CPI OUVIRÁ CHICO LOPES NA TERÇA E CALMON NA QUINTA
A CPI do Sistema Financeiro marcou nesta quinta-feira (dia 12) o depoimento do economista Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central, para as 17h de terça-feira (dia 17). Ele foi reconvocado pela comissão de inquérito do Senado porque da primeira vez, em 26 de abril, se recusou a assinar o compromisso de só falar a verdade e, por isso, foi detido pela Polícia Federal por ordem do presidente da CPI, senador Bello Parga (PFL-MA).Parga acredita que Francisco Lopes desta vez não se recusará a responder às perguntas dos senadores, pois o ministro Sepúlveda Pertence, do STF, ao julgar mandado de segurança impetrado pelo ex-presidente do BC, decidiu que ele deve comparecer à comissão e responder às perguntas, podendo ficar em silêncio apenas no caso em que a resposta puder comprometê-lo.A CPI decidiu ainda marcar para quinta-feira (dia 19) três depoimentos ligados ao Proer. Estão convocados o ex-proprietário do Banco Econômico, Ângelo Calmon de Sá, e Ezequiel Nasser, ex-presidente do Excel (banco que comprou o Econômico, com apoio do Proer). No mesmo dia, irá falar aos senadores o presidente do Banco Bilbao Viscaya, que acabou por comprar o Excel. No dia 20, os senadores tomarão o depoimento do ex-controlador do Banco Nacional, Marcos Magalhães Pinto, e um dirigente do Unibanco, que adquiriu o Nacional, também com apoio do Proer. A CPI investiga, entre outras coisas, as razões da fragilidade do sistema bancário brasileiro, apesar dos gastos de R$ 20 bilhões do Banco Central com o Proer.Ficou decidido ainda que, a partir do dia 24 desde mês, a CPI passará à fase de discussão de propostas a serem feitas pelo relator, quando serão ouvidos ex-presidentes do Banco Central, o secretário da Receita Federal e o ministro da Fazenda. Assim, no dia 24 falará Gustavo Franco, no dia 26 Gustavo Loyola e, no dia 27, Everardo Maciel (secretário da Receita). Os dias 1º e 3 de setembro serão dedicados aos depoimentos do ministro Pedro Malan e do atual presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Os últimos nove dias da CPI, que terminará dia 12 de setembro, serão dedicados à análise e discussão do relatório final.
12/08/1999
Agência Senado
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