou por adotar uma "postura extremamente inviabilizadora de atividades que dependem da exploração ambiental, negando ou dificultando a expedição de licenças de operação". Para Bernardi, a questão do meio ambiente não pode ser radical, tanto na proteção ambiental quanto no desenvolviemnto econômico desordenado.

PPB
- Descentralização da fiscalização e do licenciamento

- Avaliação da qualidade ambiental

- Controle sobre as produtoras de agrotóxicos e afins não-biológicos

- Controle e indução a práticas de sustentabilidade

- Controle das atividades mais impactantes do setor agropastoril

- Realizar o planejamento ambiental

- Dar prosseguimento ao inventário florestal do Estado
Britto optará pela tecnologia limpa

O objetivo principal do Plano de Governo para a área ambiental do candidato da coligação O Rio Grande em 1º Lugar, Antônio Britto, é incentivar a execução de projetos ecologicamente sustentáveis e o uso de tecnologias limpas que possibilitem a geração de renda sem que haja a degradação ambiental. "O cuidado com o meio ambiente é fundamental para preparar o futuro", afirma o ex-governador.

Britto aponta três itens como essenciais para a questão ambiental: melhoria da qualidade do ar, terra e águas, recuperação e manutenção de ecossistemas saudáveis que apóiem a diversidade vegetal e a vida selvagem e oportunidades para apreciar os recursos naturais. "A sustentabilidade também será considerada na análise de projetos a serem financiados pelo Estado", observa.

Unificar as atividades de planejamento ambiental no Rio Grande do Sul também é uma das metas do candidato. Neste sentido, o objetivo de Britto é integrar e racionalizar os esforços de planejamento "que hoje estão dispersos em vários órgãos, como Fepam, Metroplan e Secretaria da Coordenação e Planejamento".

Implantar o Programa Reciclar é outra proposta do candidato. "As empresas recicladoras que já operam ou vierem a se instalar no Rio Grande do Sul terão redução do ICMS sobre os seus produtos, como forma de torná-los competitivos frente aos demais elaborados com matéria-prima original", explica Britto.

O Rio Grande em 1º Lugar
- Implantar o Programa de Ciência e Tecnologia para a preservação da Mata Atlântica

- Promover a recuperação da qualidade da água e racionalizar o seu uso como forma de evitar conflito

- Instalar o Programa Rodovias do Verde

- Incentivar o reflorestamento para uso industrial e energético

- Retomar o Projeto Mar de Dentro

- Implantar o Programa Estadual de Resíduos Sólidos

Tarso quer desenvolvimento socialmente justo
Para Tarso Genro, candidato da Frente Popular ao governo do Estado, a implementação do projeto neoliberal aprofundou os problemas ambientais no planeta. "Apesar dos compromissos assumidos nas conferências internacionais, os governos dos países centrais têm patrocinado amplos retrocessos na área ambiental em escala mundial", afirma o ex-prefeito. Tarso cita como exemplo de demonstração deste processo a recusa dos Estados Unidos em ratificar o "Protocolo de Kioto".

O petista observa que a busca do desenvolvimento sustentável e socialmente justo tem norteado o atual governo do Rio Grande do Sul, que criou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e avançou nas políticas públicas para a área. "No próximo governo vamos avançar ainda mais", declara.

Através da descentralização com base no conceito de gestão compartilhada Estado-Município, e na estruturação do Sistema Estadual de Proteção Ambiental - SISEPRA, Tarso buscará facilitar o licenciamneto ambiental.

Implementar o Sistema Estadual de Saneamento Ambiental também é meta do candidato da situação. O sistema envolverá o governo do Estado, municípios, entidades do setor e sociedade civil.

Outra proposta de Tarso é duplicar o número de residências e empresas ligadas à rede de esgoto da Corsan. Segundo ele, "o governo da Frente Popular, além de não privatizar, recuperou a entidade."

Frente Popular
- Reforçar a incorporação da variável ambiental no conjunto das estratégias de desenvolviemnto

- Promover uma ampla discussão sobre a Agenda 21 e intensificar a adoção dos princípios estabelecidos por este documento por todos os órgãos de governo

- Elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável para o RS

- Fortalecer o Conselho Estadual de Meio Ambiente visando uma maior participação social

- Ampliação das ações de educação ambiental

- Ampliar as ações de planejamento e a aplicação de instrumentos de gestão em nível estratégico

- Implantar uma política integrada de conservação da biodiversidade

- Constituir política integrada para o extrativismo

Rigotto elege modelo de gestão participativo
Germano Rigotto, que concorre pela coligação União pelo Rio Grande, quer promover um modelo de gestão ambiental participativo, descentralizado e integrado com a gestão dos recursos hídricos. O objetivo do candidato é atingir um desenvolviemnto ecologicamente sustentável, economicamnete viável e socialmente justo.

