CPI DOS BANCOS OUVE EX-SÓCIOS DE FRANCISCO LOPES



A CPI que investiga o sistema financeiro marcou para esta quarta-feira (dia 28), a partir das 16h30, os depoimentos de Luís Augusto Bragança, ex-sócio do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes na empresa de consultoria Macrométrica, e do economista Rubem Novaes. Na quinta-feira (dia 29), vão prestar depoimentos à CPI, no mesmo horário, o ex-secretário-executivo do Comitê de Política Monetária (Copom), Alexandre Kundeck, e o outro sócio de Lopes na Macrométrica, Sérgio Bragança, irmão de Luís Bragança.O relator da CPI, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), disse, nesta terça-feira (27), que a comissão marcará o depoimento do presidente do Banco Marka, Salvatore Cacciola, para a próxima semana. O economista Rubem Novaes foi citado pela imprensa como sendo o contato entre o Banco Marka e um informante do Banco Central, enquanto Luís Augusto Bragança seria autor de uma declaração, por escrito, encontrada no apartamento de Francisco Lopes, no Rio, informando que o ex-presidente do BC teria US$ 1,67 milhão em conta corrente no exterior.As investigações da CPI para esses depoentes concentram-se nas denúncias de vazamento de informações privilegiadas sobre mudanças na política cambial, que teriam sido passadas pelo Banco Central para várias instituições financeiras, entre as quais os bancos Marka e FonteCindam. Além dessas denúncias, a CPI investiga a venda de dólares pelo BC para os Bancos Marka e FonteCindam por preços abaixo dos estabelecidos pelo mercado, cuja operação teria causado prejuízo ao BC.O relator da CPI, bem como o presidente da comissão, senador Bello Parga (PFL-MA), e o vice-presidente, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), continuam descartando a possibilidade de a comissão chamar para depor o ministro da Fazenda, Pedro Malan.- Em que momento o ministro foi citado na CPI? Trazer o ministro para fazer uma conferência na CPI? - indagou o relator, observando que ele próprio não teria o que indagar de Malan, neste momento. João Alberto acrescentou, porém, que nada impede a convocação de Malan no decorrer dos trabalhos da comissão, caso os senadores achem oportuno. Mas deixou claro que chamar o ministro nesse momento seria "açodamento".Também para Bello Parga e José Roberto Arruda, não há razão para convocar Pedro Malan até o momento.

27/04/1999

Agência Senado


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