CRE aprova indicação de embaixadores para a Bolívia e o Japão



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou por unanimidade nesta terça-feira (25) a indicação, pelo presidente da República, dos diplomatas Marcel Fortuna Biato e Marcos Bezerra Abbott para o cargo de embaixador do Brasil na Bolívia e no Japão, respectivamente. A reunião foi presidida pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Os dois diplomatas têm longa carreira no Ministério das Relações Exteriores e coincidências em suas origens e no que planejam fazer nas respectivas embaixadas. Ambos são brasileiros nascidos no exterior e pretendem dar atenção especial aos imigrantes compatriotas que vivem e trabalham naqueles países, muitos deles em situação irregular.

Marcos Bezerra assinalou os fortes elos de amizade, comerciais e de cooperação tecnológica entre Brasil e Japão. Nesse último item desponta a recente adoção pelo Brasil do sistema japonês de televisão digital, que também está sendo adotado por outros cinco países da América do Sul.

Além disso, o diplomata disse que um dos seus principais objetivos à frente da embaixada é firmar um acordo de cooperação legal na área do Direito Civil, que atue nas áreas de divórcio e alimentos, troca de presos e extradição. Bezerra observou que das 40 mil crianças brasileiras no Japão, apenas 5,5 mil estudam em escolas brasileiras.

Outro ponto abordado por Bezerra é a elaboração de um acordo para que as colaborações pagas pelos trabalhadores às previdências brasileira e japonesa não se percam com as idas e vindas entre um país e outro. Na área comercial, o novo embaixador quer incorporar à pauta de exportações brasileiras ao Japão, produtos de maior valor agregado, como os industrializados.

Marcel Fortuna destacou o enorme potencial de produção mineral e energético da Bolívia, assinalando que este é o único país da América do Sul com que o Brasil tem déficit na balança comercial.

O diplomata lembrou que a Bolívia enfrenta graves problemas econômicos devido ao alto índice de pobreza, informando que 2/3 da população recebe algum tipo de auxílio social de transferência de renda.

Marcel Fortuna também mencionou a péssima relação do governo de Evo Morales com os Estados Unidos. O governo boliviano, explicou o diplomata, optou por aderir ao Acordo para a Aplicação da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e ao Tratado de Comércio entre os Povos (TCP), ao lado de Venezuela, Cuba e Nicarágua. Além disso, a Bolívia tem relações difíceis com os vizinhos Peru e Chile.



25/05/2010

Agência Senado


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