Crivella pede apoio para projeto que limita venda de bebidas alcoólicas



Citando reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, que noticiou o aumento do alcoolismo entre mulheres, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lembrou nesta quarta-feira (5) que há três anos tramita no Senado um projeto de lei (PLS 148/03) de sua autoria proibindo a venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina em todo o país. O projeto tem como relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

- Realmente, não tem cabimento essa prática comum nas grandes cidades, onde os jovens param os seus carros nos postos de gasolina, compram bebida alcoólica, bebem em grupo e saem com os seus carros em disparada - disse o senador.

Crivella lembrou que o projeto recebeu voto favorável do relator, o senador Antonio Carlos Magalhães, lamentando que o parlamentar, falecido em julho deste ano, não tenha tido oportunidade de apresentar o seu relatório.

Crivella pediu o apoio dos demais senadores ao seu novo projeto de lei, que altera a definição de bebida alcoólica e limita sua propaganda comercial nas emissoras de rádio e de televisão. Ele explicou que a legislação atual considera como bebidas alcoólicas aquelas com teor alcoólico acima de 13 graus Gay Lussac. Com isso, assinalou, a cerveja fica fora desse critério, apesar de já se saber que, acima de três doses, a cerveja pode causar torpor e diminuir reflexos.

O senador salientou que uma série de estudos demonstra que, no Brasil, os jovens bebem cada vez mais e começam cada vez mais cedo. Ele disse que o projeto de lei segue a linha de conduta adotada pelos países desenvolvidos que estabeleceram políticas restritivas para o anúncio de bebidas alcoólicas, principalmente cerveja, pois estão preocupados com a saúde da população em geral e dos jovens de modo particular.

- Nas propagandas comerciais, essa ligação doentia de beleza, sensualidade, juventude, cerveja e sucesso precisa ter um fim em nosso país. Nos Estados Unidos, estudo realizado em 1996, afirma que o uso de bebida alcoólica leva à grande incidência de homicídios, agressões domésticas, afogamentos e acidentes de carro - frisou.



05/09/2007

Agência Senado


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