Cristovam diz que economia verde não é suficiente e defende economia do arco-íris




Ao comentar debate realizado pela Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 na quinta-feira (7), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que a chamada "economia verde" é necessária, mas não suficiente. Para ele, a economia do futuro deve ter as cores do arco-íris: verde, do equilíbrio ecológico; vermelha, de atender os mais pobres; amarela, da inovação; azul, do bem-estar; e branca, da paz.

- Não basta ter uma economia que proteja o meio ambiente; é preciso uma economia que erradique a pobreza, que reduza distribuição de renda. Se protegermos o ambiente de maneira maravilhosa, com equilíbrio ecológico por meio da economia verde, apenas para poucos, essa economia não é boa. A economia, para ser boa, tem que ser para todos - acrescentou.

Depois de chamar a atual economia de marrom, porque "depreda, desemprega e endivida as pessoas para vender os produtos", o parlamentar citou a Finlândia como um modelo próximo do desejável para o século 21.

Há 30 anos, segundo Cristovam, a empresa finlandesa de celulares Nokia era exportadora de papel higiênico. De acordo com ele, o avanço tecnológico fez com que aquela empresa de papel higiênico, "que aumentava a competitividade baixando o custo, passasse a ser uma empresa de novos produtos, graças à ciência e à tecnologia, que vieram das universidades boas e da boa educação de base".

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que Cristovam, "nesse jogo de cores, traz para o debate a política dos direitos humanos".



08/07/2011

Agência Senado


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