Buscar a parceria do setor empresarial em geral, e industrial, em particular, com a questão ambiental é uma das metas de Rigotto. Como isso, ele quer adotar compromissos de excelência ambiental, especialmente quanto ao reaproveitamento de efluente líquidos e resíduos sólidos não perigosos, mediante compensações de natureza tributária ou fiscal.

Na definição de uma política estadual de saneamento, Rigotto acredita que as atribuições para tanto não são exclusivamente dos órgãos ambientais. "É necessário uma ação integrada com os demais órgão competentes", afirma. Para o candidato, "a falta de saneamento adequado é uma das principais causas, não só de degradação do meio ambiente urbano, como também de insalubridade, responsável por algumas doenças endêmicas típicas de países periféricos."

O governo Rigotto se propõe, ainda, a resgatar a capacidade financeira e intitucional da CORSAN. "A desastrosa administração petista só utilizou politicamente a máquina administratiova daquela Companhia e fez terror permanente com seus briosos funcionários", declara o candidato.

União pelo Rio Grande
- Fortalecer o CONSEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente

- Ampliar, na FEPAM, a atividade de cadastramento de laborátórios

- Reavaliar o cadastramento das fontes de poluição industrial e ampliar o controle dos resíduos sólidos
industriais cadastrados no Pró-Guaíba

- Comprometer os municípios com as metas de qualidade estabelecidas na política estadual de meio ambiente

- Elaborar programas de monitoramento e fiscalização do cumprimento das licenças ambientais

- Concluir a implantação do sistema estadual de recursos hídricos e institucionalizar mecanismos de articulação com os itens de meio ambiente e com as demais políticas setoriais

- Prevenir a degradação ambiental originada pela concentração urbana e das atividades econômicas


Alunos da Ufrgs apresentam projetos para estação do metrô
Uma exposição formada por 21 trabalhos de estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) apresenta em maquetes e desenhos em perspectiva a elaboração de um projeto arquitetônico para a Estação Fiergs da Linha 2 da Trensurb em Porto Alegre. Os trabalhos foram desenvolvidos por 35 alunos da disciplina Projeto V, durante o ano passado, e podem ser vistos até o dia 20, no primeiro andar da sede do Senai, no complexo Fiergs.

A mostra, inaugurada na terça-feira, é composta por desenhos, fotos, painéis e 20 maquetes que projetam como seria a Estação Fiergs, que seria construída na avenida Assis Brasil - o ponto final do sistema. Os trabalhos buscam oferecer à Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e à população propostas sobre as passarelas de embarque e plataformas das estações, além do design dos trens, levando em consideração aspectos como acessibilidade, rapidez na execução da obra e facilidade de manutenção. Os projetos, entretanto, têm caráter meramente acadêmicos.

O presidente da Trensurb, Pedro Bisch Neto, saudou a iniciativa da Ufrgs e destacou que o projeto do metrô é irreversível. Segundo ele, a Linha 2 vai atender 450 mil passageiros por dia e vai unir os três centros comerciais da cidade - Assis Brasil, Azenha e o Centro.

Ontem, o vereador Adeli Sell (PT) entregou ao presidente da Câmara Municipal, José Fortunati (PDT), o relatório das audiências públicas realizadas pela comissão especial que analisou a viabilidade de implantação do metrô. Hoje, a EPTC vai apresentar o projeto de expansão do sistema aos representantes da Associação dos Municípios de Porto Alegre (Granpal).

Proposta é de 18 km com 19 estações
A configuração da segunda linha do metrô da Capital, proposta pela Trensurb, possui 18,4 km de extensão e 19 estações. O trajeto vai ligar as avenidas Azenha e Assis Brasil, passando pelas avenidas Erico Verissimo, Aureliano de Figueiredo Pinto, Borges de Medeiros, Voluntários da Pátria, Cristóvão Colombo, Benjamin Constant e Baltazar de Oliveira Garcia. O valor da obra está estimado em US$ 600 milhões.


Furacão destelha 1,6 mil casas em Santa Maria
O temporal que atingiu ontem a região central do Estado deixou centenas de pessoas desabrigadas. Cacequi e Santa Maria decretaram situação de emergência devido aos grandes estragos provocados pelo forte vendaval e chuva de granizo. De acordo com a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Urbana, o vento atingiu velocidade equivalente a de um furacão de categoria 1 na escala que vai de um a cinco - 140 quilômetros por hora.

De acordo com o secretário geral do Município de Santa Maria, Ivo Júnior, cerca de 25 pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado grave. A chuva iniciou por volta das 10h e deixou cerca de 100 famílias desabrigadas - sendo que 1,6 mil residências ficaram destelhadas e 50 totalmente destruídas. "Já recebemos mais de 1,5 mil pedidos de lona", afirma o secretário.

