Consumidor: Fundação Procon-SP constata variação semanal de 1,03% na cesta básica



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Na segunda semana de pesquisa de fevereiro de 2001, o valor da cesta básica teve alta de 1,03%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 8/2/2001 era R$ 137,54, passou para R$ 138,95 em 15/2/2001. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 0,79%, Limpeza 2,30% e Higiene Pessoal 1,43%, ficando a variação acumulada, no mês de fevereiro, em 0,81% (base 31/1/2001), e nos últimos 30 dias, em -0,71% (base 15/1/2001). No ano, a cesta variou -1,75% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 4,26% (base 15/2/2000). No período de 9/2/2001 a 15/2/2001, os produtos que mais subiram foram: - Batata: 4,80% - Salsicha avulsa: 4,39% - Lingüiça fresca: 3,79% - Sabão em barra: 3,70% - Sabonete: 3,23% As maiores quedas foram: - Café papel laminado: 2,80% - Extrato de tomate: 2,08% - Macarrão com ovos: 1,32% - Alho: 1,12% Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram: SÃO PAULO - Barateiro - Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília CENTRO - Barateiro - Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília NORTE - Bergamini - Avenida Dr. Francisco Ranieri, 834, Lausanne Paulista LESTE - Estrela Azul - Praça Porto Ferreira, 48, Vila Guilhermina SUL - Barateiro - Rua Carneiro da Cunha, 426, Saúde OESTE Castanha - Praça Santa Edwiges, 29, Vila dos Remédios Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 24 apresentaram altas, quatro diminuíram de preço e três permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a alta no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: batata: 4,80%, sabão em pó: 1,84%, sabão em barra: 3,70%, açúcar: 1,87% e carne de segunda sem osso: 0,85%. Após três semanas de quedas consecutivas, a cesta apresenta alta nos preços decorrente do elevado número de itens que tiveram seus preços majorados, e não da pressão acentuada de produtos de peso significativo na sua composição, como ocorre normalmente. A batata, destaque das 24 altas verificadas no período, acumula no mês variação de 21,30% e nos últimos doze meses, de 118,33%. Na Zona Cerealista de São Paulo, uma oferta não abundante permite que o mercado atual firme exerça pressão sobre os preços já elevados. Verifica-se redução na oferta do tubérculo, em várias regiões produtoras que abastecem o mercado batateiro paulistano, nesta safra das águas. O feijão segue em alta em plena safra, em função da menor oferta que caracterizou esta safra das águas, frente a um mercado atual comprador. No Paraná, principal estado produtor, a redução na área de plantio foi de 28%, o que levou a produção a um declínio de 15% com relação ao ano 2000. A falta de chuvas em Irecê na Bahia, região que abastece parte do nosso mercado, também tem contribuído com novas altas, por conta do clima especulativo que tais notícias geram no mercado. No período semanal, o item registra alta de 0,88% apenas, em função da queda de 4,17%, registrada em 15/2. Os baixos estoques dos frigoríficos e a redução da oferta por parte dos pecuaristas que se recusaram a vender seus animais por baixas cotações, pressionarem os preços da arroba que chegou a R$ 40,00 em 14/2, após ter atingido o valor de R$ 38,00 em 12/2. A alta no preço da arroba já chegou ao atacado, pois em São Paulo verificou-se alta de 3,4% para os cortes traseiros e 1,8% para os dianteiros. A liberação do trânsito de bois que beneficiou seis Estados produtores, entre eles, Mato Grosso do Sul (dono do maior rebanho do país) ainda não pressionou quedas nas cotações da arroba, em função de taxas e exigências sanitárias. Na cesta, a carne de primeira acumula variação de -5,72% nos últimos 30 dias e a de segunda, de -0,84% (base 15/1/2001). Já no período semanal, o comportamento é estável com variações de 0,20% e 0,85%, respectivamente (base 8/2/2001). Na granja, o quilo do frango vivo chega a R$ 0,85, em 12/2, após ser vendido a R$ 0,75 no período de 22/1 a 5/2. Bons volumes de vendas e a alta nos preços da arroba do boi respondem por essa elevação. Na cesta, o frango resfriado, cotado a R$ 1,42, mantém-se em níveis de preços baixos para a volta às aulas, período em que há uma elevação no consumo de produtos ricos em proteína de origem animal. O feriado do carnaval pode retardar qualquer elevação mais significativa nos preços do produto, decorrente das altas verificadas nas granjas. Os preços do café não param de cair e, atualmente, no mercado internacional, são os menores dos últimos sete anos e 40% inferiores aos verificados no mesmo período do ano passado. Países importadores acumulam estoques de 17 milhões de sacas. Se não ocorrerem adversidades climáticas nos principais países produtores, teremos uma produção mundial de 120 milhões de toneladas, para um consumo de 104 a 106 milhões de toneladas. Analistas prevêem um ano de preços baixos, diante dessa oferta excedente, quadro este que dificilmente se reverterá de forma satisfatória com o Plano de Retenção adotado pelos países exportadores. Com preço de R$ 2,08 (pacote de 500 g) em 15/2, o café papel laminado atinge o menor valor desde dezembro de 98, quando era vendido a R$ 1,95. No início do Plano

02/16/2001


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