CPI ouve ex-funcionários do Banestado



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado reúne-se nesta terça-feira (23), às 10h, para ouvir os depoimentos de quatro ex-funcionários do banco: Eraldo Ferreira, Ricardo Franczyk, Valdir Antônio Perin e Valderi Werle, lotados nas agências de Curitiba (PR), Ilhas Cayman, Nova York (EUA) e Foz do Iguaçu (PR), respectivamente.

Em requerimento para a convocação de Eraldo Ferreira, o presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e o relator, deputado José Mentor (PT-SP), lembram que a comissão foi criada para investigar a evasão de divisas, com destaque para as operações realizadas a partir de Foz do Iguaçu, por agências dos bancos Real, Banco do Brasil, Banestado, Araucária e Bemge, que receberam autorizações especiais do Banco Central para acolherem depósitos em espécie, sem identificação de origem, visando à conversão em moeda estrangeira para remessas ao exterior.

O presidente e o relator afirmam ainda que o Banestado foi responsável por expressivo volume de transferências ao exterior, cabendo investigar as irregularidades constantes dos processos administrativos abertos pela fiscalização cambial e os motivos que levaram à liquidação da instituição pelo Banco Central. -A presente convocação - acrescentam - tem como um de seus objetivos proporcionar à CPI acesso a informações fundamentais relacionadas aos procedimentos do Banestado em relação às remessas para o exterior-.

A convocação de Ricardo Franczyk também foi solicitada por Antero e por Mentor, que subscrevem igualmente requerimento para a convocação de Valdir Antônio Perin, ex-gerente da agência do Banestado em Nova York. Com os mesmos argumentos utilizados no requerimento de convocação de Eraldo Ferreira, o presidente e o relator observam que é absolutamente oportuna a convocação de ex-dirigentes e funcionários do Banestado para prestar depoimento à CPI, -especialmente no intuito de permitir-lhes que colaborem com os trabalhos de investigação-.

Já o requerimento para convocação de Valderi Werle foi apresentado pelo deputado Eduardo Valverde (PT-RO). Na justificação, o parlamentar afirma que, de acordo com denúncias feitas pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Foz do Iguaçu, Werle autorizou a abertura de inúmeras contas fraudulentas, em um mesmo período, enquanto esteve à frente da gerência da agência Foz do Iguaçu do Banestado.



22/09/2003

Agência Senado


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