Cristovam conclama Congresso e sociedade a defenderem piso salarial dos professores



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) conclamou o Congresso e a sociedade a empreenderem uma "guerra santa" para defender a lei que fixou em R$ 950,00 o piso salarial nacional para os professores. Cristovam manifestou sua indignação diante da ação direta de inconstitucionalidade que os governadores do Ceará, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul impetraram no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nova lei.

Ao discursar na sessão plenária desta sexta-feira (31), Cristovam lembrou que a lei foi aprovada, quase por unanimidade, na Câmara dos Deputados e no Senado e, posteriormente, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Essa lei representa um consenso entre governo, sociedade e Congresso sobre a importância do professor e a necessidade dessa classe receber melhores salários e conseguir melhores condições de trabalho. Quem é contra deve ter aversão às crianças e desprezo pela educação, e não entende que somente através de uma melhor educação o Brasil poderá chegar ao pleno desenvolvimento que todos desejamos - protestou.

Cristovam Buarque disse que terá reuniões com os integrantes das Comissões de Educação da Câmara e do Senado para criar uma frente parlamentar a favor do piso salarial dos professores. Segundo ele, é preciso que haja mobilização no Congresso para defender uma lei que foi aprovada por unanimidade, por isso "estamos convocando todos para uma guerra para defender essa lei".

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) declarou-se "muito triste" com a governadora do Rio Grande do Sul por ter assinado essa ação judicial contra o piso salarial. Segundo ele, a verdadeira revolução passa pela educação, por isso esse é um bom debate no Congresso.

Também em aparte, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disse que o Brasil somente será forte se houver boas condições para o trabalho dos professores, com melhores salários.

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) considera que a ação, contestando a constitucionalidade da medida, é uma falta de respeito ao Congresso, que aprovou a lei. "Trata-se de um ato bárbaro, justamente dois dias depois das eleições", concluiu.



31/10/2008

Agência Senado


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