Conheça as propostas dos candidatos para Turismo e Esportes










Conheça as propostas dos candidatos para Turismo e Esportes
O Jornal do Comércio encerra hoje a série de reportagens temáticas sobre as principais propostas dos postulantes ao Palácio Piratini. Nesta edição, Antônio Britto, Celso Bernardi, Germano Rigotto e Tarso Genro falam de turismo e esportes.

Plano de Bernardi promove inclusão social
"Nosso governo priorizará de forma especial o turismo como estratégia para o desenvolvimento econômico sustentável, gerador de riquezas, de emprego e renda", afirma o candidato do PPB, Celso Bernardi. A atividade turística está incluída na seção de seu plano de govenro para promover a inclusão social.

No que diz respeito à promoção da atividade turística, Bernardi pretende fazer uma divulgação permanente dos eventos regionais, nacionais e internacionais do Estado. Ele quer elaborar um plano de marketing para a divulgação do Rio Grande do Sul.

Buscar uma política para o esporte e lazer que seja comunitária e sócio-educacional também é objetivo do PPB. Neste sentido, Bernardi pretende democratizar a prática esportiva, difundi-la nos diferentes níveis de ensino e conjugar esforços com federações esportivas e profissionais da Educação Física. "Entendemos o esporte como um fator preponderantemente de integração social entre as crianças, jovens, idosos e portadores de deficiência, além de ser pressuposto fundamnetal da qualidade de vida", afirma o candidato.

Barnardi, entre outras propostas, diz que vai contemplar as séries iniciais do ensino fundamnetal com atividades pedagógicas de educação física. O objetivo é estimular o desenvolvimento da motricidade.

PPB
Turismo
- Elaborar um Plano de Desenvolvimento Integral do Turismo
- Definir participações em eventos nacionais e internacionais em parceria com a EMBRATUR e parceiros
- Compreender o Fórum Social Mundial como evento de turismo
- Fomentar o turismo religioso, acoturismo, agroturismo, turismo cultural e turismo de negócios
- Manter um estreito relacionamento com a iniciativa privada

Esporte
- Estabelecer convênios com empresários, como forma de fomentar eventos esportivos
- Promover a atualização dos professores de Educação Física, através de convênio com as universidades
- Incentivar os técnicos a procederem registro profissional na área
- Estimular integração entre instituições que abriguem crianças e idosos, numa parceria que valorize ambos
Tarso quer turismo como fonte geradora de emprego e renda
Para o candidato da Frente Popular, Tarso Genro, o setor de turismo ocupa um espaço importante na economia do Estado. Para ele, o setor tem um forte potencial para a geração de emprego e renda, bem como contribui para o fortalecimento de pequenos e médios empreendimentos de capital local.

Na área do lazer e do esporte, o ex-prefeito considera ambas como um elemento fundamental na construção da cidadania, "um direito social previsto na Constituição". Tarso entende que, apesar da "Lei Pelé", que regulamentou o setor, o mesmo é controlado por instituições privadas, "com ação verticalizada e autônoma que, praticamente, impede o controle público sobre suas atividades.

Conforme o ex-prefeito da Capital, o governo do Estado vem implementando uma política ofensiva de promoção e qualificação dos produtos turísticos, através da articulação com os empreendedores locais e com as comunidades das regiões envolvidas. De acordo com Tarso, parcerias com instituições representativas do setor privado, universidades e o Sebrae materializaram projetos, como o Viajando pelo Rio Grande e o Salão Gaúcho do Turismo, que já está na sua segunda edição.

O petista lembrou, ainda, que a busca por financiamentos ao turismo no RS passou, também, por uma ampla articulação no campo nacional e internacional. Em relação às políticas de esporte e do lazer, citou as alterações profundas realizadas na área, através da criação da FUNDERGS - Fundação Estadual de Esporte e Lazer, com autonomia administrativa e financeira, e o envio à Assembléia do projeto que cria o Sistema Estadual de Esporte e Lazer, voltado para a organização e coordenação das políticas públicas.
Frente Popular

Turismo
- Melhorar a infra-estrutura das cidades.
- Articular recursos divulgar o Rio Grande como destino turístico no Brasil e no exterior.
- Constituir mecanismos para fomentar e financiar empreendimentos do setor.
- Fortalecer o Programa Viajando pelo Rio Grande, estimulando o turismo interno.
- Manter e qualificar o Salão Gaúcho de Turismo, implementando os Salões Regionais.

Esporte e Lazer
- Formar parcerias com entidades do setor para a realização de grandes eventos esportivos nacionais e internacionais no RS.
- Realizar eventos esportivos de abrangência estadual.
- Fortalecer e implementar os Conselhos Municipais e Estadual de Esporte e Lazer.
- Implantação do Museu do Esporte e Lazer no RS.
- Realizar parcerias para a qualificação de recursos humanos com instituições de ensino, a UERGS, ONGs e cooperativas do setor.

