Cristovam aponta desafios das editoras universitárias



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São 106 editoras filiadas, com dois milhões de exemplares publicados ao ano e dois mil novos títulos, além das reedições. Os números foram destacados pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na sessão solene do Congresso em comemoração aos 25 anos da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). Além de valorizar a produção expressiva das universidades, o senador agradeceu, em nome do Congresso Nacional, pelo importante papel dessas editoras na divulgação de cultura, ciência e tecnologia.

Desafios

Cristovam também falou dos desafios que envolvem as editoras. Segundo ele, é preciso trabalhar juntos para a erradicação do analfabetismo no país, com o investimento em publicações para a educação de base. "É preciso habituar-se a ler, ter facilidade, entender o que está escrito", disse o senador, ao propor que a leitura faça parte do processo pedagógico. Porque, afirmou, "sem leitores não se vende livros".

– Não basta alfabetizar. É preciso construir leitores – reiterou.

Neste sentido, o parlamentar também defendeu a compatibilização ortográfica, como forma de ampliar o público-leitor em todos os países de língua portuguesa.

Autonomia

Outra preocupação de Cristovam é com a autonomia das editoras. Para ele, a gestão das editoras universitárias deveria ser menos dependente das universidades. O senador explica que assim não apenas se evitariam tutelas, mas também se garantiria mais liberdade para concorrência no mercado editorial. Para tanto, ele disse não ver problemas em parcerias público-privadas de gerenciamento, desde que as editoras não percam sua característica.

Livro virtual

O senador também destacou a importância da transição do livro impresso para o digital. Cristovam ressaltou que não há mais como barrar esse processo, mas que é preciso respeitar editores, escritores e as livrarias, "o elo mais frágil dessa cadeia", comentou. E mencionou a facilidade com que atualmente pode-se comprar livros direto das editoras e até do próprio autor.

Para Cristovam, o aspecto técnico não pode trazer prejuízos para a cultura e para os leitores. Segundo ele, um processo mais dinâmico é totalmente compatível com as novas gerações.

– Os jovens [leitores] acreditam muito mais no que chega pelo monitor do computador do que no que chega escrito [impresso] – afirmou.



19/10/2012

Agência Senado


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