Crédito Solidário viabiliza 733 moradias em São Paulo



Programa é parceria entre Caixa Econômica Federal e associações e cooperativas habitacionais

O Estado de São Paulo viabilizará a construção de sete empreendimentos  habitacionais  pelo Programa Crédito Solidário, do Governo Federal, gerido pela Caixa Econômica Federal. O secretário de Estado da Habitação, Lair Krähenbühl, autorizou esta semana a liberação de R$ 4,7 milhões que serão destinados à construção de 733 moradias, beneficiando associações e cooperativas habitacionais já cadastradas. A autorização foi publicada no Diário Oficial nos dias 30 de setembro e 1º de outubro.

Os recursos do governo estadual são indispensáveis para o programa em São Paulo. Isso porque o custo da produção de moradias nas regiões metropolitanas do Estado, incluindo a compra do terreno, é superior à  média do país. Sem esse aporte financeiro, os valores destinados pelo Crédito Solidário seriam insuficientes.

Na capital  paulista, os convênios vão permitir a construção  dos seguintes empreendimentos: Condomínio Novo Horizonte, com 63 apartamentos; Residencial Vale das Flores, com 63 unidades; Condomínio Conquista com 27; Colinas do Oeste, com  200;  e Condomínio Residencial Alvorada, com 120 casas. Outros 60 imóveis serão edificados no Conjunto Habitacional Sônia Maria, em Diadema, e mais 200 no conjunto Nova Esperança, em Mauá.

As associações e cooperativas foram previamente selecionadas pela Caixa Econômica  Federal e já  possuem  o  projeto aprovado pelo Ministério das Cidades. O Crédito  Solidário, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social  (FDS), concede  financiamento habitacional de até R$ 30 mil a famílias com renda bruta máxima de R$ 1.750, organizadas pelas entidades contempladas. Em São Paulo, a Secretaria da Habitação poderá aportar até R$ 15 mil para cada família atendida pelo programa.

A presidente da  Associação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (Amova) de Mauá, Maria da Conceição Aparecida Barbosa, declarou que essa soma de esforços é fundamental para viabilizar a construção das 200 moradias  do conjunto Nova Esperança. "Temos uma parceria de confiabilidade com o poder público. Esse recurso veio em boa hora e vai dar um novo fôlego para  a construção dos apartamentos", comemorou. Segundo ela, sem o repasse adicional da verba a associação teria muita dificuldade para executar a obra e as famílias associadas teriam de fazer um grande sacrifício para empregar  recursos  próprios. "A maioria  paga  aluguel e todos têm baixa renda. Os recursos federais  não  seriam  suficientes  para construir as habitações  e as famílias não teriam condições de pagar a contrapartida necessária para realizar a obra", concluiu.

Em abril deste ano, as duas esferas governamentais assinaram acordo para o porte de recursos  financeiros, a  fundo  perdido, destinados  ao desenvolvimento  de  empreendimentos  habitacionais  de interesse social. A previsão é atender cerca de 6.700 famílias no Estado. Para que as entidades promotoras de habitação popular possam  aderir  ao  programa federal, o Governo de São Paulo vai investir um montante superior a R$ 50 milhões.

Da CDHU



10/03/2008


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