Cultura: Artistas plásticos do Projeto Atelier Amarelo fazem primeira exposição



Público poderá conversar com artistas e saber detalhes das obras interativas, desenvolvidas a partir do tema Cidade Adentro

Os artistas plásticos selecionados no 2º concurso Programa Residência – Projeto Atelier Amarelo fazem a primeira mostra de seus trabalhos no dia 22, das 10h às 17h, no prédio, à Rua General Osório, 23, Luz, ao lado do Tom Jobim. A entrada é grátis.

O público poderá conversar com os artistas e saber detalhes das composições de suas obras interativas, desenvolvidas a partir do tema Cidade Adentro. Ver de perto como Silvia Maria Garcia Pinto trabalha sua obra Mutação; desmistificar como as quatro amigas Cleo Barreto, Fernanda Alexandre, Kátia Salvany Felinto Álvares e Rafaela Jemmene venceram o concurso com o projeto de arte Instalação Cartográficas de Percurso. Aproveitar para detalhar as obras Mapa, de Taís Cabral Monteiro  e Construsombras, de  Hugo Leonardo Perucci Almeida.

Olhares também para artistas do interior que tiveram seus projetos  selecionados: Calendário de Árvores da região Central de São Paulo, da artista Maria Regina Pacheco de Francisco Ribeiro Montenegro, de São Lourenço da Serra; Marcas de Passagem, de Marli Fronza, de Tatuí; Outzider, Marcio Rogério Cardoso do Nascimento, de São José dos Campos; e Penélope, de Luciana Ruggia Camuzzo, de Piracicaba.

Os artistas

Há multipluralidade está entre os artistas selecionados. São estudantes, das mais variadas faixas etárias, mães, avós, professores, dona de casa, mas todos com uma grande paixão, as artes plásticas. No projeto Instalação Cartográficas de Percurso, encontramos Cleo Barreto, de 46, que depois de criar os filhos e dedicar-se exclusivamente à família, há dez anos deu chance à sua veia artística e começou a participar de ateliês livres, na região em que mora no Planalto Paulista, zona sul da capital. Até seu ingresso na graduação de Artes Visuais, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Hoje, ela é diretora de Patrimônio e Sede da Entidade Cultural do Movimento Poético Nacional do Círculo Militar.

Sua colega de projeto, Rafaela Jemmenes, 35, conta que desde criança adora tudo voltado à área. Tanto que depois de realizar uma série de projetos particulares, trabalhar com decoração, formar-se em marketing e publicidade, voltou para o que de fato está em seu sangue: Artes Visuais, a qual hoje conclui a faculdade. Rafaela fica ruborizada ao lembrar do dia em que soube que seu projeto havia sido selecionado. “Foi muita alegria”, sei da importância de estarmos trabalhando com essa equipe presidida por Maria Bonomi. Rafaela, que tem um de seus trabalhos expostos no jardim da sub-prefeitura da Mooca, na zona leste da Capital, se diz realizada com a convocação.

Também do grupo de Cleo, está Fernanda Alexandre, de 25, que segue a veia artística do pai, músico, hoje colecionador e dono de uma Galeria de Artes,  no Rio de Janeiro. “Sempre adorei desenhar, tanto que nos três anos em que cursei Direito, chegava em casa e ficava brincando com argila”, conta. Fernanda, que também adora História, morou três anos nos Estados Unidos, mas não deixou de lado sua paixão pelas artes. Tanto que logo depois de chegar ao Brasil iniciou seu curso também nas Belas Artes.

Marli Fronza, de Tatuí, autora do projeto Marcas de Passagem,  já lecionou Educação Artística, em Blumenau. Estudou flauta doce, transversal e piano, no Conservatório de Tatuí. Voltando às artes depois que o filho  cresceu. Pós-graduada em Designer, já participou de vários salões e exposições com seus trabalhos tridimensionais.  Apesar de sua experiência, está convencida que trabalhar com uma equipe de “tão alto gabarito, só tem a acrescentar”.

Com o Marcas de Passagem, Marli já está sendo reconhecida pelo povo que se deixa ser retratado em sombras no chão. “Eles chegam a se oferecer para deixar a impressão de filhos, sobrinhos e conhecidos nas calçadas aos arredores da Estação da Luz”, conta.

A sintonia entre os artistas é tão grande que independente dos projetos aos quais desenvolvem, saem pelas ruas do Centro Velho e trazem para o Atelier, o que para muitos é lixo, mas se  torna matéria prima para a conclusão de suas obras.

Vale conferir e ampliar seus horizontes.  “Pena que o Programa Atelier Amarelo, que oferece gratuitamente, esse espaço para as oficinas de criação a nós, termine já em dezembro”, ressalta Creusa. “Esperamos, que no ano que vem haja o terceiro Atelier para dar chances aos novos talentos”, acrescenta.

O programa

O programa Atelier Amarelo oferece gratuitamente, até o fim do ano, um espaço para oficinas de criação a esses novos talentos artísticos. Eles contam com  o apoio de um grupo de curadores presidido por Maria Bonomi.  O tema escolhido para 2006 foi A Cidade Adentro. Este ano os artistas do interior terão direito a uma bolsa-auxílio mensal.

Ele  abre espaço aos artistas ou mesmo grupos que se identifiquem com as manifestações plásticas contemporâneas e suas problemáticas. O objetivo dos trabalhos é desenvolver e concretizar obras visuais autônomas fomentadas pela pesquisa e projetos cujas temáticas permitam um aprofundamento das discussões e reflexões entre a arte pública e as manifestações plásticas contemporâneas do centro da cidade de São Paulo.

O público tem acesso ao Atelier durante o desenvolvimento dos trabalhos artísticos. Ao todo, são oito estúdios com área individual e privativa disponíveis aos selecionados, na sede do Atelier, à Rua General Osório, 23, na Luz.

ATELIER AMARELO

Rua Genaral Osório, 23, Luz, São Paulo, Capital

10/17/2006


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