Rigotto investe no potencial do Estado
Os setores de turismo e desporto terão papel fundamental no desenvolvimento que a coligação União pelo Rio Grande (PMDB-PSDB-PHS) colocará em prática no Estado. Para o candidato Germano Rigotto, o potencial turístico gaúcho precisa ter maior atenção do futuro governante. "Nosso Plano de Governo tem um projeto específico para a área, onde a Secretaria do Turismo não será apenas um órgão com poucos recursos, utilizada para acomodar apadrinhados políticos", afirma Rigotto. Ele defende a ampliação do quadro técnico neste segmento para a elaboração de projetos voltados para a estrutura turística do Rio Grande do Sul. "Temos que aproveitar o potencial étnico, cultural, a infra-estrutura e as belezas naturais do Estado", completa.

O esporte também merece destaque no programa de governo de Germano Rigotto, autor no Congresso do projeto da Lei de Incentivo ao Esporte Amador, que beneficia os clubes sociais na formação de atletas.

Rigotto também foi presidente da comissão que discutiu a Lei Pelé. O candidato defende o debate em torno de propostas que estendam a concessão de benefícios à iniciativa privada através de investimentos ao esporte amador. "Incentivar o esporte é colaborar para o desenvolvimento social do Estado, dando chance a jovens se tornarem profissionais ou se destacarem no esporte que, sem incentivo, não conseguem alcançar", diz Rigotto.

União pelo Rio Grande
Turismo
- Ampliar a ação dos conselhos estadual e municipal de turismo
- Fortalecer o marketing de venda da imagem do Rio Grande do Sul no Brasil e Exterior
- Incentivar a promoção do turismo de eventos e negócios
- Discutir benefícios fiscais e creditícios para estimular as atividades turísticas
- Aproximar o governo estadual, as prefeituras e a iniciativa privada para ampliar os investimentos no setor

Esporte
- Estender a concessão de benefícios à iniciativa privada através de investimentos na área do desenvolvimento desportivo pelos clubes sociais amadores
- Buscar investimentos junto a estatais federais e iniciativa privada para apoiar o esporte no Rio Grande do Sul
- Apoiar iniciativas na área como forma de afastar os jovens das drogas e da criminalidade
Britto defende centro de excelência

O plano de governo da coligação O Rio Grande em 1º Lugar insere a área de turismo na estratégia de desenvolvimento econômico e infra-estrutura e pretende que ela seja trabalhada para produzir recursos para os investimentos. "Nosso projeto é criar de imediato um ambiente favorável e receptivo ao investidor, para que ele possa gerar empregos e crescimento do sistema econômico, que inc lui o incentivo ao turismo interno e externo", define o candidato Antônio Britto.

Incentivar a criação de pólos turísticos em propriedades rurais, aproveitando as características culturais e paisagísticas de cada região faz parte dessa estratégia. O plano prevê o apoio aos pólos já existentes, tais como os da Serra, o Vale dos Vinhedos, Caminho de Pedra e os de Gramado e Canela, melhorando a infra-estrutra e colaborando com a inciativa privada para ampliar o público consumidor.

Já o esporte integra o capítulo da educação e pretende estimular o interesse pela prática esportiva nos estudantes da rede pública para fazer dela uma aliada na política de combate ao uso de drogas e à violência na escola. A proposta é de de transformar o Estado num centro de excelência em modalidades esportivas para os quais é vocacionado ou tem projetos e atletas diferenciados, fazendo do esporte um fator de integração social e de combate à exclusão.

O Rio Grande em 1º Lugar
Turismo
- Estimular o desenvolvimento do turismo;
- Incentivar a criação de pólos turísticos;
- Apoiar os já existentes, melhorando a infra-estrutura;
- Colaborar com a iniciativa privada para ampliar o público consumidor.

Esporte
- Buscar recursos para construção de Vila Olímpica no parque Menino Deus;
- Criar pólos regionais de excelência junto às universidades;
- Apoiar e incentivar projetos destinados a atividades esportivas de idosos;
- Desenvolver programas de recuperação das praças públicas e equipamentos.


Ibope também mostra empate entre Fogaça, Emília e Paim
O Ibope divulgou ontem os resultados de mais uma pesquisa para o Senado Federal. Conforme os números apontados pelo instituto, que ouviu, entre os dias 22 e 23 de setembro, 1,2 mil pessoas em 69 municípios gaúchos, o deputado estadual Sérgio Zambiasi (PTB) permanece na liderança com 48% da preferência dos eleitores. Para o segundo lugar, disputam a vaga o senador José Fogaça (PPS), com 28%; a senadora Emília Fernandes (PT), com 27%, e o deputado federal Paulo Paim (PT), com 25% das intenções de voto. A margem de erro é de 2,8% para mais ou para menos.

Num segundo bloco, mais distanciados dos primeiros quatro colocados, estão o ex-ministro dos transportes, Odacir Klein (PMDB), com 8%; ex-vice-governador, Vicente Bogo (PSDB), com 4%; e o ex-deputado federal, Hugo Mardini (PPB), com 3%. Os vereadores João Bosco Vaz (PDT) e Valdir Caetano (PL), aparecem empatados com 2%. Igualmente, com 1%, estão os candidatos Marcus Cittolin (PSB), Marisa Medeiros (Prona) e Otávio Röhrig (PSTU).

