Cristovam diz que Brasil "vive clima de calamidade"
"O Brasil está vivendo um período em que o ar cheira a calamidade", disse nesta quarta-feira (22) o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ao discursar em Plenário. Na opinião dele, os sinais de calamidade podem ser vistos nas greves de médicos, nas manifestações de servidores públicos e na falta de investimentos em saúde, educação e transportes. A isso tudo acrescentou o que chamou de "calamidade ética".
- Não é possível que não sintamos o cheiro que está no ar. Há uma calamidade no ar, que o ar condicionado do Senado, o azul das nossas cadeiras e do nosso chão não demonstram e passam a idéia de que tudo está bem, quando o Brasil está vivendo uma calamidade - afirmou.
Cristovam explicou que a "calamidade na ética" pode ser notada quando o presidente do Senado Federal, "apesar de estar sendo investigado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, preside a Mesa e toma decisão em relação ao processo de outro senador".
- Não posso julgar o senador Renan, mas o presidente Renan, que, ao sentar na cadeira do presidente, apesar da suspeição, comete um equívoco que traz graves danos a esta Casa - opinou.
Cristovam citou comentário de Alexandre Garcia no jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, em que o jornalista afirma que o que mais faz falta para o país não são recursos financeiros, mas sim humanos. De acordo com as palavras do jornalista, lidas pelo senador, o dinheiro brasileiro é mal administrado por falta de gestão competente.
- Mas sem o rumo, a gestão não serve praticamente de nada. Gestão, rumo e ética, é o que a gente precisa, para recuperar a credibilidade - disse Cristovam.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) elogiou o pronunciamento do colega e chamou a atenção para a baixa remuneração dos policiais brasileiros.
22/08/2007
Agência Senado
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