Mais de 160 postes foram derrubados pelo vento. A prefeitura ofereceu os ginásios e as escolas dos municípios para remoção das famílias. Em 20 escolas de Santa Maria as aulas foram suspensas e o serviço de telefonia de aproximadamente 6 mil assinantes foi interrompido. Os técnicos da Brasil Telecom devem normalizar a situação amanhã.

Segundo o coordenador da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, Eugênio Hackbart, o
quadro continuará propício à ocorrência de chuva intensa, ventos fortes e granizo no Estado até o final do dia de hoje. Somente nas primeiras 12 horas de ontem o índice acumulado de chuva no Vale dos Sinos alcançou metade da média mensal, com registro de 70 milímetros na estação de Lomba Grande, em Novo Hamburgo.

Na Capital, a chuva deverá continuar hoje, melhorando o tempo amanhã. A chuva de ontem de manhã prejudicou o funcionamento de sinaleiras em três pontos. O Triângulo da Assis Brasil ficou sem sinaleira durante duas horas e meia pela manhã, enquanto um semáforo da rua Anita Garibaldi teve de ser trocado devido aos estragos.


Mandic quer revolucionar serviços de e-mails
Bem-humorado e com a experiência de quem foi um dos precursores da internet comercial no Brasil, Aleksandar Mandic apresentou ontem a jovens empresários gaúchos as mudanças pelas quais passou desde que largou o emprego na Siemens - com direito a plano de saúde e salário fixo no final do mês, como ele mesmo faz questão de dizer - até participar de projetos com do Mandic, iG e, mais recentemente, focar as suas ações para a prestação de serviços de e-mails, principalmente para o mercado corporativo. O executivo foi um dos palestrantes do evento promovido pela Câmara Americana de Comércio - Amcham Porto Alegre.

Segundo Mandic, o produto que ele oferece hoje se diferencia dos demais em alguns aspectos.

Primeiramente, a caixa de webmail têm espaço ilimitado, porém, com tempo limitado. "Depois de um ano ela é deletada, mas, em compensação, os usuários não enfrentam mais o problema de ter de ficar apagando as mensagens toda semana porque o espaço oferecido pelo provedor é pequeno", explica.

Além disto, para evitar as reclamações com spam (e-mails indesejados que as pessoas recebem diariamente), o cliente da Mandic pode criar e-mails ocultos e, depois de fazer compras on line, por exemplo, deletá-lo.

Além disto, tudo que for colocado no webmail é estendido automaticamente para o outlook. "Na realidade eu
elaborei dentro de um sistema de e-mails tudo aquilo que gostaria que existisse para facilitar o meu próprio uso", relata. A solução, que envolve outras ferramentas e é desenvolvida toda em Linux, custa R$ 9,99/mês.

Mandic afirma que não teme a concorrência. "Faz parte da cultura do mercado copiar as idéias. Mas, este sistema que implantamos não funcionará nos provedores gratuitos, pois é muito caro", afirma.

Na realidade, é impossível pensar na internet comercial brasileira sem fazer referência ao empresário. Em 1993, ele fundou um dos primeiros Bulletin Board Systems (BBS) do País, o Mandic BBS, transformando-o, dois anos depois, em um provedor comercial. "Peguei a minha linha telefônica, um computador e fiz a
conexão. Algum tempo depois, comecei a cobrar por este serviço", recorda.

Segundo ele, o pedido de demissão da Siemens, onde tentou sem sucesso implantar este sistema, revela um das suas principais características como empreendedor. "Eu primeiro jogo e depois analiso. Isto sempre permitiu que eu fosse mais rápido e saísse na frente da concorrência", destaca, lembrando também a importância de se ter visão de negócios. O faturamento, que em 1993 era de R$ 30 mil, passou a R$ 2 milhões em 1995. O número de usuários também pulou de 10 mil para 40 mil. "Eu trabalhava em casa, indo de quarto em quarto. Tinha 110 linhas telefônicas e três pessoas me auxiliando", diz.

Neste momento, porém, com a liberação da internet comercial no País e o crescimento, o executivo percebeu a necessidade de ampliar o provedor o que só foi possível com um aporte de capital do Banco Garantia. "Tivemos que investir pois já estávamos sendo criticados no mercado em função da queda da qualidade do serviço prestado", destaca.

Sucesso do iG surpreendeu executivo
Em 1999, durante o boom da internet, houve mais uma mudança na vida do empresário Aleksandar Mandic. Ele resolveu vender a Mandic e, alguns meses depois, foi fazer parte de um do projetos mais audaciosos da internet: o iG, primeiro provedor de acesso gratuito. O convite foi feito pelo então presidente da Tele Centro-Sul (Brasil Telecom), Henrique Neves. "Ele me falou do interesse em montar um provedor de internet e eu apresentei este modelo. A idéia era oferecer acesso de graça, encher o pulmão e depois pensar em alguma forma de cobrar. A Telemar também participou do projeto.