Numa comparação com a consulta anterior do Ibope, realizada entre os dias 26 e 29 de agosto, Zambiasi, que tinha 37%, cresceu 11 pontos percentuais. Fogaça permaneceu com o mesmo índice, Emília subiu três pontos, dos 24% que tinha para 27% e Paim avançou cinco pontos, de 20% para 25%. Na pesquisa espontânea, Sérgio Zambiasi também lidera, com 28% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece Emília Fernandes, com 18%, seguida de Paulo Paim, com 17%. José Fogaça tem 14%.


Rigotto manterá estratégia de campanha propositiva
O candidato ao governo do Estado Germano Rigotto (PMDB) pretende reverter o quadro eleitoral gaúcho, que prevê inicialmente segundo turno entre Tarso Genro (PT) e Antônio Britto (PPS), com a manutenção de sua estratégia de campanha propositiva.

A coordenação da campanha de Rigotto descarta completamente a possibilidade de ataque ao candidato do PPS. Destaca, no entanto, que seu alvo são os eleitores de Britto, bem como os indecisos e parte "pequena" dos eleitores de Tarso. "Vamos trabalhar construtivamente, apresentando Rigotto como um candidato aglutinador e agregador. Este é o caminho correto", afirmou Alberto Oliveira, coordenador geral da campanha.

Ele admite que o crescimento do peemedebista se deve, em grande parte, à migração dos votos de Britto.

"Temos um baixo índice de rejeição e nossas propostas estão sendo mais bem aceitas pela população, que não quer briga", salientou. Segundo Oliveira, o partido está seguro da presença de Rigotto no segundo turno destas eleições.

Os programas de rádio e televisão também não devem ser substancialmente alterados na sua estrutura.

"Continuaremos insistindo que o Rio Grande do Sul precisa de uma liderança que acabe com o conflito político que divide o Estado desde 1994", declarou.

Acrescentou que Rigotto está cooptando simpatizantes entre trabalhadores, sindicalistas, funcionários públicos e empresários. "Estamos satisfeitos, mas conscientes de que falta muita coisa", concluiu.

Já o coordenador-geral da campanha do PPS, deputado federal Nélson Proença, antecipou o apoio do partido a Rigotto, caso este chegue ao segundo turno das eleições. "Nossa candidatura é de oposição, assim como a dele; por isso, estaremos com ele", disse.

Ressaltou, contudo, que considera essa hipótese remota. "A candidatura de Rigotto apresentava índices muito aquém do tamanho do partido no Estado. Agora, ele está do tamanho do PMDB", analisou. Por isso, a tendência seria de estagnação do crescimento. "Mas não vamos fazer nada para impedir que cresça", assegurou, explicando que a campanha do PPS, neste último período de campanha, estará baseada no contato direto com o eleitor, através de carratas, comícios e caminhadas.


Indecisos deixam o panorama indefinido
Os indecisos, que são, aproximadamente, 30% do eleitorado, de acordo com as pesquisas, deixam o quadro eleitoral no dia 6 incerto, segundo a diretora do Ibope, Márcia Cavallari. De acordo com Márcia, os candidatos da Grande Aliança, José Serra (PSDB-PMDB), e das Frentes Brasil Esperança, Anthony Garotinho (PSB-PGT-PTC), e Trabalhista, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), a presidente - que estão abaixo do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, pela ordem das intenções de voto no mais recente levantamento do instituto, divulgado terça-feira pela Rede Globo, têm chances de chegar ao segundo turno.

De acordo com o levantamento, Lula tem 41%, Serra, 18%, Garotinho, 15%, e Ciro, 12%. "O quadro hoje mostra um grande espaço para mudanças, principalmente se for considerada a soma de intenções de voto com os eleitores que poderiam ainda ser conquistados", disse ela, durante uma palestra sobre perspectivas para as eleições deste ano, organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu). Márcia afirmou que o Ibope constata que, cada vez mais, os eleitores decidem o voto muito mais tarde. "Hoje, eles esperam ver o que está ocorrendo e ficam acompanhando o que cada um faz." De acordo com a diretora do Ibope, eleição acaba no último dia de campanha, que será dia 3, quando os candidatos se enfrentarão no último debate na televisão. Márcia informou que o instituto divulgará ainda duas sondagens, uma na terça-feira, dia 1º, e outra, no dia 5. Além disso, o Ibope fará ainda pesquisa de boca-de-urna no dia das eleições. "Até lá, é preciso verificar se o candidato conseguirá transformar em voto essa intenção de voto do eleitorado", alertou.

O cientista político Amaury de Souza concorda com a avaliação da diretora. De acordo com Souza, ainda pode haver grandes mudanças até poucos dias das eleições, uma vez que a massa de indecisos, de acordo com cálculos dele, chega a 35%. "É provável que o número de indecisos seja ainda de 10% no mesmo dia das eleições", disse. Para Souza, o pleito deste ano exige "nervos de aço". "A volatilidade das intenções de voto tem sido extrema desde o início do ano e deve continuar até o dia 6 de outubro", afirmou.

Com esses dados, o cientista político traça três cenários prováveis para o primeiro turno. Um, explicou aos mais de cem empresários no evento da CNI e do Cebeu, mostra a polarização entre Serra e L ula, com 60% de probabilidade de ocorrer um segundo turno. Depois, disse, a possibilidade de o candidato da Coligação Lula Presidente vencer no primeiro turno é de 30% e, finalmente, há um panorama de fragmentação com o segundo lugar indefinido até o dia da eleição. "Nesse caso, o primeiro turno se torna imprevisível e o segundo turno passaria a ser uma nova eleição." Para Souza, o reduzido tempo até as eleições terá de ser aproveitado da melhor forma possível, se os candidatos quiserem conquistar o voto dos não-decididos. "Ganhar esses votos será um grande desafio para os candidatos", disse.


