Cristovam elenca ações que governador temporário deveria tomar em respeito aos eleitores do Distrito Federal



No próximo dia 17 de abril os 24 deputados distritais da Câmara Legislativa vão escolher o novo governador do Distrito Federal. O eleito ocupará o cargo temporariamente até 31 de dezembro de 2010. Essa eleição indireta foi comentada nesta quinta-feira (8) pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), em discurso no Plenário. O senador avisou que os candidatos só terão o apoio do PDT e de seu único deputado distrital, José Antônio Reguffe, caso se comprometam a realizar algumas ações em prol do DF e de sua população.

- Ele próprio, Reguffe, teve a iniciativa de tomar uma posição, que nós respaldamos, de que não votará em um dos atuais candidatos se esse candidato que quiser o voto não assumir publicamente alguns compromissos - explicou Cristovam.

O senador elencou então as sugestões para o governador temporário do DF: dar publicidade a todos os gastos que forem feitos pelo governo; redução drástica dos cargos comissionados; adoção do pregão eletrônico na seleção de empresas que prestarão serviços ao Governo do Distrito Federal; revisão do Plano de Desenvolvimento e Ocupação Territorial (Pdot); "auditoria radical" de todos os gastos que os governos anteriores assumiram e realizaram; adaptação do chamado projeto Noroeste (novo bairro em construção na capital), respeitando as características ambientais locais e o pequeno grupo indígena que habitava parte da região e auditoria de todas as obras em andamento.

- E, finalmente, assumir que não vai haver no próximo governo fisiologismo de qualquer espécie e que não será um governo prisioneiro dos partidos. Será um governo com independência, preso, apenas e exclusivamente, à procura de recuperar a autoestima da cidade e o respeito do Brasil inteiro - acrescentou.

Cristovam disse que essas propostas serão apresentadas aos candidatos e, caso algum concorde com elas, receberá o voto de Reguffe. Se isso não acontecer, o deputado distrital do PDT votará nulo, informou.

O senador disse que poderá mudar de ideia e começar a defender uma intervenção federal no DF caso o novo governador não se empenhe em realmente mudar a forma de governar a capital brasileira.

08/04/2010

Agência Senado


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