O planejamento inicial era de ter 500 mil usuários em 12 meses. O iG chegou a esta meta em apenas 20 dias. "Nós mesmos nos impressionávamos com o sucesso. Quando houve a crise no setor, o que nos salvou foi o grande número de acessos que tínhamos - já chegava a 2 milhões - o que nos permitiu negociar os discadores com as operadoras", revela.

Quando tudo parecia bem encaminhado, o executivo resolveu sair do iG e montar novamente a Mandic. Ele queria um foco diferente e percebeu que o e-mail era a única coisa que, desde 1995, era praticamente igual na rede mundial. Quanto ao futuro, o empresário assegura que, desta vez, a empresa vai se perpetuar.


Lojas adotam estratégias para vendas do domingo
Os lojistas de Porto Alegre estão adotando estratégias para estimular as vendas do domingo. Negociação com fornecedores, prazos de pagamento e descontos são algumas das alternativas encontradas para atrair o público e criar o hábito de consumo. "O mesmo aconteceu com o sábado, quando foi permitida a abertura no turno da tarde", diz o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital, Carlos Utz.

O empresário lembra que, na época, o varejo precisou consolidar o sábado como dia de compras. "No início, as vendas eram fracas. Hoje o sábado representa o principal dia de vendas da semana", destaca. A idéia, conta, é fazer o mesmo em relação ao domingo. Os primeiros resultados, após um mês de funcionamento, são considerados positivos. Utz destaca que está surgindo um novo perfil de consumidor. "Um terço do público que vai às lojas não comprava por falta de oportunidade", constata.

Atentas a este potencial, as empresas investem em atrativos. A Moda Casa, especializada em móveis, prepara para o próximo final de semana o "Sábado premiado com bis no domingo", com ofertas preparadas especialmente para os dois dias. As Lojas Arno comemoram os resultados obtidos até agora. Os quatro domingos em que as lojas que a rede tem em shopping centers abriram representaram cerca de 10% da venda do mês.

A Manlec aposta na parceria com fornecedores para alavancar as vendas. Durante os domingos, a empresa prepara preços especiais para os produtos expostos no depósito da rede, na Zona Norte da Capital. No primeiro dia, a promoção atraiu 2,5 mil pessoas, número que se manteve praticamente o mesmo nos outros domingos. O feirão oferece itens que ganharam novas versões ou estão saindo de linha e peças de mostruário das lojas, todos lacrados e com garantia.

As Lojas Tevah optaram por prolongar a liquidação de inverno. "Como ainda não houve uma mudança de clima, a promoção consiste em um grande atrativo", afirma o diretor comercial da rede, Eduardo Tevah. Ele diz que cada domingo tem superado os resultados do anterior. "O domingo está se tornando um dia útil de compra e tende a se consolidar como o segundo dia em vendas da semana", acredita.


Bndes altera critérios e beneficia pequenos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) mudou os critérios de classificação de porte das empresas para a concessão de financiamento, ampliando o número de negócios considerados como micro e pequenos. Anteriormente, era considerada microempresa pelo banco a que tinha receita operacional bruta de até R$ 900 mil e agora este limite passa a ser de R$ 1,2 milhão, segundo nota divulgada ontem pela instituição.

Já as pequenas empresas, que antes eram classificadas como as que possuíam receita entre R$ 900 mil e R$ 7,87 milhões, passaram para a faixa entre R$ 1,2 milhão e R$ 10,5 milhões.

Pelo mesmo critério, as médias empresas passaram do limite de R$ 7,87 milhões a R$ 45 milhões para o novo nível entre R$ 10,5 milhões e R$ 60 milhões. A grande empresa passou a ser a que possui receita operacional bruta superior a R$ 60 milhões.

Segundo o banco, a partir dessa reclassificação uma maior quantidade de micro e pequenas empresas serão beneficiadas com as condições mais atrativas para estes segmentos, como maior índice de participação nos investimentos e "spread" mais baixo.

O banco aprovou também a atualização do valor máximo para as operações realizadas no âmbito da linha Bndes Automático, que atende principalmente as micro, pequenas e médias empresas e que passará para R$ 10 milhões (anteriormente esse limite era de R$ 7 milhões).

De janeiro a julho deste ano, a instituição desembolsou R$ 4 bilhões para o segmento de micro, pequenas e médias empresas, com crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado.


Artigos

As farmácias de manipulação
Nataniel Schostack

Historicamente, no Brasil, o fornecimento de medicamentos à população carente é de responsabilidade dos governos, federal e estadual. Em um País onde a saúde raramente é prioridade dos governantes, o acesso aos medicamentos como parte integrante de uma política de saúde quase nunca é assunto tratado como prioridade.

