CPMI do Roubo de Cargas fará nova viagem a Campinas
No Maranhão, onde esteve entre os dias 15 e 17 de março, a CPMI ouviu empresários, policiais, presidiários e políticos, como os prefeitos das cidades de Vitorino Freire, Nova Olinda e Presidente Sarney. Os prefeitos também são acusados de integrar as quadrilhas que atuam na região.
A CPMI recebeu ainda inúmeras denúncias e confrontou os depoimentos de oito pessoas com o do detento Jorge Méres, que vem colaborando com as investigações. O empresário William Sozza, apontado como um dos cabeças do roubo de cargas no país, apesar de encontrar-se preso na capital do Maranhão, recusou-se a colaborar com a CPMI.
De acordo com o senador Romeu Tuma (PFL-SP), presidente da comissão, vários depoentes sofreram intimidações durante as audiências na Assembléia Legislativa de São Luís, o que obrigou a CPMI a tomar os testemunhos de forma sigilosa. O senador referiu-se especialmente aos testemunhos dos ex-policiais Antônio Lisboa e Antônio Carlos Maia, que se recusaram a cooperar com a CPMI. Anteriormente, eles haviam denunciado os ex-deputados estaduais José Gerardo de Abreu e Francisco Caíca e o empresário Joaquim Lauristo.
De acordo com dados fornecidos por associações de empresas transportadoras, o roubo de cargas em rodovias brasileiras provoca prejuízos da ordem de meio bilhão de reais por ano.
19/03/2001
Agência Senado
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