CPI OUVE FRANCISCO LOPES NA SEGUNDA-FEIRA
Está marcado para a próxima segunda-feira (dia 26), às 16h30, o depoimento do ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, na CPI do Senado que investiga irregularidades no sistema financeiro. De acordo com o roteiro proposto pelo relator da comissão, senador João Alberto (PMDB-MA), Francisco Lopes deverá esclarecer se houve ou não operação secreta de socorro aos bancos Marka e FonteCindam, nos dias 13 e 14 de janeiro deste ano, pelo Banco Central, durante a desvalorização do real. A CPI também quer investigar se houve vazamento de informações que propiciaram a diversos bancos lucros exorbitantes nesse período, fato já negado pelo presidente do BC, Armínio Fraga, durante seu depoimento na comissão, no último dia 14. Fraga disse que só houve lucro em real, mas os bancos estrangeiros perderam um terço de seus investimentos e tiveram prejuízo na moeda das matrizes.Na terça-feira (dia 27), no mesmo horário, a CPI ouvirá o depoimento do ex-diretor de Fiscalização do Banco Central, Claudio Ness Mauch. Os senadores que integram a CPI do sistema financeiro ainda vão agendar a data dos próximos depoimentos. No roteiro do relator, estão previstos os depoimentos do presidente do Banco Marka, Salvatore Alberto Cacciola, bem como o do diretor da Marka Nikko Asset Management, Francisco de Assis Moura de Mello. Em seguida, a CPI deverá convocar para depor os sócios do Banco FonteCindam, Luiz Antônio Gonçalves, Eduardo Modiano, Fernando César Carvalho e Roberto Steinfeld.Nessa primeira etapa das investigações da CPI, estão previstos também os depoimentos de Luiz Eduardo Fernandez, presidente da Associação dos Clientes Lesados do Marka Nikko Asset Management, e Ney Castro Alves, vice-presidente do Conselho da Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F;), além dos diretores da BM&F; à época da mudança cambial.O objetivo do senador João Alberto, de acordo com o roteiro traçado para os trabalhos da CPI, é também o de requisitar da BM&F; a relação de todos os contratos firmados no mercado futuro de dólar no período compreendido entre 1º de dezembro de 1998 e 28 de fevereiro de 1999. O relator esteve no Rio de Janeiro para examinar pessoalmente toda a documentação apreendida pela Polícia Federal no apartamento de Francisco Lopes. Ele defende que seja feito levantamento amplo sobre os controladores da empresa Macrométrica, da qual o ex-presidente do Banco Central foi sócio, juntamente com Eduardo Modiano, um dos donos do Banco FonteCindam, para que a CPI possa decidir sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de todos os envolvidos com a empresa.
22/04/1999
Agência Senado
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