BR-116 ganhará duas rotas alternativas na Região metropolitana
O governo do Estado apresentou ontem um plano para construir duas novas rodovias alternativas à BR-116, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. A medida visa reduzir o fluxo de veículos e acabar com os constantes congestionamentos. As rotas acompanharão o traçado da BR-116, a uma distância máxima de seis quilômetros para leste e seis para oeste. O plano foi elaborado por técnicos do Daer, Metroplan e secretarias estaduais dos Transportes, Planejamento, Meio Ambiente e Administração, a partir de um estudo da Ufrgs.

Pelo projeto, a Via Leste - com 40,7 km de extensão - ligará a Capital, a partir do Triângulo da Assis Brasil, com início nas proximidades do distrito industrial de Cachoeirinha, na BR-290 a partir da várzea do Rio Gravataí, até a RS-239, em Sapiranga. A Via Oeste, com 41,7 km, inicia sobre a curva da BR-290 - no chamado "cotovelo" da freeway -, na saída de Porto Alegre, até o município de Estância Velha.

Conforme o secretário dos Transportes, Fernando Variani, as obras devem custar R$ 300 milhões, com recursos da União, Estado e municípios. "O sistema deve ser implantado em um prazo de até oito anos, se houver recursos", disse. O governo do Estado deverá finalizar em novembro o anteprojeto para ter condições de projetar os financiamentos e a licitação.

O plano dará condições às prefeituras de incluírem as áreas nos planos diretores, impedindo assim novas edificações que possam inviabilizar a futura rodovia. O traçado foi escolhido de modo a não atingir terrenos ocupados por indústrias e moradias. O projeto substitui a proposta de implantação do Pólo Rodoviário Metropolitano, o "Polão", que previa a instalação de cinco praças de pedágio entre a Capital e Novo Hamburgo.

Segundo estudo da Ufrgs, o fluxo diário da BR-116 é de 100 mil veículos. "A rodovia se transformou em uma via urbana: apenas 10% dos usuários a utilizam como deslocamento intermunicipal", explicou o secretário.

O engenheiro do Daer Claudio D'Almeida disse que as vias Leste e Oeste terão a mesma configuração da BR-116, com vias laterais que permitam o acesso aos municípios da região. As rotas cruzarão Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Sapiranga e Portão.


Dólar cai a R$ 3,665 mas instabilidade permanece
A incerteza permanece no mercado financeiro e analistas já chegam a acreditar que o mercado deve testar o dólar a R$ 4,00 antes das eleições. Ontem, apesar da pressão de compra ter reduzido com o exagero da cotação e o vencimento dos títulos cambiais do governo, o câmbio registrou mais um dia de alta volatilidade.

A moeda norte-americana começou o dia em queda de 2,51%, chegou a valer R$ 3,80 e recuou novamente após a intervenção do Banco Central. O dia encerrou com queda de 3,04%, na cotação de R$ 3,665.

Além da venda direta de dólares no mercado financeiro, o BC ofereceu US$ 70 milhões em leilão de linha para exportação, vendendo US$ 63,463 milhões a taxa de 4%. O volume de negócios novamente ficou abaixo da média dos dias normais, atingindo US$ 1,226 bilhão. "Foram poucos negócios e a maioria realizado pelas tesourarias dos bancos", explica um operador.

A instabilidade permanece. Por isso, as instituições financeiras preferem manter as posições compradas. A estimativa, é de que até a definição do novo presidente da República, a volatilidade permaneça. "O mercado só melhorou porque havia estrapolado muito na terça-feira. A tensão diminuiu, mas a cotação não deve retornar muito", diz o gerente de renda fixa e câmbio do Banco Tendência, José Cândido de Mello.

O movimento de venda vinha forte no início do dia, porém a moeda começou a subir depois que o banco de investimentos Merrill Lynch anunciou o rebaixamento dos bônus do Brasil de "marketweight" (valor de mercado) para "underweight" (abaixo do peso de mercado) no portifólio de títulos da dívida de mercados emergentes. O motivo é a liderança do candidato Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto.

"Apesar da cotação estar exagerada, a tendência do dólar ainda é de alta. O BC não tem mecanismos para se
defender contra a manipulação", lamenta o diretor da Spinelli Corretora, Leão Machado Neto.

Os investidores aproveitaram os papéis baratos e voltaram para a bolsa. O volume financeiro ficou acima do registrado nos dias anteriores, R$ 618,691 milhões. Este mês, a média diária de negócios já é a menor desde dezembro de 1998. "Que os papéis estão baratos ninguém discute, porém o fluxo de recursos é pequeno e não deve crescer nos próximos dias", afirma Machado Neto. O Ibovespa registrou ontem alta de 0,86%.

