CPTM: estratégias adotadas em 2005 reduzem prejuízos com vandalismo



Uma das medidas foi a parceria entre a CPTM e a 3ª Delegacia Especializada em Furtos de Fios do DEIC

 

Em 2005, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou queda de 25% nos prejuízos com furtos e vandalismo de fios e cabos, comparativamente ao ano anterior. Os resultados se devem, principalmente, ao trabalho integrado das áreas de manutenção, segurança e operação da empresa, no sentido de dificultar, ao máximo, a ação de criminosos e vândalos contra o sistema.

De um ano para outro, houve redução de 22.537 metros de fiação furtados ou vandalizados e, em 2005, a empresa contabilizou, em suas estatísticas, 16.742 metros de material subtraído ou avariado. Traduzindo para valores, os prejuízos caíram de R$ 788.795,00 para R$ 585.970,00 - R$ 202.825 a menos com a reposição desse tipo de itens.

Nas seis linhas da empresa, de janeiro a dezembro de 2005 foram danificados ou furtados 7.354 metros de fios de sinalização, 1.435 metros de telecomunicações e 7.953 metros de energia, enquanto no mesmo período do ano anterior esses itens de fiação, respectivamente, atingiram 10.328 metros (sinalização), 4.180 metros (telecomunicação) e 8.029 metros (energia).

O número de ocorrências também diminuiu significativamente, passando de 268 para 146 em 2005 - queda de 45,52%. As linhas E (Luz-Estudantes) e F (Brás-Calmon Viana) continuam liderando o ranking dos ataques, alvos de 11.507 metros de fios e cabos danificados, com prejuízos de R$ 402,7 mil. Em segunda colocação, ficaram as linhas A (Luz-Francisco Morato) e D (Luz-Rio Grande da Serra), de onde os infratores levaram 4.232 metros, provocando gastos da ordem de R$ 148,1 mil para reposição. Com a menor incidência, as Linhas B (Júlio Prestes-Itapevi) e C (Osasco-Jurubatuba) somaram 1.003 metros de fios e cabos subtraídos, com custos de R$ 35,1 mil.

Equipe entrosada

No último mês de fevereiro, com o objetivo de coibir a incidência das ocorrências com os fios e cabos, a CPTM, por intermédio do COPESE (Conselho Permanente de Segurança Operacional), criou um grupo de trabalho abrangendo as gerências de Manutenção e Instalações Fixas, de Segurança e de Circulação e Controle Operacional.

Logo nas primeiras reuniões, foram delineadas estratégias de atuação, tendo como principais premissas aproximar as três áreas - por estarem diretamente envolvidas com esse tipo de delito - focando-as no combate às ocorrências, com a identificação e acompanhamento rápidos dos casos.

Em um momento posterior, os profissionais integrantes desse grupo passaram a promover encontros com equipes dos três pares de linhas da companhia (A/D, E/F e B/C), para montar estabelecer ações de acordo com as características de cada região. Em pouco tempo, já eram conhecidos os pontos de maior incidência de furtos e vandalismo no sistema.

Várias medidas foram adotadas no sentido de aumentar a rapidez da atuação e, conseqüentemente, melhorar a chance de flagrar os criminosos com a "mão na massa". Entre elas, destacam-se mudanças no esquema de instalação dos equipamentos para dificultar ao máximo os furtos ou ampliar o tempo de consumação do delito pelos bandidos, como: instalação de alarmes, construção de muros, atuação mais eficaz dos funcionários de campo (em especial os maquinistas) que têm avisado as equipes de Segurança e Manutenção imediatamente ao perceberem alguma movimentação suspeita, além da investigação e inspeção de receptadores.

Outro passo foi uma parceria firmada entre a CPTM e a 3ª Delegacia Especializada em Furtos de Fios do DEIC (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), com o intuito de identificar receptadores dos itens furtados. A Gerência de Segurança mapeou todos os ferros-velhos existentes nas proximidades das linhas, encaminhando essas informações para os especialistas do DEIC, que passaram a averiguar a existência de materiais retirados desses locais. Essa lista é constantemente atualizada.

Para conscientizar os usuários dos trens - que sofrem diretamente com os atrasos e paralisações decorrentes dos atos de vandalismo e furtos de cabos - a empresa tem divulgado todos os casos, por meio do seu sistema de som das estações e dos trens. O intuito é tornar o passageiro um aliado no combate a essas infrações.

A tendência de redução nas ocorrências com fiação dos sistemas de sinalização, energia e telecomunicações da CPTM é observada desde 2003, quando foram levados 25.783 metros de fios, causando um rombo de R$ 902.405,00 aos cofres públicos. Comparados a 2005, os números apresentam diminuição de 35% nos prejuízos. A expectativa é que, em 2006, os casos se tornem cada vez menos freqüentes, pois, além da ação coordenada do grupo de trabalho, serão intro

01/17/2006


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