Com a municipalização dos serviços de saúde, as prefeituras se viram pressionadas a resolver a questão respeitando a Constituição, que postula "Saúde é um direito de todos e um dever do Estado". Como o preço dos medicamentos torna muitas vezes proibitiva sua aquisição, os dirigentes municipais estavam receptivos a propostas que pudessem solucionar este problema: fornecer medicação à população carente. Como nestas ocasiões não faltam oportunistas com saídas milagrosas, a chamada "Farmácia de Manipulação" foi considerada a "tábua de salvação", que possibilitaria o fornecimento dos "remédios" a um custo bastante inferior. Entretanto, infelizmente, estes gestores não contaram na época com a assessoria de profissionais que pudessem esclarecer que esta "saída", embora, à primeira vista, parecesse maravilhosa, escondia atrás de si, além da ilegalidade do estabelecimento, irregularidades técnicas que poderiam comprometer a qualidade dos produtos e, pior, a vida das pessoas. Quanto ao aspecto legal, estes estabelecimentos estavam registrados como farmácias, mas na prática produziam como indústrias irregulares. Mas afinal, que mal podem fazer os medicamentos produzidos nestas farmácias que apresentam desvios de qualidade? Qual o problema se apenas uma porcentagem dos produtos analisados apresentou estes desvios de qualidade? Como podem ter problemas estes medicamentos se até agora ninguém morreu? A estas perguntas respondemos que um medicamento sem qualidade pode, desde não produzir o resultado desejado, como o caso dos comprimidos que não dissolveram, até produzir efeitos indesejados, seja por superdosagem, como o diurético que apresentou um teor de 500%, enquanto o correto seria em torno de 100%, ou por contaminação microbiológica, como o que foi encontrado em xaropes utilizados para problemas de asma. Todos esses casos ocorreram em medicamentos produzidos nas referidas "farmácias de manipulação".

Assim, qualquer das irregularidades apontadas poderia levar os pacientes que ingeriram estes medicamentos à morte, seja pelo fato de não terem produzido o efeito desejado, pel a superdosagem ou por contaminação. Se um medicamento apresenta problemas com a gravidade dos exemplos citados, não importa que percentual ele representa no total dos produtos fornecidos. Como podemos saber se não morreu ninguém pelo uso destes produtos se em nosso País não existe um sistema de farmacovigilância que possibilite o monitoramento destes usos? E agora fazemos nós uma pergunta: os dirigentes municipais estão esperando que ocorra alguma morte para então se convencerem e tomar alguma atitude? Nós, autoridades profissionais e sanitárias, não podemos ter a mesma postura, pois nos compete, antes de qualquer outro interesse, a defesa da saúde pública. Outra questão que nos preocupa é a freqüência com que os defensores destas tais "farmácias" fazem menção de que estes "remédios são para pobres", como se pudesse haver dois tipos de medicamentos, um para pobres e outro para ricos, e como se os dos pobres não precisassem produtos de qualidade. Respondendo à pergunta inicial, é sim possível a produção de medicamentos de qualidade pelas prefeituras. Para isto estas deverão seguir as orientações que vêm sendo dadas pelas autoridades e técnicos no assunto e montar estabelecimentos dentro da lei, da técnica e da ética.


Colunistas

ADÃO OLIVEIRA

Sanatório geral
Estamos atravessando um período eleitoral em que, nos últimos tempos, menos se sabe sobre os planos dos candidatos majoritários. Tanto em nível federal, quanto estadual.

A primeira razão está ligada a uma lei eleitoral draconiana que não permite que os jornalistas que trabalham em rádio e televisão discutam a campanha.

A segunda razão prende-se à necessidade insana que estão tendo os candidatos - primeiros colocados nas pesquisas de opinião pública - de se acusarem mutuamente, transformando a campanha num sanatório geral.

A terceira - e me parece a mais séria de todas - é a patrulha ideológica que ronda as redações da cidade.

A começar pela primeira das razões.

É lamentável o cerceamento da liberdade de expressão que está tendo o jornalista - de rádio e televisão. Lá, o
profissional preparado para isso não pode opinar quando o assunto é política. O máximo que se pode abordar é sobre a agenda do cara: onde esteve, onde está e onde estará e ponto final. O espírito da lei, segundo o ministro Nelson Jobim, é evitar o favorecimento de uns em detrimento de outros.

O pessoal do rádio e da televisão que faz política está por aqui com a Lei Eleitoral. Depois desta eleição o Congresso precisa modificá-la. Na sua essência.

A baixaria que tomou conta de nossos lares no horário político eleitoral gratuito é outro motivo que nos impede saber o que os candidatos farão nos primeiros dias de governo, caso cheguem ao Piratini.

Ontem, no Plaza São Rafael, ouvi de um observador atento de eleições uma frase tão grave quanto forte. Ele me dizia que o artigo que escrevi "Baixaria Geral", havia sido muito comentado entre os que com ele dividiam uma mesa na reunião-almoço da Federasul, onde falou o deputado Sérgio Zambiasi:
"De tanto que se acusam, a gente terá certeza de uma coisa. Estamos inexoravavelmente condenados a eleger um canalha. Ninguém presta e ganha quem vencer o bate-boca!".

