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CPTM investe R$ 19 milhões em acessibilidade na Linha 9

As melhorias incluem a construção de uma passarela elevada que ligará a Estação Villa-Lobos/Jaguaré ao Parque Villa-Lobos

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) realiza obras de reforma, modernização e adaptações de acessibilidade em 10 estações da Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú). As modificações têm como objetivo oferecer melhores condições de atendimento, conforto e segurança aos usuários, principalmente pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Segundo o presidente da CPTM, Sérgio Avelleda, as intervenções cumprem o cronograma estabelecido pelo Plano de Expansão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que tem como um dos principais objetivos transformar 160 km de linhas de trem em padrão de metrô. "Estamos dotando a Linha 9-Esmeralda e as demais linhas do sistema de infra-estrutura para oferecer a qualidade dos serviços desejada pelos usuários, com mais conforto, confiabilidade, rapidez e segurança".

O projeto desenvolvido na Linha 9-Esmeralda também prevê a construção de uma passarela elevada externa, com 138 metros de extensão e 3 metros de largura útil, mais de 160 metros de passeio público que ligarão a Estação Villa-Lobos/Jaguaré ao Parque Villa-Lobos. O projeto permitirá o acesso ao parque por meio do sistema metroferroviário, configurando-se como alternativa às entradas existentes, principalmente em eventos realizados no local aos finais de semana.

A ligação visa a incentivar o uso do transporte público como a forma mais rápida, segura e econômica de se chegar ao parque. Além da passarela elevada sobre a alça de saída da pista local da Marginal Pinheiros, a CPTM construirá uma rampa para permitir o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Com 80 metros de extensão, a rampa sairá do nível da calçada e seguirá até o início do passeio público que fica em um talude a 7 metros de altura. No mesmo lugar, haverá uma escada fixa a partir da calçada da pista local da Marginal Pinheiros.

A passarela atenderá a todos os requisitos de acessibilidade, conforme a NBR 9050, como corrimãos, guarda-corpos, inclinação inferior a 8%, piso e rotas táteis para pessoas com deficiência visual, entre outros. Além da edificação, a CPTM fará um trabalho de paisagismo e construção de calçadas em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que administra o parque.

A Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), que transporta diariamente cerca de 200 mil usuários por dia, também será contemplada com a implantação e readequação de áreas técnicas e operacionais das estações, além da melhoria de sua inserção no meio urbano com obras nos acessos e entorno das edificações. Passam por uma reforma mais profunda as estações do início da década de 1980 (da antiga Fepasa): Ceasa, Villa Lobos-Jaguaré e Cidade Universitária. No caso da última, a nova passarela elevada sobre a alça de acesso à ponte Cidade Universitária eliminará o problema da travessia das pistas rodoviárias em nível, uma antiga reivindicação de estudantes e de usuários da estação.

Já as estações Hebraica-Rebouças, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi, Granja Julieta e Socorro, implantadas pela CPTM entre 2000 e 2001, serão adaptadas para atender às novas exigências de acessibilidade baseadas no Decreto Federal 5296, de 2 de dezembro de 2004. Os projetos prevêem, por exemplo, a instalação de mapas, rotas e pisos táteis para a locomoção de pessoas com deficiência visual.

Reformas estruturais

No caso das estações Ceasa, Villa Lobos-Jaguaré e Cidade Universitária, a CPTM realiza modificações acentuadas nos seus projetos originais. Um novo edifício de acesso, com dois andares, interligado ao mezanino e do lado oposto da edificação existente, será construído. Além de elevador e novas escadas fixas, as estações abrigarão novas bilheterias, catracas (linha de bloqueio), Sala de Supervisão Operacional (SSO), posto de atendimento ao usuário, novos sanitários públicos, bem como refeitórios, sanitários e vestiários para empregados.

Com o remanejamento das catracas, as passarelas de acesso às estações ganharão cobertura. O projeto também contempla nova infra-estrutura para sistemas elétricos, eletrônicos, hidráulicos, sonorização, iluminação geral e de emergência, circuito fechado de TV, comunicação visual com painéis luminosos eletrônicos, detecção de incêndio, mapa tátil com botoeira, rota tátil e piso tátil de alerta, telefonia, entre outros.

Na parte externa, as três estações passarão por diversas mudanças. No caso de Ceasa, serão construídos estacionamento de serviço e baias de ônibus em área determinada pela CPTM, além de pára-ciclos para bicicletas. Já a estação Villa Lobos-Jaguaré terá novo sistema viário entre as alças de acesso existentes, baia de ônibus, passarela de pedestres para a travessia das vias e acesso ao Parque Villa Lobos e bicicletário. As unidades ainda receberão serviços de paisagismo e urbanização nos seus arredores.

Acessibilidade total

As sete estações da Linha 9-Esmeralda, inauguradas em 2001, já contam com a maioria dos recursos de acessibilidade, como elevador, escadas rolantes e banheiros exclusivos. Porém, com as novas exigências das NBR 9050:2004 e NBR 14021:2005, serão necessárias algumas adaptações, principalmente para melhor atender às pessoas com deficiência visual. Uma das novidades é o mapa tátil com botoeira para solicitação de auxílio, por parte do usuário, nas plataformas.

As estações ganharão placas impressas em braile indicando nome e horário de funcionamento, nos acessos, e de orientação nos elevadores e banheiros públicos. Toda a comunicação visual das estações também será readequada. Novos guarda-corpos e corrimãos em conformidade com aquelas normas também estão previstos. As estações ainda terão painéis eletrônicos para informações visuais nas plataformas.

Nas áreas externas, o projeto estabelece o remanejamento de interferências e adequação às normas de acessibilidade, como o rebaixamento de passeios públicos, pavimentação, retirada de postes e reserva de locais para parada de veículos, em especial para pessoas com deficiência.

Plano de Expansão

Com a consolidação do Plano de Expansão, no valor de R$ 19 bilhões até 2010, o maior investimento já feito no setor, o tempo médio de viagem será reduzido em 25% no sistema metroferroviário. Além disso, o número de passageiros transportados sobre trilhos será ampliado para 55%, o que vai impactar diretamente na qualidade de vida da população. "Já contratamos a compra de 40 novos trens, substituição dos sistemas de sinalização, energia e telecomunicações, e continuamos investindo na modernização e acessibilidade das estações para cumprir essas metas", ressalta Sérgio Avelleda.

Da CPTM

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