Cristovam: presidente Dilma precisa ouvir sugestões dos senadores para a faxina
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) se associou às manifestações de apoio à presidente da República, Dilma Roussef, pelas medidas contra a corrupção. Ele disse que o governo passa por uma crise moral que deve se transformar em oportunidade de mudanças.
- As crises são positivas quando nós despertamos e sabemos como enfrentá-las. Falta despertar porque como enfrentá-las, nos já sabemos - afirmou.
Cristovam aconselhou a presidente a ouvir os parlamentares que não têm interesse por fazer indicações no governo; que se dispõem não apenas a dar apoio, mas também a sugerir mudanças para um governo imune à corrupção.
- É importante por corruptos na cadeia, mas mais importante é não haver corrupto em nenhum governo - resumiu.
Cristovam avaliou que a formação do governo é fundamental para garantir uma administração limpa. Para ele, a base deve ser constituída sem fisiologismo, com ideologia e a partir de metas. Por outro lado, continuou, é necessário combater a impunidade e promover investigações profundas de todas as denúncias de irregularidades.
O senador lamentou, no entanto, que, em vez de ajuda, Dilma venha recebendo ameaças de redução da base do governo. E afirmou serem injustas as críticas daqueles que dizem que foi a imprensa que provocou as demissões de servidores suspeitos de corrupção.
- Ninguém é demitido pelos grandes jornais. Você é demitido pelo Diário Oficial e o que vai para o Diário Oficial não é o que o repórter manda, é o que a presidente assina. Ela fez esse gesto, ela assinou - disse Cristovam, que considera, no entanto, que o grande momento na faxina se dará quando os jornais passarem a publicar as notícias das medidas contra a corrupção e não as denúncias que levem a essas medidas.
O pronunciamento recebeu apartes dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Jorge Viana (PT-AC) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que também manifestaram apoio às ações da presidente. Já o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) afirmou que a oposição jamais teve a intenção de inviabilizar o governo da presidente Dilma, mas disse que é papel dos oposicionistas criticar a corrupção.
15/08/2011
Agência Senado
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