CRISE, MEDIDAS DO GOVERNO E FMI SÃO TEMAS DA "AGENDA ECONÔMICA", NA TV SENADO
O economista Carlos Eduardo Freitas, coordenador de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas, é o entrevistado do programa Agenda Econômica, que vai ao ar nesta quarta-feira (dia 7), pela TV Senado. Ele vai falar sobre os cortes orçamentários promovidos pelo governo, sobre a crise financeira dos estados e, ainda, sobre as exigências do FMI diante da possível concessão de um novo empréstimo ao Brasil.Na entrevista, realizada pelos jornalistas Helival Rios, da TV Senado, e Ribamar Oliveira, de O Estado de S. Paulo, Carlos Eduardo critica a redução linear nos gastos proposta pelo governo porque, segundo ele, "esse tipo de corte não avalia a necessidade de cada setor e não coloca prioridades para a sociedade".Analisando a situação financeira dos estados, o economista diz que "houve um agravamento do quadro de modo geral, entre os anos de 1994 e 1998". Ele lembrou que, a partir do ano que vem, entra em vigor a Lei Camata, limitando os gastos dos estados com pessoal em 60% do orçamento estadual. "Com essa nova lei", diz Carlos Eduardo, "os estados vão ter mais facilidades para enxugar o quadro de funcionários".Carlos Eduardo disse acreditar que o FMI irá conceder um empréstimo ao Brasil em condições "muito mais brandas que as anteriores". Ele observou que o Fundo Monetário Internacional está reavaliando suas posições e considerando que adotar medidas que tragam prejuízos para a população "gera conflitos e revoltas que acabam por piorar a economia, ao invés de melhorá-la", conclui.
06/10/1998
Agência Senado
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