Editoras universitárias comemoram aumento de vendas



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As editoras universitárias estão comemorando aumento de vendas nesta X Bienal do Livro. No primeiro fim de semana da Feira, elas venderam de 10 a 50% mais do que na Bienal de São Paulo do ano passado. Além do êxito comercial, o evento representa a aproximação com o público consumidor, gera oportunidades de negócios e possibilita contato direto entre os representantes das 54 editoras de todo o País presentes no estande único - o maior de toda a Bienal - localizado no Pavilhão Verde do Riocentro. Para as editoras universitárias, o evento tem um significado especial, em virtude da especificidade das obras publicadas, geralmente, de pequeno apelo comercial, mas fundamentais para a divulgação do saber produzido nas universidades. 'Vários leitores têm nos contado que continua difícil encontrar certos títulos de universidades e que ficam felizes e supressos quando vêem tanta variedade em nossos estandes', diz a superintendente comercial da Fundação Editora da Unesp, Sônia Marques, que trouxe cerca de 320 títulos de seu catálogo. De uma maneira geral, os editores estão otimistas. A Editora da UnB, por exemplo, que possui mais 1.300 títulos em catálogo, além de crescer em vendas, pretende chamar a atenção do mercado internacional, oferecendo obras para a serem traduzidas em outros idiomas. Já a editora da Unicamp estabeleceu como meta vender R$ 15 mil, que correspondem ao dobro do obtido no ano passado. 'Estamos sentindo que os grandes livreiros e editoras passaram a nos procurar mais', informa o responsável pelo estande da editora da Unicamp, André Froldi, convencido de que a união das editoras universitárias tem sido muito importante para o seu desenvolvimento. Para a Edusp, o movimento de vendas será, no mínimo, 50% maior, em relação à última vez que estiveram em uma Bienal no Rio de Janeiro, em 97. O principal desafio das editoras universitárias, segundo o professor Wander de Melo Miranda, diretor da Editora da UFMG, é se firmarem comercialmente. 'Como temos peculiaridades que diferem do mercado editorial comum, o nosso nicho comercial precisa de estratégias também diferenciadas e, nesse sentido, a união de nossas editoras tem sido de extrema importância'. A Editora da UFMG espera vender R$ 18 mil durante a Bienal, cerca de R$ 2 mil a mais do que no ano passado. Os primeiros resultados da Feira também têm sido positivos para a Editora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que espera duplicar a quantidade de livros vendidos. Fora isso, ela está negociando a distribuição de obras com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e com as editoras da Universidade de Santa Maria (UFSM) e Univers

05/21/2001


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