Neste mês, até o último dia 20, os investidores estrangeiros venderam mais R$ 1,675 bilhão, gerando uma saída de R$ 192,235 milhões da Bovespa. No ano, os saques já somam R$ 1,843 bilhão. Os estrangeiros ainda estão evitando comprar ações brasileiras devido ao aumento da aversão ao risco de países emergentes e à busca por proteção. No mercado externo, o dia foi de recuperação técnica. Mesmo que as previsões para a economia norte-americana não tenham melhoram, o índice Dow Jones, após registra a menor cotação desde 1998, subiu 2,07% ontem. Já o Nasdaq disparou 3,39%.


Artigos

Considerações sobre uso de drogas
Vilson Farias

Realmente podemos afirmar que existe uma política de descriminalização das drogas que está sendo aplicada em inúmeros países, principalmente na Europa Ocidental. Na Holanda, a maconha é vendida em coffee shops.

A partir de 2003, fumar maconha deixará de ser um ato passível de punição com prisão no Reino Unido. O assunto despertou interesse pelo fato de que as estatísticas oficiais informam que há cinco milhões de pessoas no Reino Unido (com população de 60 milhões) que consomem maconha com freqüência, e o número vem crescendo. Cerca de 44% dos adultos britânicos dizem que já experimentam a droga. As autoridades daquele país observaram que os problemas com o vício e a criminalidade estão mais ligados ao uso de drogas e esperam liberar o tempo atualmente gasto pela polícia no combate a usuários, para reforçar suas atividades contra as drogas mais pesadas. Segundo os estrategistas da polícia, a tática é negociar com os usuários a fim de prender os traficantes. A diminuição da repressão a usuários de drogas, no Reino Unido, acompanha uma tendência registrada em vários países da Europa Ocidental, dentre eles Portugal, Espanha e Suíça. O usuário tampouco correrá o risco de ser condenado a tratamento médico como acontece em alguns países. Portanto, na Inglaterra ele deverá ser advetido e terá sua droga apreendida. No máximo, será intimado a comparecer em uma corte. Frise-se que a posse de maconha continua sendo um crime para as leis britânicas, mas esta droga foi reclassificada, passando da categoria B para a C, reservada a produtos de menor risco. Ela deixa a companhia das anfetaminas e dos barbitúricos para ficar ao lado de antidepressivos e tranqüilizantes. Tal medida, colocada em prática pelo governo britânico, despertou enorme polêmica. Foi at acada tanto pelos mais liberais, que defendem a descriminalização, como pelos conservadores, que nela vêem um intolerável incentivo ao uso de drogas.

O assunto é extremamente complexo, razão pela qual julgo legítima a preocupação de alguns especialistas de que uma eventual descriminalização poderia passar a falsa impressão de que não há riscos no combate a esta droga, o que poderia levar muitos, especialmente os jovens, ao abuso da substância. Em conclusão, afirmo que o assunto também vem polarizando as discussões no nosso Brasil, principalmente no Congresso Nacional, onde já existem projetos que tratam da descriminalização. Pela legislação em vigor, o viciado não pode ser autuado em flagrante, pois combinando a Lei 10.259/01 (que trata dos Juizados Especiais Federais) com a Lei 10.409/2 (novíssima Lei de Tóxicos), conclui-se que o usuário, ao ser surpreendido em flagrante delito, deve ser encaminhado pela autoridade competente para o Juizado Especial Criminal através de um Termo Circunstanciado, devendo receber uma pena alternativa, como dispõe a Lei 9.099/95 (o autuado poderá fazer o acordo desde que pague multa ou preste serviços à comunidade), razão pela qual se percebe que a diferença é substancial, pois além de não correr risco de ser preso, mesmo sendo reincidente, o usuário não será mais estigmatizado com o fichamento policial, que sepulta uma série de possibilidades em sua vida social e profissional, como bem ensina o jurista Luiz Flávio Gomes.

Por derradeiro, diria que o desafio é encontrar uma forma equilibrada de fazer a transição de um sistema que apenas reprimia para outro de maior tolerância, como estão adotando os países civilizados.


Colunistas

ADÃO OLIVEIRA

Ciro está nu
A campanha de Ciro Gomes parecer descer morro abaixo. Conseqüência disso são as brigas surgidas nos bastidores entre o candidato e seu guru, Mangabeira Unger, e entre Patrícia Pillar e o criador de Ciro, o governador do Ceará, Tasso Jereissati.

A expressão grave com que Ciro tem aparecido nos programas políticos tem denunciado que a vaca está indo pro brejo. A outrora, a soberba com que Ciro aparecia em público mostrava, também, um homem seguro do que estava fazendo.

Tudo desmoronou. Ciro está nu.
A expressão de Ciro revela muita preocupação e, mais do que isso, mostra que ele já ensaia jogar a toalha, mesmo que não renuncie à candidatura. Para esconder esse sentimento, Ciro Gomes procura ser irônico, sarcástico, e isso, decididamente ele não é. Pode até ser grosso, mas irônico nunca.

As desinteligências começaram a surgir em razão do forte temperamento de Ciro. Roberto Freire, o presidente do PPS, tentou frear algumas de suas tiradas prepotentes. Não conseguiu, e recuou. Leonel Brizola, o principal aliado, vendo o estilo destemperado de Ciro, ensaiou cabresteá-lo. Deu em nada. Sob o argumento de que precisa tratar de sua própria campanha, Brizola largou de mão Ciro Gomes e foi tratar de sua vida.

