Presidente Dilma precisa se despir da condição de candidata a reeleição, diz Agripino



O senador José Agripino (DEM-RN) cobrou nesta terça-feira (16) “atitudes políticas” do governo com relação à diminuição dos gastos públicos. Para o senador, o Brasil só conseguirá atravessar o momento de dificuldade na economia se a presidente Dilma Rousseff parar de pensar nas eleições de 2014.

- O momento grave da economia, que nós estamos vivendo, recomenda uma conciliação nacional, a começar por uma atitude de estadista da presidente Dilma: despir-se da condição de candidata à reeleição e fazer aquilo que o país está querendo. É uma unanimidade diminuir o tamanho do Estado  – afirmou.

O senador criticou a resposta do governo aos protestos realizados recentemente em todo o país. Para ele, os pactos anunciados após reunião com prefeitos e governadores não geraram nenhuma consequência, a não ser fotografias. Agripino disse considerar que o governo não demonstrou atitudes firmes para resolver outros dos principais problemas do país como a corrupção e a precariedade dos serviços de saúde.

Para ele, as manifestações dos brasileiros nas redes sociais mostram que o povo está maduro e sabe o que quer. O senador apontou a existência de uma crise de representatividade, em que a população não se sente representada pelas pessoas que elegeu.

O senador disse, ainda, que a reforma política proposta pela presidente teve o objetivo de desviar a atenção da população e que as mudanças precisam ser feitas, mas com equilíbrio e bom senso.

Evolução

Em aparte, o senador Humberto Costa (PT-PE) classificou como justas as revindicações, mas afirmou que boa parte delas se dá em razão das políticas do governo, que supriram necessidades básicas, prioridades anteriores. O senador também afirmou que a soluço sugerida por Agripino, de reduzir o tamanho do Estado, é “receutuário conhecido” e levou países como a Grécia à crise.

Também aparteando o pronunciamento, Armando  Monteiro (PTB-PE) afirmou que o Brasil cresce pouco porque poupa pouco e investe pouco. Para o senador, o Congresso tem deliberado de forma pouco responsável sobre temas que impactam nas contas públicas do país.

Ainda em apartes, Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu o financiamento público das campanhas, com o financiamento privado restrito às pessoas físicas, limitado a valor próximo ao do salário mínimo. Já Clésio Andrade (PR-MG) cobrou investimentos em infraestrutura.



16/07/2013

Agência Senado


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