A ultima das questões que embasam a minha análise está tristemente ligada à patrulha ideológica que nos movem seguidores de um ou outro candidato.

Basta que se emita uma opinião favorável a este ou àquele candidato para que os patrulheiros de plantão descarreguem uma quantidade enorme de e-mails acusando o autor de comentário de faccioso, parcial, etc. A prática é antiga e duvidosa: ou você elogia Tarso e é do PT ou o critica e é de direita.

Lamentável!

A contribuição que os candidatos majoritários podem dar aos eleitores nesta campanha eleitoral deste politizado estado da federação é muito maior do que "a nossa vã filosofia pode alcançar".

Em relação à lei eleitoral, no momento, nada pode ser feito, a não ser denunciá-la como draconiana e antidemocrática. Mas tem uma coisa que eles podem evitar. Para o bem do povo e deles próprios: falar mal um do outro.

Para o bem do povo, para que o povo saiba que o futuro governador do Estado será, inquestionavelmente, um cidadão correto, honesto e probo. Para o bem deles próprio, para que consigam encarar seus filhos orgulhosos de serem políticos.

E, por fim, em relação a patrulha ideológica.

Ah! Esta é nojenta e um saco!


CARLOS BASTOS

Cresce virulência do debate eleitoral
Como prevíamos há uma semana cresceu a virulência do debate eleitoral, de forma especial no horário gratuito de rádio e televisão. O PT tem centrado suas críticas na atuação de Assis Anhaia de Souza, que foi responsável pelas privatizações no governo anterior de Antônio Britto. Chegou a dedicar um programa inteiro para registrar que o Ministério Público e a Receita Federal pedem explicações ao ex-secretário de Minas e Energia. E o PPS continua batendo no que considera tropelias praticadas pelo atual governo e, de forma especial, condenando a saída da Ford do Rio Grande do Sul. Já o programa de Celso Bernardi, do PPB, exibiu um clipe musical apresentado por João de Almeida Neto, com uma música composta especialmente sobre o episódio do relógio dos 500 anos, tendo como cenário flashes do ocorrido. O registro televisivo com fundo musical ganhou muita força.

Diversas

- E o candidato do PPB, Celso Bernardi, em reunião ontem à tarde com presidentes de diretórios municipais de seu partido, condenou tanto o candidato do PT, Tarso Genro, como o do PPS, Antônio Britto, por usarem seus espaços em rádio e televisão para se agredirem.

Hoje, Celso Bernardi participa de café-da-manhã com a Unimed, que está promovendo encontros com todos os candidatos ao governo do Estado.

A deputada Rita Camata, candidata a vice de José Serra, estará visitando hoje as regiões das Missões, Grande Santa Rosa, Planalto Médio e Celeiro. O roteiro inclui as cidades de Santo Ângelo, Santa Rosa, Ijuí e Três Passos.

Rita Camata estará se fazendo acompanhar pelo candidato do PMDB, Germano Rigotto, e do deputado Darcísio Perondi, que tenta sua reeleição à Câmara Federal. Ela também foi responsável e deu seu nome à lei que limita os gastos de Estados e Municípios com pessoal.

A Comissão de Finanças decide, em sua reunião de quarta-feira da próxima semana, sobre a criação de uma subcomissão para examinar a privatização da CRT, solicitada pelo deputado petista Ronaldo Zulke.

Durante uma reunião em Capão da Canoa com a Associação dos Prefeitos do Litoral Norte, o ex-governador Antônio Britto, falando sobre o 11 de setembro, disse que "há um ano assistimos à mais estúpida das aventuras humanas".

Já o candidato Tarso Genro declarou que o atentado foi um sinal de que a humanidade não pode mais continuar como está.

O senador José Fogaça afirmou que o 11 de setembro foi desumano, mas não nos impede de refletir, raciocinar e ter critérios a respeito do posicionamento do Brasil nesse cenário de unilateralismo do presidente George Bush.

- Hoje, às 9h, o governador Olívio Dutra recebe, no Palácio Piratini, a senadora Emília Fernandes e o presidente do IPE, Ronaldo Kufner. O encontro examina a resolução aprovada pelo Senado - e que foi proposta pelos três senadores gaúchos - referente à dívida daquela autarquia.

Última

O presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi, disse, em conversa com jornalistas na Federasul, que todo candidato a cargo eletivo, e especial disputando uma majoritária como é o seu caso, vive um drama constante. Caso esteja na frente com seus índices, o candidato tem que se esforçar ao máximo para não cair. E se está atrás na pesquisa, tem que redobrar seu esforço para melhorar de situação.


