Cúpula Brasil - União Europeia discute crise econômica internacional



Durante a 5ª Cúpula Brasil-União Europeia que acontece nesta terça-feira (4), na Bélgica, a presidenta Dilma Rousseff destacou sua preocupação com os efeitos da crise econômica internacional. Para ela, é fundamental que os governos evitem a adoção de medidas que levem à estagnação e ao desemprego.

A presidenta defendeu que a comunidade internacional busque a união no combate aos impactos gerados pela crise econômica internacional. Segundo ela, a “associação é mais urgente” neste momento em que a situação se agrava.

No momento, vários países da zona do euro, como Grécia e Espanha, se esforçam para evitar que a crise acentue os problemas internos de desemprego e alta de impostos e tarifas. “Estamos agora diante do aumento do risco soberano. Acredito que é fundamental a coordenação política entre os países para fazer face [ao agravamento da crise]”, acrescentou a presidenta.

Para a presidenta, a solução para a crise econômica internacional passa por uma reavaliação do sistema financeiro mundial. Ela disse ainda que é fundamental aliar políticas macroeconômicas com a geração de emprego e renda. “É necessário que se busque o combate ao desemprego para que as populações não percam a esperança no futuro. A recessão traz o aumento das desigualdades sociais”, disse. Segundo ela, é possível conciliar o estímulo à geração de emprego com a responsabilidade fiscal. Dilma lembrou que há 20 dias, a América Latina era “sinônimo de crise” e agora mostra que é capaz de superação.

A presidenta disse ainda que os ministros da Fazenda da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) vão se reunir nos próximos dias para coordenar ações para a Cúpula do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo. O encontro ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro, em Cannes, na França.

Dilma também afirmou que o Brasil está à disposição dos europeus para colaborar nas medidas que forem necessárias a fim de impedir uma piora na situação, mas não mencionou valores nem a possibilidade de repasses financeiros. Os brasileiros, no entanto, esperam que os europeus abram seu mercado no se que refere, por exemplo, ao setor de serviços.


Fonte:
Agência Brasil



04/10/2011 11:18


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