CCJ mantém reunião para ouvir nesta quarta envolvida em denúncia de vazamento na Receita



Matéria atualizada às 21h29

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realizará nesta quarta-feira (11) reunião para ouvir depoimentos de supostos envolvidos na quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e na destruição de fitas com imagens da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, em encontro com a ex-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Os depoimentos foram solicitados pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e foram marcados para ter início às 10h.

Alvaro Dias quer questionar a ex-chefe de Delegacia da Receita Federal em São Paulo Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves da Silva sobre a violação dos dados fiscais de Eduardo Jorge. O depoimento, entretanto, poderá não se realizar, embora a reunião esteja confirmada. Segundo várias agências de notícias, a auditora fiscal anunciou à imprensa não ter aceito o convite da CCJ, alegando que o processo disciplinar instaurado na Receita para investigar o caso está correndo em sigilo. Isso a impediria de prestar informações ao Senado.

A assessoria da CCJ não confirmou a recusa da funcionária em comparecer ao depoimento. Informou apenas que a comissão recebeu uma carta de Antonia Santos endereçada ao presidente daquele colegiado, senador Demostenes Torres (DEM-GO). Logo na abertura da reunião, o parlamentar dará conhecimento aos senadores do teor da mensagem. O outro convidado, Demétrius Sampaio Felinto, não se comunicou com a CCJ. Não se sabe, portanto, se ele comparecerá à reunião.

Segundo informações da Agência Estado, a denúncia contra a auditora da Receita está sendo investigada pela Corregedoria da Receita Federal. A servidora já negou ter consultado declarações de bens do vice-presidente do PSDB, mas levantou a hipótese de alguém ter usado, sem seu consentimento, sua senha pessoal para acessar informações de Eduardo Jorge junto ao Fisco.

Demétrius Sampaio Felinto, técnico em informática do Senado, controlava até meados de 2009 o sistema de câmeras do Palácio do Planalto. De acordo com a revista Veja, o servidor teria copiado as imagens do encontro de Lina Vieira com Dilma Rousseff, captadas pelo circuito interno de TV do Palácio do Planalto. Elas teriam sido posteriormente apagadas. Recai ainda sobre Felinto a denúncia de que teria tentado negociar com políticos e autoridades a venda do vídeo, já que as imagens retratariam negociações no âmbito da Receita Federal para beneficiar aliados do atual governo.



10/08/2010

Agência Senado


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