E, pouco a pouco, todos os cardeais da candidatura Ciro Gomes abandonaram o barco e o que era esperança virou ilusão. A partir daí as pesquisas foram desabando e os problemas surgindo.

A mais recente confusão aconteceu com seu guru, o polêmico Mangabeira Unger.

Ciro e seu antigo guru estão sem se falar há mais de uma semana. Nem por telefone.

O comando da campanha está irritado com a iniciativa de Mangabeira Unger de articular uma frente de oposição em apoio à candidatura de Lula, já no primeiro turno das eleições.

Sábado à noite, Mangabeira Unger teve uma longa reunião com o candidato do PSB, Anthony Garotinho.

Nesse encontro, e sem autorização prévia do candidato, Mangabeira propôs a renúncia de Garotinho em favor de uma grande frente das oposições contra o candidato tucano José Serra. A iniciativa, que pressupõe as renúncias de Garotinho e do próprio Ciro, causou furor na campanha da Frente Trabalhista. Ciro considerou a idéia um delírio de Mangabeira "que teria enlouquecido".

Uma confusão criada entre Tasso Jereissati e Patrícia Pillar também serviu para tumultuar ainda mais a combalida campanha de Ciro.

Surgiu - ninguém sabe de onde - um boato de que Tasso o criador de Ciro e Patrícia haviam quebrado os pratos. Tudo porque Patrícia Pillar teria feito um telefonema para Tasso sugerindo que ele se afastasse da campanha de seu marido.

Patrícia teria sabido que Tasso, num comício do Ceará, chamara Ciro de burro por ter trocado de mulher. Abandonara Patrícia Gomes por Patrícia Pillar. A atriz teria ficado uma arara quando soube disso.

Tasso, no entanto, desmente a história, dizendo que tem um excelente relacionamento com Patrícia Pillar e que tudo isso não passa de fofoca.

Se a campanha de Ciro estivesse com o vento a favor, tudo isso passaria ao largo, mas como a coisa tá pegando, isso abala.

Reverter esse quadro é a prioridade maior dos formuladores da campanha de Ciro Gomes.


CARLOS BASTOS

Marqueteiro é para ajudar, não decidir
O excesso de poder do marqueteiro Nizan Guanaes, cuja competência é reconhecida por todos, foi fatal para a candidatura do tucano José Serra, pelo menos neste primeiro turno da campanha pela sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Baseado nas pesquisas qualitativas que indicavam que o maior drama do eleitor brasileiro é o problema do desemprego, ele centrou toda a campanha do candidato do PSDB à presidência da República no tema. Criou "cases" para a televisão de qualidade excepcional, e jogou tudo ali. Mesmo as pesquisas, que indicavam que Lula era apontado pelos eleitores como a melhor opção para resolver todos os problemas brasileiros - desemprego, agricultura, segurança e educação - não foram suficientes para abalar as convicções do marqueteiro Guanaes. Serra só levou a melhor na área onde possui maior expressão pelo fato de ter sido ministro da pasta: a Saúde.

Nizan tinha sido o responsável por ter guindado a governadora Roseana Sarney à estratosfera nas pesquisas, e foi cooptado pelo presidente FHC para trabalhar na campanha de José Serra. E aí recebeu todo o poder, superior mesmo aos coordenadores políticos da campanha do candidato situacionista. Ninguém é dono da verdade, especialmente em política, que é uma área muito sensível. E apesar da campanha de Serra, centrada no desemprego, não melhorar a situação do candidato, Guanaes insistiu no tema e não saiu do caminho que tinha escolhido.

Apenas uma peça da campanha de Ciro Gomes, do PPS, que não foi nada brilhante em seus programas de rádio e televisão, colocaram por terra a prioridade da campanha de José Serra. Primeiro, quando foram apresentadas gravações do presidente FHC, em 1994, anunciando que criaria quatro milhões de empregos no país. Na época, o número de desempregados no Brasil era de 4 milhões e quinhentos mil. E, ainda, foi apresentada uma gravação da campanha de 1998, quando Fernando Henrique foi candidato à reeleição, prometendo resolver o problema do desemprego. No mesmo programa do candidato do PPS o eleitor recebia a informação de que, naquele ano, o número de desocupados atingia a sete milhões e quinhentos mil brasileiros. O programete encerrava com Serra anunciando a criação de oito milhões de empregos, e mais uma vez vinha o contraponto com o número atual de desempregados, se aproximando dos doze milhões.

Este verdadeiro torpedo eleitoral não serviu para desestimular Guanaes, que embevecido com a qualidade do material que produziu, insistiu todo o tempo no tema. Eu chegaria a dizer que a vaidade profissional levou o marqueteiro ao fracasso.

Ele tinha obtido sucesso na desestabilização da candidatura de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, e com isso colocou José Serra com índices de 20%, mas nunca conseguiu levar seu candidato, ao menos até o patamar dos eleitores que aprovam o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que chega à casa dos 30%. E não mudou de rumo, preferiu persistir no erro, e o comando político da campanha não tinha voz ativa. Na semana passada ele passou para a ofensiva com relação ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, e fracassou.