FERNANDO ALBRECHT

Os patrícios
O Rio Grande do Sul é mesmo um cadinho racial. Tarso Genro (PT) tem ascendência judaica, já tendo recebido apoio de membros da comunidade israelita. Já Antônio Britto (PPS) tem origem árabe e foi tratado de "patrício" várias vezes pelos integrantes da comunidade libanesa que o homenageou com um jantar regado a boa comida árabe, na terça-feira à noite, na sede da Sociedade Libanesa. Se quisermos ir mais longe, tanto Germano Rigotto quanto Celso Bernardi tem origem italiana.

Novo ministério
Vá lá que o ministro Pedro Malan ostente um ar professoral, mas que tenha transformado o Ministério da Fazenda em Magistério da Fazenda é muita coisa. Mas é o que se lê no Diário Oficial do Estado de ontem. Um funcionário da Secretaria de Coordenação e Planejamento foi autorizado a viajar a Brasília para participar de reunião com o tal Magistério da Fazenda. A não ser que o professor Fernando Henrique tenha criado a pasta à socapa e à sorrelfa.

Problemas da cidade
Moradores da rua Anita Garibaldi, imediações do número 1000, reclamam que uma casa que existe ao lado de uma galeteria, outrora um consulado, virou local de barulhentas festas que varam a madrugada. O trânsito fica complicado por causa de filas duplas e até triplas, os carros trancam as garagens dos prédios, o som é ensurdecedor (caixas de som são colocadas na calçada), o consumo de drogas é uma constante e álcool idem.

O boletim interno do PT...
O Boletim interno do PT Chega
analisa o caso Diógenes de Oliveira e nele lê-se que ele não está com essa bola toda entre os petistas. Para o boletim, o caso não chegou ao fim. Diz: "Que bom, que o Diógenes foi absolvido pela Justiça (sic). Bom para a disputa eleitoral e melhor para ele. Só até aí. O que fez, uso de nomes de Olívio, por exemplo, não foi explicado dentro do partido.

...e Diógenes de Oliveira
E segue o comentário do boletim, que leva o título de Diógenes é Diógenes: "Desfiliou-se quando estava em curso uma comissão de ética. Os fatos e suas motivações não foram explicadas, ainda. Para o mundo externo, tudo bem e que a Justiça resolva. Para o PT, nada feito. O caso Diógenes precisa ser esclarecido e não são vantagens eleitorais que substituem nossa prática e cultura."

A nota
A nota oficial das empresas Telsul e Pampa sobre o envolvimento nelas do ex-secretário Assis Roberto de Souza dá uma informação no mínimo curiosa. É que entre outras empresas e operadoras de telefonia, além da CRT, as duas prestam serviços também para a Procergs e Procempa.

Problemas da praça
A propósito da nota sobre os perigos da pracinha Alto da Bronze, leitores informam que não é o único problema. O conselho dos moradores tem feito reuniões com a Smed com vistas à ação dos pivetes que se instalaram no subsolo das arquibancadas da praça. Uma das soluções aventadas foi a de aterrar este espaço, mas ficou nisso. Mas o mais preocupante é que existiria a intenção de se fechar a escolinha.

Esqueceram de nós
Sabem a história da briga entre mar e rochedo? Na briga entre prefeitura e Montepio dos Funcionários do Município de Porto Alegre os mariscos são os funcionários do MFMPA. É que a colenda aprovou a nova previdência para o funcionalismo mas este pessoal está a ver navios. Ou melhor, a ver a reposição salarial acordada em janeiro, vales-alimentação e atrasos nos salários, segundo nota dos funcionários.

Festa delas
O colunista foi convidado pelas mulheres petistas que farão festa de arrecadação de fundos na sexta ao meio-dia no restaurante Pacífico. Como se disse aqui que só falaram na Emília Fernandes e não em Paulo Paim, as organizadoras enfatizam que permitirão a entrada de homens. Claro que Paim está nesta, garantem.

Concurso de Delegado
A Associação dos Delegados de Polícia estranha que um dos mais veementes críticos e opositores em todas as situações em que são defendidas garantias e atribuições dos Delegados de Polícia, o assessor da Polícia Civil do governo do Estado, escrivão Jorge Quadros, concorra mais uma vez ao cargo que tanto hostiliza. Na outra foi reprovado. A Asdep também estranha a "rapidez com que foram reelaboradas as provas para o concurso de Escrivão e Inspetor, aplicadas no último final de semana".

Cultura no FSM
O Memorial do Fórum Social Mundial completou ontem um ano de funcionamento. Para o secretário Luiz Marques, da Cultura, a inclusão do tema da cultura e dos meios de comunicação entre os temas principais do próximo Fórum Social Mundial significa um rompimento positivo da esquerda com o economicismo. Na visão de Marques, a cultura deve ter o mesmo estatuto de cidadania que as questões sociais e econômicas, o que não ocorreu no primeiro FSM.

