Construção coletiva para um Brasil rural sustentável



A vontade de melhorar o rural brasileiro tirou Sidmar Luís Lavandoski, 33 anos, de casa. Dono de uma propriedade de 20 hectares em Sananduva (RS), o agricultor familiar participou da construção do segundo eixo, que trata da Reforma Agrária e da Democratização do Acesso à Terra e aos Recursos Naturais, na 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS).

O que mais chamou a atenção do gaúcho, que cultiva cana de açúcar, soja, milho e feijão em sua chácara, foi o envolvimento dos participantes na conferência. "É com o envolvimento de todos que conseguiremos construir um Brasil rural sustentável. E é isso que me motiva e que me faz querer estar aqui", contou o agricultor.

Sidmar apostou também no cultivo de frutas, no último ano. Ele, o pai e os dois irmãos, companheiros de trabalho na propriedade, comercializam seus produtos em feiras, cooperativas e mercados da região. Além disso, parte vai para a merenda das escolas do município, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Para o gaúcho, a construção do documento final da conferência, composto por propostas que vão subsidiar o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PNDRSS), é mais um passo para consolidar os avanços necessários na agricultura familiar. "Esse plano é muito bem construído, bem elaborado. Precisamos trabalhar para implementar o que foi construído aqui. Esse processo precisa ser contínuo", afirmou Sidmar.

Assistência Técnica
A sergipana Tatiana de Souza participou dos debates referentes ao primeiro eixo, responsável pelas propostas sobre Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental do Brasil Rural e Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Para a assistente social, o segredo para potencializar a produção da agricultura familiar é apostar na assistência técnica. "A assessoria, em qualquer política pública é essencial. É primordial para o desenvolvimento rural. Ela ajuda bastante o agricultor a conhecer as políticas públicas e melhorar a renda e a produção de maneira rápida", avaliou.

Tatiana, que trouxe a filha de um ano para a conferência, realizada em Brasília, defendeu, durante as discussões, a continuidade da assistência técnica. "O Governo tem uma assessoria muito boa, no Projeto Dom Helder. É uma assistência continuada, ascendente. Os agricultores que tem esse atendimento têm melhor produção agrícola com alimentos melhores", garantiu a sergipana, que destacou essa proposta no documento final.

Plano
Sidmar, Tatiana e mais 1198 delegados aprovaram, nesta quinta-feira (17), o documento final da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS). Composto por 100 propostas, o arquivo subsidiará a construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PNDRSS), que norteará o rural brasileiro pelos próximos anos.

Fonte:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária



21/10/2013 11:28


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