Os números das pesquisas estão a indicar isso. Para sustentar o crescimento de Lula, serviu a campanha cerradíssima que Ciro Gomes faz contra José Serra, colocando-o na posição de troglodita político, e destruidor dos concorrentes que se atravessam em seu caminho. Prova desses equívocos, é que nos últimos dias a linha de campanha do tucano foi totalmente alterada, passando a predominar uma diretriz propositiva.

Última
Enquanto Lula ameaça ganhar a eleição já no primeiro turno, começam a circular informações em setores bem informados da política gaúcha que, no mínimo, dois representantes do Rio Grande do Sul comporão o corpo ministerial de um possível governo federal petista. São eles: o governador Olívio Dutra, que é muito conceituado junto ao candidato do PT à presidência da República, e o senador Pedro Simon, que levaria consigo, para o bloco do novo governo no Congresso Nacional, boa parcela das bancadas peemedebistas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.


FERNANDO ALBRECHT

Homenagem merecida
O veterano jornalista João Borges de Souza recebeu na ARI o troféu Honra ao Mérito concedido pela colenda, proposição do vereador Raul Carrion (PC do B). João Borges de Souza, nascido em 1933, é uma figuraça que bem poderia escrever um livro. Histórias, ele as tem - e como as tem. Na foto, o vereador Antônio Hohlfeldt (PSDB), Carrion, João, o presidente da ARI, Ercy Thorma, o jornalista Antônio Carlos Porto e o presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Carlos Torves. Porto, aliás Portinho , é um dos raros pelo-duros do Estado que fala alemão das barrancas do Taquari melhor que muito landsmann, os nativos.

Problemas da cidade I
Com a inauguração do Novo Hospital da Criança Santo Antônio dia 7 de outubro, o complexo da Santa Casa ficará com sete hospitais em funcionamento. A movimentação de público é enorme, mas o esquema de travessia de pedestres na Independência é precário. Existe uma faixa de pedestres na praça, com uma sinaleira que fecha para um lado mas abre para o outro, e outra sinaleira na altura do viaduto da Conceição, ambos distantes do pórtico central da Santa Casa.

Problemas da cidade II
Para o lado da Conceição/saída do túnel/Sarmento Leite complica mais ainda. O resultado é que os pedestres arriscam atravessar a conturbada avenida Independência na Coronel Vicente, onde não há faixa nem sinaleira para pedestres. Para piorar, o canteiro central é exíguo. Ou seja, é preciso pensar em algo para permitir o acesso ao pórtico. Uma saída aparentemente óbvia seria a construção de uma passarela. Já existe um bom exemplo, como na Ipiranga, na frente da PUC.

Problemas do Interior
Nota de ontem sobre o péssimo estado da rodovia estadual que liga Erechim a Viadutos motivou mensagens de moradores e motoristas de outra região, que trazem outra queixa. Garantem que está péssima a rodovia que liga Sananduva a Lagoa Vermelha. São cerca de 40 km infernais.

O segundo turno
As últimas pesquisas indicam que em um segundo turno Antônio Britto perderia para Tarso Genro ao passo que Germano Rigotto venceria. Dentro da margem de erro, claro, mas venceria. Significa o quê? Que todos os brittistas votariam em Rigotto no segundo turno mas que nem todos os rigottistas votariam em Britto?

Por falar em segundo turno...
...se Lula vencer mesmo as eleições já no primeiro turno podem jogar todas estas simulações regionais no lixo. Se Lula vencer, entra de sola nas campanhas estaduais em geral e na do Rio Grande do Sul em particular falando como presidente eleito. E aí, sai de baixo.

Presteza do Samu I
O destaque dado para a morte sem assistência porque a ambulância da Samu não chegou a tempo foi imerecido. Ocorrem dezenas de atendimentos por dia e em algum deles teria que dar uma zebra, o que virou manchete. Teoria das possibilidades. Em compensação, há casos em que a presteza do Samu causa espanto. Exemplo disso foi contado pelo empresário Antônio Sartori, da Brasoja.

Presteza do Samu II
Ontem, às 7h30min, Sartori levava seus filhos para a escola quando, na esquina da Cristóvão Colombo com a Dr. Timóteo, um ônibus passou com o sinal vermelho e abalroou seu carro, causando ferimentos leves em todos. Minutos depois, conta Sartori, chegaram duas ambulâncias do Samu completamente equipadas que atenderam a todos no local, com eficiência; em seguida foram levados ao HPS.

Tinga na mira
Através de parceria com a Sociedade de Engenharia do RS, Sinduscon e Sebrae-RS, a Associação Comercial e Industrial da Restinga deu início ao Diagnóstico Empresarial do bairro. Consultores do Sebrae realizaram palestra e aplicaram um questionário aos cerca de 100 empresários presentes à reunião realizada na
Churrascaria Clemes. E olha que a Tinga precisa, porque lá moram 130 mil pessoas.

Fala a prefeitura
A propósito da favela que se ergueu no Parque Maurício Sirotsky, a prefeitura de Porto Alegre informa que a área ocupada por famílias entre os edifícios do Incra e do novo Tribunal Federal não pertence ao Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Parque Harmonia) e sim à União. Por esta razão, a intervenção da prefeitura no processo de negociação é limitada. O município participa do processo a convite para prestar informações e colocar-se como mediador do conflito.

