Cunha Lima lança "Poesias Forenses"



Em solenidade realizada nesta quarta-feira (7), na Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, do Senado Federal, o senador Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) lançou seu mais recente livro, Poesias Forenses, que tem como tema requerimentos, despachos, pareceres e observações poéticas colecionados ao longo de anos como escrevente de cartório, advogado e promotor. O livro conta com prefácio do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio.

Estiveram presentes ao evento diversas autoridades, entre elas o presidente do Senado, Ramez Tebet, os senadores Bernardo Cabral (PFL-AM) e Lúdio Coelho (PSDB-MS), os ministros do STF Nelson Jobim e Gilmar Mendes, além de deputados, diretores do Senado e correligionários da Paraíba.

Escolhido por Ronaldo para apresentar o livro, Bernardo Cabral lembrou que tem uma longa história ao lado do autor, desde que ambos eram conselheiros estaduais da Organização dos Advogados do Brasil (OAB). Cabral ressaltou a memória prodigiosa de Ronaldo relatando episódio em que o autor do livro repetiu todo um discurso que o senador amazonense havia acabado de improvisar.

Tebet disse que teria um grande arrependimento se não pudesse abraçar Ronaldo Cunha Lima no lançamento de seu livro. Ele lembrou a estima e a amizade que todos no Senado dedicam ao senador paraibano.

O presidente do Senado lembrou que Ronaldo Cunha Lima sobreviveu com a inteligência no período em que foi banido da vida pública, inclusive participando do programa televisivo de Flávio Cavalcanti, onde respondeu sobre a vida de Augusto dos Anjos e ganhou o prêmio máximo.

Ronaldo Cunha Lima disse que optou pela profissão de advogado quando ainda cursava o antigo curso ginasial. Ao trabalhar como escrevente de cartório, aprendeu que o direito também abria espaço para a poesia. O senador recordou que seu primeiro cliente foi um boêmio preso por estar fazendo uma serenata, que teve seu violão apreendido pelo delegado como prova do crime. O cliente queria o violão de volta. O juiz do caso disse que se Ronaldo fizesse um poema com a situação liberaria o violão. O então jovem advogado escreveu o poema Hábeas Pinus e conseguiu sua primeira vitória profissional.

Ao final da solenidade, Ronaldo Cunha Lima doou dois exemplares do livro Poesias Forenses para o acervo da Biblioteca do Senado.



07/08/2002

Agência Senado


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