CPI faz acareação entre Tubino e delegados
Foram ouvidos mais doadores do Clube da Cidadania
A CPI da Segurança Pública ouviu ontem (25/10) mais dois depoimentos de doadores do Clube de Seguros da Cidadania no ano de 98 e início de 99. Hoje, 26/10, às 10h, está prevista a acareação entre o ex-chefe de Polícia, Luiz Fernando Tubino, e os delegados Roberto Pimentel, Farnei Goulart, Nélson Oliveira e Lauro Antônio dos Santos. O depoimento dos diretores do Clube da Cidadania, Diógenes de Oliveira e Daniel Verçosa, previsto para a próxima segunda-feira, foi adiado para o dia 05 de novembro próximo.
De acordo com o relator, deputado Vieira da Cunha (PDT), algumas instituições financeiras ainda estão encaminhando documentação à CPI.
Doações para a campanha e projetos sociais
O proprietário da Lima Construções Ltda , Ari Lima, confirmou que a empresa fez doação de R$ 15 mil em 15/10/98, mas afirmou que os recursos foram dirigidos à campanha eleitoral do PT. Disse aos deputados que foi procurado por Diógenes de Oliveira por indicação de um amigo, cuja identidade não revelou.
O ex-presidente do Sindicato das Indústrias Metal-Mecânica, Elétrica e Eletrônica do RS (SINMETAL), Décio Vicente Becker, também confirmou a doação de R$ 10 mil em 11/12/98, mas ressaltou que a contribuição se deu em razão de um projeto social para o qual se destinaria o recurso. Conforme ele, um dos diretores do Sindicato teria sido porta-voz de Diógenes de Oliveira em uma das reuniões da diretoria quando foi solicitada a doação. Becker destacou que não doaria o dinheiro se soubesse que seria para compra de imóvel para a sede partidária e não para projetos sociais.
Para o relator da CPI, os depoimentos de hoje foram muito objetivos e claros, destacando que nem um nem outro confirmaram a doação ao Clube de Seguros da Cidadania. “Estamos comprovando que os recursos que o Clube insiste em dizer que têm origem lícita foram obtidos a pretexto de colaboração para a campanha eleitoral e projetos do governo que se instalava, o que atesta que o Clube foi utilizado como repassador de recursos, benefícios e vantagens que foram usufruídos pelo PT direta ou indiretamente”, concluiu Vieira da Cunha.
10/26/2001
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