Pedro Maciel, Luiz Borges, Danilo Ucha e este colunista farão palestra hoje às 12h30min na ADCE.

Grupo Panvel comemora hoje um ano do seu Programa de Qualidade com festa às 8h.

Vice-presidente da TAP, Luiz da Gama Mór, estará aqui dia 25 para roteiro.

Jornalista Chico Pereira prepara o XII prêmio Homens e Mulheres do Vale, dia 31.

Novo Laboratório Análises Clínicas do Hospital Conceição será inaugurado hoje.

Clientes Claro Digital que ainda não se cadastraram podem fazê-lo pelo www.claro.com.br.

Formandos de Agronomia promovem de 16 a 18 palestras sobre Arroz e da Soja na Farsul.


Editorial

SEGURANÇA E PRISÕES NÃO RIMAM COM EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

Está certo, a insegurança vivida pelos cidadãos brasileiros tem parte de sua causa na penúria socioeconômica do País. As mortes sucedem-se do lado dos banditos e dos cidadãos, nas ruas e dentro das moradias, rebeliões explodem, comandadas por marginais frios, providos de celulares e computadores em presídios. As vertentes, segundo os melhores especialistas, estão em três eixos básicos, a explosão demográfica, a falta de prevenção policial e o péssimo sistema prisional. O aumento descontrolado da população é notório e acontece na razão inversa da educação e do patamar financeiro das famílias, ou seja, quanto mais pobre mais filhos, quanto melhor financeiramente, menos filhos. Igual à lei da física, a pobreza se atrai e multiplica na razão direta das massas excluídas e na razão inversa da distância que as separa das melhores condições de vida. O Brasil é uma usina de indigentes sem que se faça campanha séria para ensinar que as mulheres não precisam ter um filho por ano, nem que algum homem deixará de ser macho, conforme a maioria pensa, se não engravidar a companheira de nove em nove meses. Esta situação, aliada à gravidez precoce entre adolescentes pobres, está custando muito caro, em todos os sentidos. Mais desempregados, mais roubos, mais quadrilhas, mais cadeias e necessidade de dinheiro a fundo perdido, além dos atuais R$ 39 bilhões gastos com todo o tipo de auxílio. Não se é contra o sagrado e natural direito à natalidade, que realiza os casais e é a razão de ser do matrimônio, muito menos às políticas compensatórias aplicadas pelos governos, a mais interessante das quais é o programa Bolsa-Escola, pelo qual as crianças são tiradas das ruas, onde, pretensamente, pedem esmolas para ajudar no sustento do pai - geralmente é apenas da mãe, que homem não assume filho à menor dificuldade.

No entanto, seria mais fácil ir diminuindo a situação constrangedora da pobreza, dando educação e ocupação, derrubando os índices que nos assustam se não tivéssemos, anualmente, mais e mais excluídos sendo "incorporados" à legião dos deserdados, numa progressão geométrica que sufoca o Brasil, enquanto os que pagam impostos, geram empregos e movimentam a economia formal são cada vez menos e, por ter em acesso aos métodos contraconceptivos, têm dois, no máximo três filhos, na média. Portanto, se, por exemplo, fossem dois milhões de crianças para serem assistidas durante um período de 12 meses e, depois, houvesse somente aumento vegetativo, teríamos talvez mais 100 mil, mas o que acontece é que atende-se a dois milhões num ano e, no outro, são mais 200 ou 300 mil, desestruturando, financeiramente, materialmente e de recursos humanos a rede de proteção social, seja em termos escolares, hospitalares, de creches, de auxílios e assim sucessivamente, numa situação que está levando ao caos. Os países mais adiantados do mundo, sempre tão citados em outros quesitos, têm populações estáveis ou decrescentes, o que também é um erro. Hoje, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça e muitas outras nações gozam de estabilidade populacional que evita a construção de problemas. Ou o Brasil coloca à disposição dos pobres, além de assistência material, uma boa e persistente educação sobre controle de natalidade ou muito em breve seremos soterrados pela horda de pessoas sem futuro, sem nacionalidade, sem apego, párias sociais às quais pouco importará roubar e matar para ter o quinhão de felicidade que julgam ter direito. Daí até às prisões superlotadas e de onde se comanda o crime aqui fora, o passo não é só muito pequeno como está sendo dado diariamente, cada vez com menos esforço.


Topo da página



09/12/2002


Artigos Relacionados


Dia Mundial do Meio Ambiente: Conheça as ações do Rodoanel para proteção do meio ambiente

Conheça as propostas dos candidatos para Turismo e Esportes

Meio Ambiente: Propostas do governo paulista são aprovadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente

Conheça as ações do Rodoanel para proteção do meio ambiente no Estado de SP

Conheça as ações do Rodoanel para proteção do meio ambiente no Estado de SP

Conheça as ações do Rodoanel para proteção do meio ambiente no Estado de SP