Manifesto suprapartidário
Está em fase de organização um Manifesto do Comitê Suprapartidário pró-Tarso Genro, a ser lançado dia 2 às 12h nos altos do Mercado Público, com a presença do próprio. Trata-se de obter as assinaturas de pelo menos 150 personalidades mais destacadas nos diversos setores, como partidos que não integram a Frente Popular, profissionais liberais, empresários, artistas etc., todos alinhados com Lula e Tarso.

Associação Riograndense de Propaganda lança sexta às 14h o 28º Salão da Propaganda.

Estilista Milka faz dia 15 na Galeria Via Lívia vernissage da sua primeira exposição de pintura (óleo e acrílico).

Amrigs lança dia 27 às 17h30min o projeto de Prevenção da Transmissão Vertical do HIV/Sífilis Congênita.

Geraldo Fonseca, presidente da Acis será paraninfo dos formandos do Achievement de São Leopoldo.

Todos os vôos da TAM de Porto Alegre a São Paulo (Congonhas) estão saindo com os Airbus 319 e 320.

Makro Atacadista de Caxias do Sul apresenta seu sistema operacional aos empresários dia 1º às 20h.

Flávio Staub/Marcelo Jacobi inauguram dia 30 a Trattoria Capriccio, na Olavo Barreto Viana, 21.


Editorial

DÓLAR E OS IMPERSCRUTÁVEIS CAMINHOS BRASILEIROS

Passam-se gerações de brasileiros e parece que um mundo melhor não é possível, embora todas as utopias, sonhos e visões de luz no final do túnel acalentados por jovens dos anos 60 em diante e, quem sabe, nesta década que recém inicia. Será que teremos de esperar até 2010 para vivenciar um panorama melhor? Ora, os problemas se sucedem e sempre existe uma explicação, seja lógica, estapafúrdia, acadêmica, socioeconômica ou política para as agruras que sofremos. A mais atual, a crise do dólar. Causada pelo panorama eleitoral, convulsão internacional, a recessão e os escândalos contábeis nos EUA, é o passado recente, radical, de quem está na frente das pesquisas, é a visão que o mundo tem do Brasil, frágil e carente de dólares, ou pura especulação no vencimento de títulos indexados à cotação da moeda dos EUA. Se for esta última razão, causa depressão brutal em relação aos tais de agentes do mercado, principalmente se os tomadores forem, como sempre, os bancos. Logo, a cadeia financeira, esta que é saudável, fica devendo uma explicação para um autêntico crime de lesa-pátria que praticou contra o Tesouro Nacional, ou seja, contra todos nós. Entristece mais ainda o fato de todos os especialistas reconhecerem que o Brasil tem os fundamentos macroeconômicos em ordem. Existe superávit fiscal primário há anos, a balança comercial está positiva em mais de US$ 7 bilhões, o câmbio é flutuante, temos metas de inflação e o sistema bancário está sólido. O Banco Central administra cerca de US$ 35 bilhões para fazer frente aos compromissos externos até o final de 2003, tudo sob controle, o que incomoda são os juros em 18%. O déficit em conta corrente cairá de US$ 22 bilhões em 2001 para algo como US$ 15 bilhões este ano. Mas onde foi, então, que nós erramos, meu Deus? Onde estão os pecados capitais que nos fazem passar por esta ciclotimia nervosa, gangorra infernal que ora nos coloca lá em cima, no melhor momento, e, logo após, nos joga nos quintos do inferno?
M
uitos de nós passaram pela tragédia do suicídio de Vargas, então ele era o culpado de tudo, segundo a poderosa rede de comunicação de jornais, rádios e televisões de Assis Chateaubriand. Morto, foi endeusado por multidões e até hoje reverenciado, embora tivesse tomado o poder pela força, em 1930, e governado com mão de ferro por 15 anos, deposto e depois eleito, em 1950. Após turbulência e troca-troca com presidentes interinos, veio Juscelino Kubitschek, com seus "Cinqüenta Anos em Cinco". Construiu Brasília, enfrentou revoltas militares e lançou a indústria automobilística. Jânio chegou ao poder cercado de esperança, apoio civil e militar. Não adiantou, renunciou logo e jogou o Brasil na Legalidade de Brizola e no movimento armado de 64. Generais-presidentes tiveram, pelo menos, o bom senso de criar infra-estrutura nas telecomunicações, na indústria aeronáutica e aeroportuária, a Zona Franca de Manaus, o BNH, rodovias e Itaipu. Entregaram o poder em 1985 e recém o País realiza sua quarta eleição livre, com o interregno sofrido e de aprendizado de Fernando Collor. Fernando Henrique Cardoso assumiu em meio ao mais bem sucedido plano econômico, o Real, mesmo com oposição. No entanto, a sina em comum de todos os períodos, desde Juscelino, havia sido a inflação, que Sarney entregou em 80% ao mês. Pois construímos a estabilidade, derrubamos a alta desenfreada dos preços, que prejudicava os mais pobres, porém ficou uma alta dívida interna e externa. Está sob controle, garantem os senhores das finanças. De Washington, onde sabe-se tudo antes do resto do planeta, dirigentes do FMI garantem, depois das eleições dólar volta ao normal e o Brasil vai crescer muito, em 2003. Que assim seja. Amém.


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09/26/2002


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