Cristovam Buarque cita FHC para pedir unidade contra a inflação




Ao comentar a "rara unidade" de diversos partidos durante a homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, realizada mais cedo no auditório Petrônio Portella, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu, em discurso nesta quinta-feira (30), a união de todos no combate à inflação.

Cristovam Buarque lembrou que FHC lutou contra o regime militar, foi senador e presidente da República, e é um intelectual reconhecido mundialmente, mas apontou como um dos pontos altos de sua trajetória sua atuação na reorganização da economia brasileira. Cristovam também lembrou a importância do senador Itamar Franco (PPS-MG) no processo de controle da inflação. Itamar era presidente e Fernando Henrique era ministro da Fazenda em 1994, época do lançamento do Plano Real.

- Essa reorganização justifica a unidade em torno da homenagem e essa unidade tem de chegar ao Congresso e alcançar todo o Brasil, para que o país não tenha mais o risco da inflação - afirmou.

O senador registrou que o Banco Central anunciou a meta inflacionária de 4,5% para o ano de 2013. Segundo Cristovam Buarque, o regime de metas é importante, mas o Brasil precisa diminuir a meta inflacionária. O parlamentar pediu mais rigor no combate à inflação e informou que só dois países têm metas mais liberais que o Brasil: Gana (19,3%) e Turquia (6,3%).

Cristovam pediu união na luta "contra os atos que podem colaborar" para a volta da inflação, como a criação de monopólios em supermercados no Brasil. Ele criticou a possibilidade de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a fusão das redes de supermercado Pão de Açúcar e Carrefour. O senador também criticou o aumento dos gastos públicos e a renovação do decreto do governo que permite o pagamento dos chamados "restos a pagar". Parte desses recursos vai para as emendas dos parlamentares.

Cristovam ainda lembrou o caso da Grécia, que vivia uma boa fase econômica, com moeda forte e, por conta da euforia, entrou em crise e o povo está com "ódio" dos políticos.

- Nós ainda temos tempo de fazer as coisas sem a população estar nas ruas, jogando pedra nos políticos. Precisamos tentar a unidade para respeitar nossa moeda, como respeitamos nossa bandeira e nosso hino - concluiu.



30/06/2011

Agência Senado


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