Cony diz que não é moral e ético instalação da CPI da Segurança Pública



A deputada Jussara Cony (PCdoB) destacou, hoje, no período do Grande Expediente que “não é moral, nem ético” que se instale a CPI da Segurança Pública na Assembléia Legislativa, face ao episódio do reaproveitamento da lista de assinaturas colhidas em ocasião anterior, sem que a Comissão de Ética constitua processo e apure o caso. Ao comentar o objeto da CPI da Segurança Pública de investigar a responsabilidade do Estado no crescimento da violência entre os gaúchos, a deputada afirmou que a complexibilidade do tema requer o auxílio das ciências humanas e que, para a sua redução, é necessário o comprometimento do Estado e da sociedade. A parlamentar destacou que o governo estadual gesta uma nova segurança pública, que conquiste a confiança da sociedade na prestação de seus serviços, buscando a valorização e qualificação dos recursos humanos, a integração das atividades policiais, o reequipamento das polícias e serviços policiais, a humanização do sistema prisional e o controle social dos serviços de segurança. Para Jussara Cony, o governo de Fernando Henrique Cardoso, sustentado pelos partidos de oposição ao governo estadual, “precisa de, pelo menos, 11 CPIs para abrir sua caixa preta e semear um novo tempo para o Brasil”. A deputada destacou, entre os motivos para instalação de CPIs, a assinatura do contrato do Projeto Sivam entre o governo brasileiro e a Raytheon Company, dos Estados Unidos, para aquisição de tecnologia e equipamentos de comunicação, com dispensa de concorrência pública; o processo de privatização da Telebrás; e a construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, envolvendo auxiliares do presidente da República. “Todos esses fatos justificam CPIs e revelam um conluio entre o público e o privado”, afirmou Jussara Cony. Ao finalizar seu pronunciamento, a deputada comunista disse que “se os partidos que dão sustentação ao governo de Fernando Henrique se movem visando à continuação da barbárie, podem ter a certeza de que todas as CPIs que inventarem no Estado não terão a capacidade de impedir nossos movimentos para fazer a história e construir a civilização”.

03/14/2001


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