Corregedor da Receita deve falar dia 31 sobre denúncia de vazamento
O corregedor-geral da Receita Federal, Antônio Carlos Costa d'Ávila Carvalho, deve participar, no dia 31, às 10h, de audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para esclarecer denúncias de quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. A comissão esperava esclarecer o assunto ouvindo nesta quarta-feira (11) a ex-chefe da Delegacia da Receita Federal em São Paulo Antônia Rodrigues dos Santos. Ela não compareceu e informou, por ofício enviado à CCJ, que só falará sobre a denúncia após conclusão de inquérito administrativo que corre em sigilo na Corregedoria da Receita.
No ofício, Antônia Rodrigues dos Santos afirma que sua senha teria sido utilizada de forma irregular, para acesso aos dados de Eduardo Jorge. Ela informa ainda não ser filiada a nenhum partido e diz estar "emocionalmente fragilizada" por ter tido os nomes de seu marido e seus filhos publicados pelos jornais, bem como seu endereço e renda familiar. Na opinião dos senadores Álvaro Dias e Kátia Abreu (DEM-TO), a funcionária da Receita está sendo vítima de uma manobra para encobrir os responsáveis pelo vazamento.
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Os senadores também marcaram para o dia 31 o depoimento do técnico em informática Demétrius Sampaio Felinto, acusado de envolvimento em denúncia de destruição de fitas com imagens da então secretária da Receita Federal Lina Vieira, em encontro com a então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Felintom, técnico em informática do Senado, também era aguardado nesta quarta-feira na CCJ, mas solicitou a remarcação da data do depoimento alegando problema de agenda. O técnico controlava até 2009 o sistema de câmeras do Palácio do Planalto e, conforme matéria da revista Veja, teria em seu poder imagens do encontro de Lina Vieira com a então ministra Dilma Rousseff. Há denúncias de que Demétrius teria tentado vender o material a políticos.
Lina Vieira afirma ter participado de reunião no gabinete da então ministra, no qual Dilma teria lhe pedido para agilizar auditoria em empresa de Fernando Sarney. Dilma negou, no Senado, que o encontro tenha ocorrido.11/08/2010
Agência Senado
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