CPI do Cachoeira amplia acesso a dados sigilosos



A partir desta terça-feira (8), cada integrante da Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) do Cachoeira está autorizado a credenciar um assessor com a finalidade especifica de consultar as informações sigilosas recebidas do Supremo Tribunal Federal (STF). A restrição inicial do acesso apenas aos parlamentares vinha sendo criticado por membros da comissão.

Em pronunciamento na segunda-feira, o senador Pedro Taques (PDT-MT), que integra a CPI, reclamou do tempo reservado garantido à análise do processo pelos parlamentares – de três horas – e da vedação à consulta dos dados por assessores.

A decisão de ampliar o acesso às informações foi anunciada pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), em nota divulgada nesta terça. A CPI apura o envolvimento do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados.

Os dados estão disponíveis na Subsecretaria de Apoio às Comissões Especiais e Parlamentares de Inquérito, localizada no subsolo do Anexo II do Senado Federal.

A nota esclarece que ao assessor serão aplicadas todas as regras legais e regimentais de preservação de informações sigilosas, ficando o congressista responsável pelos atos do funcionário por ele indicado.

O credenciamento deverá ser feito por meio de ofício subscrito pelo parlamentar e dirigido ao presidente da comissão. O acesso às salas onde se encontram os computadores é permitido das 9h às 20h, observados os procedimentos de segurança e de proteção aos dados, de modo que não possam ser transmitidas ou reproduzidas quaisquer informações.

Para ter acesso aos dados, o congressista ou assessor não poderão portar telefone celular ou qualquer outro aparelho que disponha de câmara fotográfica ou filmadora e que possibilite a reprodução de imagem ou de mídia. Também deverá ser assinado termo de responsabilidade, como forma de preservar o sigilo das informações compartilhadas.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) tentou apresentar, no início da reunião que ouviria o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre de Souza nesta terça-feira, uma questão de ordem pelo fim do sigilo na CPI. Para Cássio, tanto o segredo, como as regras impostas para o acesso aos documentos, são incompatíveis com a imunidade e a inviolabilidade dos atos dos parlamentares.

Depois da decisão de transformar o depoimento do delegado em secreto, o presidente da CPI, Vital do Rêgo, pediu a Cássio Cunha Lima que apresentasse a questão de ordem ao fim dos trabalhos. 



08/05/2012

Agência Senado


Artigos Relacionados


CPI do Cachoeira instala sala de acesso a dados sigilosos

Advogados de Carlinhos Cachoeira têm acesso aos documentos sigilosos em poder da CPI

Advogados de Carlinhos Cachoeira terão acesso aos documentos sigilosos da CPI

Defesa de Cachoeira pede mais tempo para analisar dados sigilosos

Indicados parlamentares que terão acesso a dados sigilosos no TCU

Parlamentares terão acesso a dados sigilosos auditados pelo TCU