Cooperação tecnológica entre Brasil e China é referência mundial



Em outubro de 1999 foi lançado na base de Taiyuan, na China, o primeiro satélite da família Cbers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês). O evento marcou o início de um programa de cooperação internacional entre Brasil e China, firmado ainda no ano de 1988 para o desenvolvimento e produção de satélites de sensoriamento remoto. 

Ao iniciar o projeto Cbers, o objetivo dos países era formar um sistema capaz de coletar informações nos campos da geologia, hidrologia, monitoramento ambiental, agricultura e urbanização, para atender as necessidades internas dos dois parceiros.

A implementação da parte brasileira e chinesa ficou a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Chinese Academy of Space Technology (Cast) . O acordo dividia as tarefas de construção dos satélites. Dezenas de empresas brasileiras participaram do programa Cbers, algumas diretamente contratadas pelo Inpe e outras subcontratadas.

Embora tivesse vida útil, projetada para apenas dois anos, o Cbers-1 ficou em operação até 2003, quando foi lançado o Cbers-2, que operou até o início de 2009. Iniciada em 2007, a operação do satélite Cbers-2B foi encerrada em maio de 2010.

Após mais de 20 anos de acordo entre Brasil e China, o Cbers figura como um dos principais programas de sensoriamento remoto do mundo e uma das mais bem sucedidas cooperações tecnológicas entre países em desenvolvimento.

O reconhecimento mundial do Brasil como líder na disseminação do uso de dados de satélites permitiu ao País assumir, em 2010, a presidência do Comitê de Satélites de Observação da Terra (Ceos, na sigla em inglês). A organização reúne 28 agências espaciais e 20 entidades nacionais e internacionais. Iniciado em 1984, o Ceos é responsável pela coordenação global de programas espaciais civis e pelo intercâmbio de dados de satélites de observação da Terra. O objetivo do comitê é estabelecer um Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (Geoss) para garantir a sustentabilidade do planeta.

Leia mais:
Brasil é um dos maiores distribuidores de imagens de satélites do mundo

 



03/09/2013 19:38


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