Conselho de Comunicação discute concentração na mídia
A concentração da propriedade dos veículos de comunicação foi o principal tema da reunião desta segunda-feira (2) no Conselho de Comunicação Social. O tema foi abordado em exposição de Guilherme Canela, pesquisador da Universidade de Brasília, e provocou divergências entre os conselheiros. Ele disse que a concentração - em algumas regiões jornais e emissoras de rádio e televisão são controlados por um único empresário - impede a diversidade de opiniões, empobrecendo o debate público.
Para Roberto Wagner, representantes das emissoras de televisão, este é um assunto vencido, uma vez que, para ele, não há concentração no setor. Wagner disse que a tendência é diminuir a regulação sobre a mídia. Ele lembrou que nos Estados Unidos há uma tendência oposta, que é desregulamentar para permitir a fusão de grandes conglomerados de comunicação.
Representante da sociedade civil, o jornalista Carlos Chagas, discordou e defendeu a adoção de legislação que imponha limites à concentração.
- Se apenas um conglomerado, ou dois conglomerados tomam conta da televisão inteira é evidente que quem vai ser prejudicado é o telespectador, é o leitor - disse.
O conselho também ouviu o diretor comercial da Brasil Telecom, Edmond Santiago, a respeito de novas tecnologias que permitem a transmissão de vídeo por meio da infra-estrutura das empresas de telefonia.
02/06/2003
Agência Senado
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