Conselho de Ética analisa processo contra Renan



O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar está reunido para analisar processo do PSOL contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. Renan é acusado em matéria publicada pela revista Veja de ter tido parte de suas despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Júnior. Entre as despesas, está a pensão que pagava à filha de três anos que Renan tem com a jornalista Mônica Veloso.

No início da tarde, a reunião foi suspensa diante do acirramento da discussão sobre o rito de votação da processo do PSOL. Havia duas dúvidas: a primeira, se a votação seria aberta ou fechada. A segunda, se os dois relatórios - o elaborado pelos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) e aquele preparado pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE) - seriam lidos e submetidos a voto, ou se o trabalho de Almeida Lima seria considerado um voto em separado.

Retomada a reunião, Quintanilha informou que os dois relatórios seriam lidos sem os votos, e que depois seriam ouvidas as partes do processo - o senador José Nery (PSOL-PA) e do advogado de Renan. Em seguida, haveria uma definição sobre se a reunião seria secreta ou aberta.

Logo no início da reunião, Quintanilha fez um histórico da tramitação da representação do PSOL desde o dia 4 de junho, lembrando a troca de relatores e a substituição do presidente do conselho e a formação de uma comissão de inquérito para produzir o relatório.

Em seguida, foi iniciado o debate sobre se a votação do relatório do processo será feita em reunião aberta ou fechada. O líder do PSDB, senador Arthur Virgilio Neto (AM), primeiro a discutir o assunto, defendeu a adoção do voto aberto por analogia com o Regimento Interno da Câmara na parte em que trata do Conselho de Ética daquela Casa.

Já o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) disse que não há nenhum documento no processo do PSOL que incrimine Renan Calheiros. Cafeteira revelou que o advogado de Mônica Veloso teria pedido a ele que sugerisse ao presidente do Senado pagar R$ 20 milhões à jornalista a título de ressarcimento pelos prejuízos sofridos pela produtora de vídeo de propriedade de Mônica.

Antes do início da reunião, deputados do PSOL e o senador José Nery (PSOL-PA) fizeram uma manifestação pelo voto aberto em todas as deliberações do Congresso Nacional.



30/08/2007

Agência Senado


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